domingo, 30 de setembro de 2018

Medo e lagrimas no Olhar.

Dando palestras nas escolas para turma do ensino médio, puder ver a falta de esperança nos olhos de cada adolescente, o desespero, o medo que estava visível no seu semblante, era nítido em alguns rostos.
 Eles se destacavam aos demais, com lagrimas nos olhos ou tristeza na expressão, mostrando que eles são vitimas da violência doméstica, que nas suas casas não é diferente do que acontecia na minha casa há uns anos atras. Levando os meus filhos a carregarem a mesma expressão.
 Que ali está presente à falta de amor, de respeito de harmonia para um com os outros.

 Que na sua casa se vive de aparência, mostrando para a sociedade que é feliz, mas as brigas são constantes, as agressões físicas ou verbais estão presentes no dia-a-dia, á mãe finge que é feliz o pai demostra a sua insatisfação passando o maior tempo fora de casa.

 Muitos bebendo ou jogando para abafar a suas magoas, a mãe destruindo sua alta-estima, reclamando da vida e descarregando a falta de sorte nos seus filhos, os responsabilizando pela vida que está levando permitindo que o peso da sua insatisfação seja jogado nos ombros dos seus jovens.

Esquecendo que são crianças; precisam de apoio, de amor dos pais; e não de um dedo apontado em sua direção.
Pude ver no rosto de cada adolescente um pedido de socorro o qual me cortava o coração.

 Fui procurada por uma jovem de 17 anos, carente e abandonada pela mãe, tudo que ela mais queria era ter uma mãe presente, ser amada compreendida e aceita por aquela que um dia lhe deu a vida, mas o que ela tem é a indiferença da sua mãe.

Essa menina busca carinho em cada ser humano que ela encontra, e que lhe dar atenção; puder sentir o quanto ela é responsável uma menina de 17 anos com a maturidade de 30 anos, carregando nos ombros a responsabilidade de cuidar da irmã que também vive aos 14 anos o abandono da mãe.

 Ela trabalha estuda e a sua maior preocupação é a irmã.
 Fico me perguntando.
O que esta mãe está perdendo se distanciando das filhas?
Será que ela encontra em um companheiro o que poderia encontra na companhia das filhas?
Ou poderia conciliar os dois amores e serem felizes todos juntos dentro de um lar voltado para a paz. Mas também me pergunto.
Como ela pode oferecer algo que não tem?
 Como é difícil entender a dor do ser humano, aqueles jovens buscam o que os pais não têm para lhe oferecer.
 E a cada dia a violência doméstica vai aumentando e destruindo as famílias.

 Naquela palestra fui levar uma esperança para cada jovem e mostrar que há solução desde que aceitamos a ajuda de profissionais, desde que aspiremos sair deste, ciclo de violência, buscando uma terapia que vai ajudar a aliviar o peso que está sendo carregado por eles.

 Muitos carregam a responsabilidade pelo desamor que existem nas suas casas.

Mostrei que precisamos de muito amor e compreensão para mudar esse senário, por que é disso que mais precisamos dentro da nossas casas, o amor o carinho constrói famílias e dá equilíbrio aos nossos filhos, que eles não devem levar dentro de si o desamor que lhes foi passado pelos seus pais; que eles podem construir famílias felizes, abortando tudo que aprenderam de negativo dos seus pais.

Que são capazes de darem amor e carinho para os seus filhos e cuidarem bem das suas esposas.
 Não permitam que os desamores que lhe foram ensinados os levem o darem continuidades nas suas vidas.
Eles podem mudar a sua historia.
 Eles podem e devem construir uma nova historia para as suas vidas.
 Uma historia de amor, de equilíbrio e de paz, permitindo que a felicidade reine nos seus lares, e com certeza terão filhos para contarem uma historia com um final diferente da deles.

Vejo jovens com os olhos lacrimejando, mas também posso ver um brilho de esperança no olhar de alguns e é esse brilho que me dar forças para continuar com o meu trabalho conscientizando os jovens a ver os pais com os olhos da compaixão são pessoas doente que não sabem o quanto precisam de ajuda; dentro da sua enfermidade não ver que estão descarregando o seu lixo na vida dos filhos que são as maiores vitimas.
Criando filhos com magoa e rancor levando os jovens a olharem para o mundo sem expectativa não acreditando no amanhã se olhando no espelho dos pais, vendo seu herói se transformando em um fracasso de ser humano.
 Eles queriam ver no pai a figura de um homem forte, decidido um exemplo pra ser seguido: e ao mesmo tempo amável sorridente que estivesse rolando no tapete com eles, sendo um pai e um amigo.

 A sua mãe aquela mulher aconchegante que levava a todos a meiguice, um olhar de ternura e compreensão, dando-lhe apoio nos momentos necessários àquela que contorna todas as situações.

Mas nas suas casas podemos dar o nome de utopia.

 A realidade é bem diferente daquela que imaginamos, eles presenciam os pais querendo se matar todos os dias. Vamos mudar esse historia transformando o ódio em amor, a violência em paz e assim poderemos ter jovens felizes contando uma nova historia.

sábado, 22 de setembro de 2018

O Vôo para Liberdade.

