domingo, 28 de setembro de 2014

Sequestro Relâmpago.

Estava eu ali presa no porta mala do meu próprio carro, com medo de morre asfixiada. Estava assustada sem saber o que poderia vim a me acontecer, percebi que ele parou o carro ouvi vozes de adultos e de crianças, alguém entrou no carro ajudou ele a retirar o som, depois saiu dirigindo mal pra caramba, não tinha ideia de onde estava e o que ele poderia fazer comigo, era tão assustador. Dentro daquele carro eu comecei a perceber o quanto eu era sozinha o quanto a minha vida era vazia eu não tinha por quem gritar há não ser por Deus. Não chorei o nervoso era tanto que não dava espaço para as lagrimas a garganta estava seca como eu queria um copo de água. Fiz uma retrospectiva da minha vida e percebi o quanto eu havia parado no tempo deixando de viver, me preocupando em agradar às pessoas para receber ás migalhas que elas me ofereciam, esquecendo que eu tinha uma vida. Senti falta dos meus pais lembre-me da minha vida no interior onde não havia violência éramos felizes; mesmo com aquela vida simples vivendo na roça, pensei nos meus irmãos, nos meus filhos com medo porque era certo que eu não voltaria. Ele não me deixaria viva; esse era o meu pensamento. Mais ao mesmo tempo diante de todo o medo que eu estava vivendo segurei na mão de Deus e comecei a pedir pra ele cuidar de mim. Foi quando lembrei que era dia 13 de maio dia de Nossa Senhora de Fátima de quem eu sou muito devota, comecei a falar com ela e foi me acalmando, sentir uma confiança e a certeza que ela não iria permitir que nada acontecesse comigo; que aquele bandido não teria força pra tocar em mim ou tirar a minha vida. Percebi a importância do carinho de uma mãe. O quanto eu necessitava da presença dela junto a mim. Naquele momento era como se o colo da mãe me fosse oferecido, presa dentro daquela porta mala, já não estava mais sozinha, havia comigo a companhia de nossa Senhora o conforto do amor de uma mãe.

 Era um dia frio eu estava bem agasalhada, mais tremia, não sei de frio ou de nervoso. Quando de repente ele parou o carro abriu o porta mala retirou todos os meus perfumes na hora eu pensei que ele fosse fazer alguma coisa comigo; tipo me dar um tiro; afinal ele estava com o revolver na mão, mas não fez nada; eu estava com muito medo não havia nem condições de raciocinar, é uma sensação que eu não desejo pra ninguém. Ele entregou os perfumes para alguém e voltou para o carro continuo a dirigir o medo aumentou, existia possibilidade de ele me levar para algum lugar e me matar. Mais Deus é maravilhoso colocou Nossa Senhora para cuidar de mim. Ele dirigiu por um bom tempo passou em alguns buracos estrada de chão; em um determinado lugar parou o carro saiu abriu a porta mala olhou pra mim com a arma na mão e falou que estava indo embora não era para eu sair naquele momento caso contrario levaria um tiro na cabeça esperasse um pouco até ele se afastar. Eu fiquei ali não sei quanto tempo criei coragem e resolvi sair. Havia pessoas passando de carro naquele momento, mas ninguém fazia nada, parecia que eu era a bandida. Toquei a campainha de uma casa uma moça saiu expliquei pra ela o que havia acontecido pedi para ele me dizer onde eu estava e como poderia sair dali? Ele se desculpou e fechou a janela na minha cara, fui ate a outra casa aconteceu á mesma coisa. Quando percebi que do outro lado da rua ia passando duas moças, gritei elas esperaram quando eu estava falando com elas saiu um moço de dentro de uma casa perguntou o que havia acontecido eu falei, ele chamou a esposa dele mandou eu entra me deram água e ofereceram o telefone para eu ligar para alguém. Liguei para um investigador da polícia expliquei o que havia me acontecido ele pediu para falar com a pessoa da casa perguntou onde eu estava. E perguntou se ele poderia me levar á delegacia mais próxima? O moço foi me levar com a esposa, eu conseguir ir até a delegacia seguindo ele com o meu carro.