Julia, esta se transformando. Encontrou alguém que durante 21 anos foi vitima da violência doméstica, alguém que pode entender tudo que ela estava passando.
 Tudo que ela viveu dentro da casa dos seus pais.

 Alguém que realmente entende o que se passa na mente de uma vitima.

 Ela sabe que não sou uma profissional da área da psicologia ou psiquiatria, não tenho conhecimentos técnicos, mas tenho a experiência vivida; entendo o que a mulher sente dentro de um lar abusivo, como ela é tratada pela sociedade, rejeitada e obrigada a carregar a responsabilidade pelo fracasso do matrimonio.

 A autoestima da mulher vai á zero, a sua capacidade de raciocino é comprometida ela permite que o marido de inicio a um trabalho psicológico na sua mente.

Um trabalho cruel onde à mulher é desvalorizada dentro do próprio lar, acusada, torturada psicologicamente, entrando em um estado de espirito que não tem capacidade de tomar qualquer decisão, sentindo-se incapaz de seguir em frente; sem o apoio do seu opressor.

 Ela tem consciência que é torturada por ele, mas ela não consegue sair do seu domínio; ela não tem uma perspectiva de vida longe dele.

Ela sente-se impossibilitada de seguir em frente.

 O domínio afetivo é tão forte que inviabiliza a capacidade da vitima de acreditar ou sentir-se digna do próprio domínio.

 Os filhos acompanham o fracasso do casamento dos pais, as brigas constantes levando-os ao desequilíbrio emocional.

 A Julia não perdoava a mãe por permitir que o pai a tratasse com tamanha faltar de respeito, mas nenhum profissional mostrou para a Julia a incapacidade que foi implantada na menta da sua mãe, não era por dinheiro que a sua mãe se submetia, aos maus-tratos, do marido, mas por não acreditar que seria capaz de viver sozinha com a filha.

Por não ter ninguém que ajudasse, ela sentia vergonha sabia que não iam acreditarem nela.
Ele um empresário de porte, bem sucedido, querido pela sociedade, admirado pela imprensa.
Quem iria acreditar nela?

 Ela o conhecia tão bem que poderia ter receio de ser internada como louca.
 Ela sabia o poder do marido que ela tem.

 O poder de persuasão que ele exercia sobre ela e os funcionários.
 Fui mostrando para a Julia o quanto a sua mãe se sentia fragilizada diante de tudo e de todos, se ele tinha domínio sobre todos.

 Imagina com sua mãe?

 Qual seria a insatisfação de uma mãe vivenciando o sofrimento da filha, e não ter autonomia para defender ou mesmo abordar o assunto tão angustiante.

 Qual será a tamanha culpa que a mãe carrega pela infelicidade dos filhos.

 Sentindo-se fracassada humilhada sem capacidade para ajudar uma criança que ela deu a vida, mas não soube como reagir na hora de defender.

 Ela já carregava aquela criança no útero, sendo massacrada pelo marido, não é fácil para uma mulher submissa se defender ou mesmo defender os seus filhos, não importa a classe social, mesmo com dinheiro a sua mente é trabalhada dentro da incapacidade, é implantada todos os dias que ela não é capaz de sobreviver sozinha, se ela for embora todos lhe darão as costas.

 Ela acredita em tudo que é falado, o medo da solidão a domina deixando incapaz de raciocinar. A mulher se pergunta todos os dias o que será dela sem família sem amigos?

Se a sua mente raciocinasse ela poderia refletir sobre a situação mudaria de país, iria refazer a vida e ser feliz longe dele, mas na nossa mente é só medo e desilusão diante das ameaças que recebemos todos os dias.

 Mostrei para Julia que a mulher não é um sexo frágil, mas o agressor nos leva a acreditar que somos as crenças limitantes que foram implantadas na nossa mente, sobre a nossa fragilidade foi muito forte necessitamos de uma boa terapia para eliminarmos do nosso cérebro todo lixo que foi plantado dentro dele.
 E, foi diante dessa reflexão que a Julia foi falar com a sua mãe e pediu perdão por ter levado tantos anos para enxergar a situação que as manteve distante uma da outra.

A sua mãe foi convencida a fazer terapia é aprender a deixar os seus demônios voarem para longe dela.

 A Julia está sendo transformada, hoje ela é outra pessoa, continua fazendo terapia recebeu alta do psiquiatra foi liberada da medicação e encaminhada para um psicólogo.

 No seu trabalho a sua transformação é visível ela está interagindo com os colegas e se abrindo para a vida.
 Julia foi vitima de um lar sem amor, sem respeito, sem harmonia; vitima de uma sociedade individualista que está sempre nos apontando o dedo e dando prioridade a quem se mostra superior.

 Mas mesmo dentro de uma mansão existem vitimas gritando por socorro, esperando serem resgatadas.

Mas os seus gritos são abafados pelos muros do poder, as grades da injustiça as mantem fechadas para vida.
 Parabéns Julia!
 Você abriu a porta do isolamento e conseguiu  voar para liberdade.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Encontrando o Prazer de Sorrir

A violência doméstica é cruel atingem todas as classes sociais. Não importando o nível acadêmico ou financeiro.

 Conheci a Julia, uma moça bonita e elegante, durante a semana ela esta no seu consultório cuidando da saúde das pessoas, muitas vezes aliviando a dor daqueles que chegam feridos, machucados, ela consegue acalmar o estado emocional do paciente. 

 Mas, uma vez por semana ela senta na frente de um psiquiatra que lhe prescreve uma medicação para que ela consiga dormir e acalmar os seus demônios.
 Demônios que durante anos vem lhe tirando o sono. 
 Demônios que foram implantados, desde á sua concepção, no útero da mãe: a qual passou por uma gravidez de muita perturbação, levando com que a criança absorvesse toda a carga emocional que a mãe carregava durante a sua gestação. 

 Mas ao nascer nada mudou ela continuou presenciando as agressões dentro do seu lar, a sua mãe sofrendo todos os tipos de violência, quando não era a física era a psicológica, quando não era psicológica, era a moral. 

 Aquela menina tímida e assustada corria para o seu quarto e trancava a porta. Encolhia-se dentro do armário para se proteger, ela não queria ouvir os gritos de agressão que o pai dirigia a sua mãe.
  Só que o medo foi lhe dominando tirando a sua alegria de viver o seu encanto pela vida. 

 A sua infância foi roubada, ela não teve a chance de sorrir! 

 Ela nunca soube o que é ter amigos, sempre sozinha se distanciando de tudo e de todos. 

 Na adolescência, não foi diferente os demônios continuavam presentes; na sua casa, na sua vida; não permitindo que ela tivesse chance de conhecer a liberdade, e assim ela continuava trancada no seu quarto, naquele ambiente ela aprendeu a se tornar uma prisioneira da violência doméstica.

 No seu mundo ela aprendeu que não podia confiar em ninguém.

 Aquele que deveria ser o seu herói era um mostro que só lhe causava medo e terror. 

 A Julia foi crescendo como não tinha amigos não brincava, desenvolveu o habito de estudar e foi se apaixonando pelos livros que, tornaram-se sendo seus melhores amigos.

 Neles ela podia confiar! 
 E através deles ela se tornou uma excelente aluna passando a se destacar nos melhores colégios.

 Envolvida, no seu silencio quando ela percebeu estava frequentando a melhor faculdade do estado de São Paulo. 
 Sim ela estava na USP!
 Cursando medicina, porque de alguma forma ela acreditava que a medicina lhe ajudaria a curar suas feridas, lhe proporcionando oportunidade para curar as feridas de outras pessoas. 

 Curar a dor de alguém, para ela seria um alivio, talvez a oportunidade para aliviar á sua própria dor.

 E assim a Julia terminou a faculdade passou a fazer residência nos melhores hospitais e conhecer a realidade. Realidade essa que não afastou os seus demônios por mais que ela se dedicasse ao trabalho eles estavam presentes. Ela resolveu sair da casa dos pais, comprou um apartamento e foi morar sozinha, acreditando que poderia deixar os demônios na casa dos pais, mas ela se enganou! 

 Eles a acompanharam, a noite ela conseguia ouvir as ameaças do pai contra a sua mãe. 

 Quantas noites ela acordava assustada chorando preocupada com a sua mãe, não conseguia dormir; sabendo que no outro dia teria um plantão pela frente, era necessário o descanso para poder dá um atendimento qualificado para o seus pacientes. 

 É assim que a Julia sobrevive a experiência de ter nascido em um lar comprometido pela violência doméstica, a sua vida é um verdadeiro drama passando por psicólogos, psiquiatras, mas os fantasmas não se afastavam dela. 

Um dia ela estava com a TV ligada assistindo o programa do meu amigo Dalcides Biscalquin, dia 16/04, eu estava participando falando do meu livro. Depois do fim, recomeçar é preciso, na hora ela já comprou o livro, devorou em um dia. 

 Ela percebeu que poderia entrar em contato comigo, conversaríamos sobre o assunto ela iria me ouvir. Eu ia poder passar a minha experiência de superação. Quem sabe não seria uma saída? 
 Como eu conseguir sair do fundo poço; tenho experiência suficiente para ajuda-la. 

 E, foi com essa esperança que ela entrou em contato comigo, “chorou ao ouvir a minha voz amiga e carinhosa assim ela se referiu na hora que atendi o celular.”

 Marcamos para nos encontramos em um shopping ficamos horas conversando, ali a Julia encontrou uma amiga a qual ela pode desabafar, falar dos seus problemas. Eu estou podendo mostrar pra ela que tem saída, que não há necessidade dela carregar esse fardo pelo resto da vida. 

Afinal não lhe pertence, algo lhe foi implantado podemos arrancar essa raiz e adubar esse coração com amor dando-lhe oportunidade de colher as rosas, no lugar dos espinhos. 

Estou conseguindo ver o sorriso, onde antes só havia lagrimas. Hoje estou vendo uma transformação na vida da Julia surpreendente, fico feliz em poder ajudar e em tão pouco tempo obter da Julia um resultado exuberante.