 Na Delegacia estava uma loucura havia barreiras afinal os meninos estavam protegendo a própria pele, os ataques naquele dia eram constantes. O final de semana em São Paulo foi assustador estava havendo muitos ataques a Polícia Civil e Militar. Ao chegar á Delegacia eles já estavam me esperando, abriram a barreira entrei no estacionamento eles me deram água, café respirei um pouco, procurei me acalma antes de registra o Boletim de Ocorrência. Eu estava sem nada não tinha carteira, documentos, só o carro e a chave foi o que me restou registramos o boletim de ocorrência na brincadeira o bandido me levou R$ 25.000 em perfumes, fora dinheiro, cheques e pertencesse ao termino da ocorrência o chefe dos investigadores que era meu cliente ofereceu uma viatura para me acompanhar até á minha casa, mais eu não aceitei falei pra ele ficar tranquilo o pior já havia acontecido. Ele pediu para que eu fosse direto para casa e tivesse cuidado não parasse pra ninguém se necessário salvasse a minha pele. Peguei a rodovia Anchieta vim embora, estava sozinha com medo precisava falar com alguém passei direto e fui para a casa da minha filha ao chegar ela estava saindo com o pai e a sogra dela, que estava aqui havia vindo do Paraná. Quando ela me viu falou mãe tentou falar com você mais o seu celular só dava na caixa Postal. Eu respondi filha passei a tarde trancada na porta mala do carro; ela ficou assustada já avisou para o pai que não ia mais sair com ele; entrou comigo fez café fiquei um bom tempo na casa dela, depois resolvi vir embora. Ao chegar á minha casa percebi que o meu vizinho estava chegando e ao me ver esperou que eu guardasse o carro e fechasse o portão, pensei tudo que eu tinha já levaram. agradeci a ele e entrei. Um vazio, uma sensação de impotência. Esse é  o sentimento que te acompanha nessa hora.

domingo, 21 de setembro de 2014

Silvia Voltando Para Casa....

Eu não conseguia dizer não para os meus filhos sabendo que eles estavam precisando de mim. Por mais que me fizeram sofrer eu era a mãe deles, não o abandonaria jamais, a minha visão era. Mãe é aquela que está presente nas horas boas e nas horas difíceis na vida dos seus filhos. Sei que eles erraram muito, mais também tiveram um lar que não deu estrutura nenhuma. Um lar emocionalmente desequilibrado sem amor sem respeito, como eu poderia acusar os meus filhos diante de tal criação ou mesmo exigir alguma perfeição? Quando eu particularmente não tinha equilíbrio; não os orientei para a vida. Permitindo que eles fossem vitimas das consequências de um casamento fracassado onde só presenciarão desarmonia durante toda uma vida. Presenciando a mãe sendo maltratada pelo pai, vivendo uma vida de massacre sendo tratada com crueldade, sendo dominada por um homem sem compaixão que sentia o prazer em me humilhar diante dos meus filhos foi essa a vida que todos nós tivemos. Fui covarde não tive coragem de defender os meus filhos quando eles mais precisaram de mim. Agora eu me sentia na obrigação de fazer o meu papel de mãe acolher os meus filhos com muito amor, e tentar reparar o meu erro não importava o que eles haviam feito o importante era o perdão. Era um dia de sábado eu estava em casa quando a Silvia bateu no portão quando eu olhei e vi que era ela comecei a chorar fui abrir o portão e percebi que definitivamente havia esquecido o rosto da minha filha, ela estava bonita como sempre e gravida estava mais bonita ainda. Abrir o portão e abracei a minha filha chorando, afinal haviam se passado sete longos meses.

 A partir daquele dia ela não se afastou mais de mim. Eles me levaram para conhecer o lugar onde eles estavam morando. Meu Deus era lugar bem digno do pai dela só ele poderia colocar um ser humano em um lugar como aquele, sem falar na distancia; era muito longe conversei com eles sobre a possibilidade de vir morar perto de mim, afinal quando a criança nascesse quem cuidaria dela. Eles conseguiram alugar uma casa próxima da minha e mudaram como eu estava ganhando bem conseguir ajudar ela com algumas coisas do enxoval do bebe, estava junto na primeira ultrassonografia quando ficamos sabendo que era uma menina e que se chamaria Alice a primeira bisneta que levaria o nome da minha mãe. Fui eu que dei o primeiro macacão lembro-me que escolhi amarela cor do ouro para dar sorte e prosperidade foi o que eu pensei na hora. Sempre saímos aos domingos. Eu, ela e o Silvio eles adoravam me explorar e eu gostava de pagar o almoço comprar presentes para eles me divertia afinal tudo que eu estava conseguindo era deles também. O mês de dezembro estava se aproximando e ela ganharia a nenê no inicio de janeiro, a criança chegaria com o mesmo signo da avó capricórnio. O marido dela trabalhava em um shopping e chegava muito tarde não havia condição dela ficar sozinha então resolvemos que eles ficariam morando comigo. Eles entregaram a casa e se mudaram para a minha casa. Ficamos os quatros morando na mesma casa. Eu continuava com o meu trabalho estava fazendo dança de salão nessa época junto com a Cíntia era divertido e eu gostava muito, sempre saindo nos finais de semana a minha vida estava ótima eu só tinha que agradecer a Deus. Cada dia tendo a oportunidade de ser apresentada em mais uma delegacia, que significava mais clientes. O meu sonho era um dia chegar ao DEIC. Departamento De Investigação sobre Crimes Organizados.