 Ela não aceita que eu a chame de dra. “Não você é a minha amiga”. Já fui ao apartamento da Julia ela riu e falou “hoje eu estou recebendo uma amiga! Hoje eu não sou mais sozinha.”

sábado, 23 de junho de 2018

Individualidade; O mal que nos cerca

Estamos vivendo em pleno século 21. Quando a mulher deveria ser respeitada, valorizada, infelizmente; cada dia que passa a mulher está sendo desvalorizada, maltratada dentro do seu próprio lar, é como se o sexo masculino tenha se tornado um inimigo do sexo feminino. 
 É difícil de entender essa guerra que se travou entre ambos, onde a mulher é quem mais sofre diante de tanta insensibilidade.
 A capacidade de sentir compaixão, de experimentar um sentimento de afeição, de amor está cada dia mais distante. 
 A sociedade está cada vez mais envolvida com os seus problemas, a individualidade se expandindo entre as famílias, os nossos filhos desaprendendo os bons costumes, diante da guerra em vivem não aprende o que é o amor familiar. 
 E não conhecendo esse amor que transforma vida, que trás a união entre a família.
 Como ensinar aos seus filhos no futuro? 
Como passar valores familiares se não os tiveram? 
 Os valores são á base da família. 
 O amor é um ingrediente poderoso que junto com o respeito consegue tirar a família do abismo que ela está sendo levada. 
O abismo da violência, da revolta, da falta de amor entre pais e filhos, maridos e mulheres. 
 Não muito longe houve um tempo que havia paz, harmonia e tranquilidade aonde uma juventude saudável e consciente ocupavam um espaço na nossa sociedade. 
Pergunto-me? 
 A onde perdemos á alegria de viver?
 O prazer de sorrir para a vida? 
Aonde esquecemos o que nos foi ensinado pelos nossos pais, o que para eles foi passado pelos nossos antepassados. 
 Por que não passamos para os nossos filhos? O caráter o respeito a moral e os bons costumes. 
 Esses valores foram esquecidos no tempo.
Perdidos na busca pelo ter, deixando o espaço para a frieza, a indiferença, a dureza de coração.
 O amor está sendo extinto da nossa sociedade. 
O ser humano está vivendo a época do individualismo.
 Um sentimento egoísta com exclusividade onde cada um se preocupa consigo mesmo, esquecendo o sentimento da solidariedade, com tendência de viver pra se, em uma busca desesperada pela liberdade e satisfação do seu próprio eu.
 Dentro do eu individual esquecemos os nossos filhos que procuram desesperadamente que os pais lhe imponham limites, tentam chamar atenção, mas, não são ouvidos, os seus gritos são abafados pelo eco da violência que se estabeleceu no seu lar. 
 Os seus pais não tem tempo para eles; em alguns casos prefere expulsar o filho de casa, sem ao menos se preocupar pra onde ele foi, ou com quem ele está. 
Conheço casos de jovens que foram jogados na rua pelos pais. E os mesmo não se preocuparam em saber se o filho está bem, como sobrevive. 
 A mulher limita-se dentro do seu medo sem coragem para reagir diante de tal situação; submetendo-se a tamanha afronta, sem forças para defender o seu filho dentro deste ciclo de violência quem sofre são os mais fracos. 
A mulher é trabalhada durante anos para ser submissa ao marido e obedecer a todos os seus caprichos.
 Ele esquece que aquela mulher precisa de amor, carinho compreensão. Violência o mundo já está cheio: nosso lar é um santuário vivo onde recarregamos as nossas energias, onde deveríamos transforma-lo em um ambiente saudável para a tranquilidade de todos. 
A mulher agredida tende acreditar na mudança do marido, ela espera que ele não continue com o ato da violência. 
Foi uma crise passageira, amanha tudo estará resolvido.
 Porem as crises tende a continuar, a mudança não ocorrer, a vergonha, a falta da autoestima, vai aumentado ela não ver saída a não ser se refugiar dentro do seu casulo; se escondendo da sociedade. Se isolando do mundo, e no silencio ela acompanha a demolição do seu lar. 
Entretanto a falta de amor, de harmonia, a falta de sensibilidade esta levando a família a viver uma crise de princípios morais onde os valores do indivíduo foram desrespeitados. 
 A reestruturação da família deveria ser um assunto primordial junto à sociedade envolvendo as autoridades competentes. 
Mas ela é acionada cada vez menos, diante do descaso da sociedade com a reestruturação familiar.

domingo, 20 de maio de 2018

Quando não temos Gratidão.

A dor do esquecimento é cruel. Saber que não somos reconhecidos pelo que fazemos ou sentimos, nos leva a refletir sobre a falta do amor. 
Amor esse que juntos juramos que seria até que a morte nos separe, e dentro de tão pouco tempo ele foi adormecendo, caindo no esquecimento do dia-a-dia, nas agressões, junto com a traição muitas vezes jogando na cara da mulher. “Estou com ela, por que ela é mais nova, tem tudo que você não tem.” É a pior das humilhações que a mulher pode suportar do seu companheiro, gritando que não a ama mais, que esta com ela por pena, que ela não é capaz de se cuidar sozinha; quanta crueldade com alguém que se dizia apaixonado.
 Pergunto? 
 Será que não é a falta de gratidão que os levou ao fracasso do relacionamento? 
Quando será que ele deixou de olhar pra ela com admiração? 
 Vendo um objeto na sua frente, e não uma mulher, mãe dos seus filhos, aquela que abriu mão da sua beleza, da sua vaidade, para dá vida aos seus filhos, cuidando deles com amor e carinho esquecendo-se dela para lembrar-se deles. Por que assim é o amor de mãe.
 Ela passa noites sem dormir preocupada com os filhos. 
A sua inquietação é com o bem estar dos filhos, se eles estão felizes ela também está, é por eles que ela suporta tamanha ingratidão. 
Como doí a ingratidão! 
 Quando não existe a gratidão em um relacionamento, o amor aos pouco vai murchando; como uma rosa que vai perdendo as pétalas por falta da água, as suas raízes vão secando e a roseira já não resiste á terra seca. 
 Assim é, entre um casal que passa dias e mais dias sem uma palavra de carinho, aos pouco a amor vai morrendo e chega um momento que eles nem se falam mais.
 Não se olham nos olhos. 
O sorriso que antes era constante, agora nem forçado ele aparece. 
 A falta do dialogo os distanciou. 
Eles nem sabem mais por que estão juntos usam a desculpa que é pelos filhos.
 A noite cada um vira para um lado, eles não suportam mais se tocarem, ela revive a sua vida de solteira, quando podia correr pelo campo sorrindo como uma criança. 
Livre como um pássaro. 
 Hoje ela se sente um pássaro preso em uma gaiola sem liberdade, sem brilho no olhar, sem ânimo para cantar. 
 Chorando em silencio ela se pergunta. 
O que eu fiz da minha vida? 
Como pude dá tanta autonomia para esse homem controlar a minha vida, tirar a minha liberdade? Dentro dela é como se não tivesse mais saída para aquela situação, esquecendo que existe um Deus maravilhoso que está cuidando dela, mesmo sem ela perceber dando-lhe força para ela suportar a dor da ingratidão.
 Dor essa que lhe tirou a expectativa de um dia conquista a liberdade.
Liberdade que lhe foi roubada por alguém a quem ela amava e acreditava que juntos alcançariam uma felicidade plena. 
 Mas com o passar do tempo ela perdeu a esperança de poder voltar a sorrir para a vida; de ver o brilho do sol por que a sua frente só nuvens cinzentas lhe rodeavam trazendo-lhe ameaça de tempestade. 
 Tempestade com força para destruir qualquer muralha e junto levando o que ela tem de mais precioso, a sua família para uma desunião total; levando os filhos a se posicionarem contra a mãe, irmão contra irmão, e assim é um lar contaminado pela violência doméstica, pela falta de amor, pela falta de gratidão á Deus. 
Deixando com que o desequilíbrio emocional os envolva de tal forma que a sua família seja levada a lama da destruição.
 E assim vai se alastrando o ciclo doentio da falta de compreensão dentro da nossa instituição chamada família. 
Ela lembra-se dos seus pais, que mesmo vivendo uma vida simples o respeito era fundamental para estrutura familiar, onde ela aprendeu que quando o filho respeita os pais ele também respeita o professor, a autoridade, respeita a lei e os mais velhos. 
Hoje a palavra respeito esta sendo esquecida no nosso vocabulário, está sendo arrancada do seio da nossa família. 
 A sociedade vai se adaptando no dia a dia com a ausência dos bons costumes de uma educação adequada para os nossos filhos, falam que é o mundo que está evoluindo. Se a falta de educação, de respeito for evolução.
 Será que esta valendo apena esse tempo moderno? Deixo essa pergunta para vocês refletirem.

domingo, 15 de abril de 2018

Um Grito de Socorro.

Temos conhecimento de muitos casos de mulheres que ao deixar para trás uma vida de violência tentando buscar um meio para sobreviver com dignidade foram violentamente assassinadas pelos seus ex-maridos. 
Mulheres que pediram socorro.
 Mas o seu grito não foi ouvido.
 A sua voz foi calada pela brutalidade de um homem. 
 Suas palavras foram silenciadas pelo barulho de uma arma, que traiçoeiramente lhe tirou a vida, junto com a esperança de uma caminhada longa e feliz, afinal foi com esse objetivo que elas saíram de um relacionamento abusivo. 
 Eles são tão covardes que esquecem que não foi só, a vida da mulher que eles tiraram, mas à esperança dos filhos de ter uma mãe.
 De crescerem convivendo com a mãe, de ter o direto de ser amado pela mãe, o amor da mãe não é encontrado em qualquer esquina, ele é único e exclusivo.
 Muitos perderam a oportunidade de conhecer o amor e a proteção que a mãe poderia lhe dar.
 Ele não se preocupou com a estrutura emocional do filho, o seu egoísmo falou mais alto.
 Pergunto-me? O que a sociedade faz para proteger essas mulheres? 
O que os nossos governantes faz em proteção as mulheres que são vitimas?
 Nada é feito em favor delas, a sociedade, as autoridades silenciam diante de um crime tão brutal onde uma mulher é morta impunimente. 
 Quando ela só queria ser livre poder viver uma vida digna sem repressão, mas sua esperança foi arrancada brutalmente lhe tirando a oportunidade de poder gritar para o mundo a sua liberdade dando o seu testemunho para que outras possam seguir o seu exemplo, mas diante de tal violência só vem causar pavor naquelas mulheres que sonham com a possibilidade de se livrarem de um lar abusivo.
 Sabemos que a cada 11min, uma mulher é violentada.

 Os familiares muitas vezes presenciam de alguma forma os atos de violência, mas sempre ouvimos.
 “Entre marido e mulher não se mete a colher.” Ou “Ruim com ele pior sem ele.” 

E é, assim que os agressores vão ficando impune e nada é feito para impedir a violência domestica. 

Não importando a classe social ou seu poder aquisitivo eles sempre ficam livres para o próximo ato de violência. 
 O preconceito em relação á mulher é tão cruel e desumano vivemos em uma sociedade insensível as necessidades do outro, onde a generosidade não se é mais tão presente no dia a dia, dificilmente encontramos alguém que se pronuncie em defesa da mulher que vive em um ciclo de violência doméstica, muitas vezes sonhamos sendo acolhida por um familiar, na nossa carência, na necessidade de ser amada, respeitada, criamos uma ilusão daquilo que desejamos em nossas vidas a confiança de que algo vai mudar.

 Que algo bom acontecera dentro do nosso lar, e na expectativa da mudança continuamos em um relacionamento doentio, agressivo, desrespeitoso para ambos. 
As palavras agressivas machucam os dois, deixando magoas acumuladas de anos e anos de uma convivência forçada pela sociedade, ou pela esperança de que tudo irá mudar que a relação vai ter uma probabilidade de um novo desenrolar e é, nessa perspectiva que ambos continuam esperando pelo grande milagre. 
Milagre que nunca acontece! 
O desejo da mudança continua no coração daquele que só quer ter paz. 
 E é com tristeza que a sua esperança vai diminuindo e as agressões ganhando espaços cada vez mais; trazendo a insatisfação para dentro do lar, ferindo a todos, permitindo que as cicatrizes sejam visíveis, não tendo mais a possibilidade de esconder, está retratado no rosto de ambos que o amor já se foi; e o seu lugar está sendo ocupado pelo vazio, pela solidão, pela dor do esquecimento.

domingo, 1 de abril de 2018

Mulheres Que Venceram.

Muitas mulheres vivem em um relacionamento abusivo, não por necessidade financeira, mas por não acreditar na sua capacidade como mulher e como pessoa, se submetendo a viver ao lado de um homem que não a valoriza, está sempre procurando destruir a sua autoestima, levando-a a acreditar na sua incapacidade, trabalhando o seu psicológico, principalmente o seu lado afetivo, tendo controle total sobre e os seus sentimentos; conhecendo a sua fragilidade, é fácil manipular a sua vitima, deixando-a descontrolada emocionalmente.
 A família muitas vezes a responsabiliza pelo fracasso no relacionamento, levando-a a acreditar na sua negligencia como mãe e como mulher, e sobre pressão ela deixa-se ser usada dentro do seu próprio seio familiar, aonde os olhares de acusações é dirigido a ela.
 Muitas vezes não só o olhar, mas o dedo é apontado para ela.
 Você é responsável por tudo que está acontecendo.
 E a mulher a cada dia que passa vai se isolando no seu mundo de amargura perdendo a esperança de um dia ter uma vida diferente.
Não acredita que saindo de um relacionamento doentio, buscando uma ajuda profissional vai ter a oportunidade de se tornar uma mulher feliz e ser independente.

Quantas mulheres tomam a decisão de abandonarem os seus companheiros e seguir com a sua vida, mas não tem o apoio da família e não sabe por onde começar, é tão difícil para uma vitima que passou anos sendo refém de um homem ter a coragem de se libertar.
 Algumas delas erguer a cabeça e decide segui em frente na esperança de uma vida livre, sabendo que por mais árduo que seja ela vai poder ser dona das suas decisões.
Podendo sorrir para vida, sonhar com dias melhores acreditando em novos horizontes na expectativa de poder voar.
 Ela viveu tanto tempo presa nas garras do seu opressor que até esqueceu como é ser livre, mas algumas delas na metade do caminho sofrer uma recaída, estando habituada á rotina de vitima se sente perdida no meio da multidão não sabendo o que fazer com a sua liberdade.
Ela fica tão desnorteada, foram anos de violência.
 Foram anos de submissão.
E agora? 
Ela não tem mais quem a domine.
 O medo do amanhã faz com que ela procure esse homem que tanto a humilhou ela não consegue viver sem as migalhas que ele lhe oferecia.

 Outras mulheres choram pela liberdade, anseiam dia e noite para ter uma vida diferente da que elas estão levando atualmente, são mulheres determinadas buscam coragem e na primeira oportunidade elas tentam conquistar a sua independência.
 Procurando abandonar aquele ciclo de violência que a massacrou durante tantos anos, passam por dificuldade, mas, não desanimam, sabem que vai vencer e não muito longe o sol vai brilhar na sua vida.
Ter uma vida de paz e tranquilidade longe do seu agressor foi algo construído na sua mente há muitos anos.
Ela sonhou com esse dia.
 Ela buscou coragem dentro dela durante muito tempo.
 Esse dia foi projetado minuciosamente e agora o sonho se tornou realidade, o seu objetivo foi alcançado, ela consegui a sua liberdade.
 Devemos ver essas mulheres como heroínas dignas de respeito, elas se livraram de uma vida de violência alcançando o seu desejo pessoal, resgatando o seu equilíbrio emocional, os seus valores morais, podendo ter, com os demais uma relação saudável sem cobrança.
 Hoje elas conhecem a liberdade.
 Hoje elas podem sorrir sem medo.

domingo, 11 de março de 2018

Prefácio escrito: pelo meu querido amigo. Dalcides Biscalquin

PREFÁCIO.

  Algumas histórias têm o poder de nos encantar. Outras nos apontam caminhos a seguir.
 Ao ler cada página deste livro fui me deixando levar pela força do seu ensinamento.
 Em meio a dureza da realidade vivida e contada, passei a mergulhar no coração e nas emoções da escritora.
Marlene, um anjo bom que eu pude encontrar num período de decisões importantes da minha vida, sempre se mostrou amável e fraterna.
 Algumas dessas histórias pude ouvir com emoção e lágrimas no silêncio de uma pequena igreja.
 Naquela manhã, não se tratava de uma confissão, mas de uma partilha sofrida e repleta de esperança.
 Nunca duvidei da força e da garra dessa mulher.
 A sua vida é um testemunho vivo de libertação.
A sua voz é um grito de esperança e de vida nova.
 Mulher de coragem.
 Mulher que entendeu a sua missão: tocar os corações oprimidos pelo medo. E mostrar a esses corações que há horizonte.
Marlene, com sua história de vida, fala de amor e de bondade. E dessa forma, manifesta também o amor e a bondade dos Céus.
Espero que cada palavra emocione. Inquiete. transforme. E, principalmente, que cada palavra desperte a coragem em cada leitor.
Esse livro vai transformar vidas. Será fonte de inspiração.
 Desejo a você, caro leitor, uma boa leitura.
 Com meu abraço,

Dalcides Biscalquin 

domingo, 4 de fevereiro de 2018

O Sofrimento de Uma Mãe.

É com repugnância que a mãe presencia o abuso do pai contra os filhos, eles são vitimas de um relacionamento desgastado. Entre os pais não há mais respeito só agressão, os filhos sofrem ao serem obrigados a participarem do ringue que se tornou a sua casa. O pai tem facilidade em manipula à vida dos filhos, tendo total domínio sobre eles. Para ele é uma sensação agradável, não ter limite, saber que pode dominar a todos, com a certeza que não será punido diante dos familiares ou mesmo da sociedade, só o encoraja cada vez mais, causando tristeza e amargura no coração daqueles que se sentem refém da sua maldade; sem remorso ele segue com o seu objetivo, destruir a sua companheira; não importando quem ele esteja levando junto. O importante e satisfazer o seu ego. Os filhos não podem fazer nada, talvez pela submissão imposta pelo pai, ou pelo medo que os envolvem é difícil defini qual o motivo que os levam a se submeter uma situação abusiva, causando-lhe um desequilíbrio emocional, tornando-se jovens problemáticos muitas vezes descriminados pela sociedade. Alguns filhos se revoltam com a mãe por ela ser fraca e permitir que a situação se prolongue por tanto anos, na realidade eles preferiam ver a mãe como uma heroína, não como uma fracassada que se submete as agressões de um homem que no dia a dia denigre a sua imagem de mãe e de mulher, mas ela tem vergonha da vida que está levando, sente-se covarde, tem medo de reagir não sabe o que ele é capaz de fazer com ela ou com os filhos. Levando uma vida onde a desigualdade entre ambos é alimentada pelo silencio dando continuidade ao ciclo da violência doméstica.

 Ela se ver, em uma situação desesperadora, sem perspectiva alguma, a esperança que apareça uma luz no fim do túnel não existe. Ela é orientada pelos amigos a largar tudo e seguir em frente com a sua vida; deixando os filhos nesse mar de amargura, vivendo em conflitos com eles mesmos; ora se aproximando dela, ora a descriminando, dentro de um contexto de sofrimento ela presencia a falta de amor dos filhos e ver o resultado de uma educação aversa. E hoje ver os seus filhos desacreditando na instituição da família. Mas ela é mãe e tem consciência do que os filhos passaram ao longo dos anos e por mais que seja dolorido ela não tem coragem de seguir em frente os largando sem o apoio. Muitas vezes ela não é devidamente reconhecida pela sua atitude diante dos filhos, para eles ela não faz mais do que a sua obrigação, afinal ela é sua mãe. E nessa trajetória a família inteira é marcada pela violência domestica, e estão presos ao ciclo contagioso que vai envolvendo a todos em um desequilíbrio emocional deixando o ambiente indesejável, sem abertura para um convívio saudável. Cada um procura se, recolher no seu mundo de fantasia, fazendo perguntas onde as respostas nunca são encontradas, eles busca referencia nos amigos, ou preferem idealizar o pai perfeito; é menos dolorido falar para os amigos que o pai é um herói do que deixar que percebam que ele não passa de um tirano dominador que no dia a dia impõe o seu autoritarismo sobre a família.


  Em convívio com os amigos ele mostra-se um ser humano maravilhoso, é cordial e prestativo para com todos, está sempre brincando pagando a conta mostrando que o dinheiro não é problema, mas ao chegar á casa com a família ele se revela outra pessoa, negando o essencial para os filhos e a mulher, dinheiro nunca tem está sempre faltando, esqueceu que um dia o seu objetivo foi construir uma família e assumir a responsabilidade sobre ela, procurou fazer tudo ao contrario destruiu aqueles que um dia lhe foi confiado. Ele tinha tudo para ser um pai amoroso um ótimo chefe de família, mas a falta de amor o levou por caminhos contrario aos que lhe foi confiado; o ciúme o ódio que trazia dentro dele foi enraizando e alcançando a cada um da família quando menos se espera o solo está contaminado completamente doente, necessitando de muito cuidado para se recuperar. Só com muito amor e compreensão podemos restaurar um coração sofrido e decepcionado ao longo dos anos. Foi tanto sofrimento causado por alguém de quem se esperava amor, proteção, mas com o tempo eles foram vendo que aquele lar que deveria ser um santuário para receber todos ao final do dia, tornou-se um ambiente indesejável. Que voltar pra casa tornava-se um motivo de tortura

domingo, 7 de janeiro de 2018

Quando o Coração Sangra.

A mãe ao perceber que está sendo excluída pelo seu filho sente o coração sangrar a dor transpassar a sua alma, ela é mãe deu a vida pelo filho e hoje ele a retribui com o sentimento mais mesquinho que existe. A ingratidão! A mãe tem consciência que é desprezada por alguém a quem ela gerou e carregou dentro do seu útero, durante 9 meses, alimentou com o seu leite materno, acordou nas madrugadas para cuidar dele, ensinou os primeiros passos, as primeiras palavras, dedicou o seu tempo com amor com carinho para esse filho e hoje, dele, ela tem a falta de reconhecimento, as palavras ásperas. Ela sofreu durante a gravidez foi agredida pelo marido forçada a tomar remédio para abortar a criança e mesmo dentro da sua fragilidade ela conseguiu superar as dores e ter o seu filho tão desejado. Mas ao decorrer dos anos ele foi sendo orientado pelo pai o qual foi transferindo o seu machismo para a criança. Fez questão de ensinar para ele que mulher não tem valor. Quantas mães vive esse drama, mas não percebe que o ciclo da violência doméstica esta dando continuidade através do seu filho, é difícil para uma mãe aceitar que é vitima do filho, e mais difícil leva-lo as autoridades competentes. 

 Ela tem consciência que seu filho foi incentivado pelos anos de convivência dentro de um lar onde o agressor era o seu próprio pai; presenciando a mãe ser vitima dessa crueldade, vendo o pai tratar a mãe sem o menor respeito, tornou-se um dominador que não tem consciência do que esta fazendo. Ela sabe que lá no fundo da sua alma existe algo de bom adormecido dentro dele, mas a influencia do pai é mais forte. Vindo á ser repetido, diariamente através do filho, as atitudes negativas do pai contra a sua mãe. Centenas de mulheres vivem essa relação de medo, violência e perdão junto ao seu filho. Após cada episódio de agressão ela acaba perdoando, acreditando que o mesmo irá mudar, gerando assim, um ciclo de sofrimento. Muitos perguntam por que a mãe se submete a tamanho descaso? É uma pergunta difícil de ser respondida. O amor de mãe se sobressai às agressões do filho, na esperança de que ele venha a mudar a sua atitude ela continua dando-lhe uma oportunidade. Como já citei antes é complicado para quem vive fora de um lar comprometido pela violência doméstica compreender o comportamento da vitima, ela é dominada pelo medo em todos os sentidos o seu companheiro ao longo dos anos conseguiu tirar o seu brilho deixando-a insegura incapaz de tomar qualquer decisão. 

 Se uma mulher sente-se envergonhada por ser agredida pelo companheiro ao ponto de silenciar o seu sofrimento diante da sociedade, imaginamos o constrangimento de uma mãe ter que admitir que esta sendo hostilizada, humilhada pelo filho o qual vive confrontando os princípios da sua integridade emocional e moral contra ela e os seus valores. Para muitos filhos não existe limite, para ferir a mãe tudo é valido, ele sente prazer em vê ou saber que a sua mãe esta sofrendo por causa do seu desprezo, a sua frieza é assustadora. Pergunto-me? Como um pai pode influenciar tanto a personalidade de um filho ao ponto de desestabilizar emocionalmente deixando-a a mercê de um mundo cruel. Não impôs limites ao filho ele foi educado sem exigências, sem responsabilidade cresceu com a ideia de ser único e especial, não tendo consciência de regras morais passam a agredir psicologicamente ou fisicamente a mãe levando-a a se culpar pelo fracasso na educação do filho. A sensação de impotência e vergonha deixa em absoluto constrangimento diante da sociedade. Ela sabe que os filhos foram  influenciados, pela convivência de um lar abusivo e não pode fazer nada diante das agressões verbais e emocionais. Foram crianças que cresceram sendo manipuladas, chantageadas. Presenciando os abusos que a mãe sofria nas mãos de um pai machista e dominador.