 16 de janeiro de 2006. Alice chegou para alegra á vida de todos nós, uma menina linda com a verdadeira expressão do amor uma criança diferente com uma inteligência fora do comum; esperada com muito amor por todos. A avó dela do interior veio ajudar a cuidar da Silvia afinal eu não podia precisava trabalhar os clientes me ligavam constantemente, quando alguém queria perfume para uso pessoal ou mesmo presentear alguém era comigo que falavam, eu não fazia corpo mole qualquer hora do dia ou da noite eu estava lá. O tempo passou a Silvia alugou uma casa e se mudou eu fiquei sozinha com o Silvio. A essa altura ele já estava noivo da menina e com casamento marcado. Chegou o mês de maio de 2006 fiz uma compra grande de perfumes. Dia das Mães estava vendendo bem na sexta feira dia 12 o primeiro ataque do PCC a Polícia Civil de São Paulo. Eu havia marcado um horário no sábado, com um chefe de tira a esposa dele queria ver perfumes e agendei com ela as 13:00h conforme combinamos estava lá no horário exato. Atendi a moça a qual hoje é uma grande amiga. Ao sair lembro-me que o meu amigo mandou que eu voltasse pela Rodovia dos Imigrantes mais eu resolvi visitar uma amiga que morava ali próximo e voltei pela Anchieta, antes tivesse seguido o conselho do meu amigo quando parei no semáforo fui abordada por um bandido armado que me fez abri a porta do carro para ele entra, dirigir um bom tempo com ele ao meu lado apontando um revolver para mim. Foi uma das tardes mais difícil da minha vida. 13 de maio dia de Nossa Senhora de Fatima estava eu ali ao lado de um bandido que sem respeito algum vai pegando a tua bolsa o teu celular tirando chip abrindo a tua carteira pegando o dinheiro e pondo no bolso e você não pode fazer nada. Como a gente se sente impotente nessa hora. Como eu desejava encontra uma viatura da polícia para jogar o meu carro em cima deles como um pedido de socorro mais não encontrou, o único carro que eu encontrei provocou uma batida jogando meu em cima dele. Que me resultou em ser trancada no porta malas do meu carro.

domingo, 14 de setembro de 2014

Começando a Viver.

Havia me desapegado de algumas pedras que me incomodavam. A dor que estava enrijecendo o músculo do meu coração de alguma maneira me protegia as feridas já não doía com a mesma intensidade, a pele de rinoceronte ajudava na cicatrização e foi assim que eu dei continuidade a minha vida me dedicando ao trabalho jogando toda a energia ao que mais me dava prazer. Trabalhar com perfumes importados, conviver com o publico, interagindo com as pessoas no meu dia a dia. Superando tudo que me sufocava e me dando a oportunidade de poder respirar e continuar com a minha subida ao topo da montanha. A águia já olhava e via um horizonte diferente com outras possibilidades. Possibilidades de dar o seu primeiro voo. Um voo tímido assustado não importava. O que importava era poder treinar a suas asas, mesmo que fosse um voo rasante, ela iria tentar sem medo, por que ela nasceu para as alturas, não iria ficar ciscando junto com aquelas aves pequenas que não nasceram para o voo. Esse prazer ela não daria ao seu ex-marido por que tudo ele fazia era para me desequilibrar emocionalmente me impedindo de subir os degraus que por direito me pertenciam, á vida havia me presenteado com eles, mas eu era obrigada a subir um por um, caso quisesse chegar a algum lugar. Nada preenchia o vazio da ausência da minha filha, a dor era tanta que eu bloquei as suas lembranças, o nosso cérebro é inteligente ele busca as defesas inesperadas e forma de sobrevivência inacreditável. E assim sobrevivi a mais uma emboscada do meu ex-marido.

 O Silvio continuava comigo, nunca me dava satisfação de nada pouco sabia da sua vida; finais de semana ele estava sempre com o pai e a irmã. Eu na minha vida trabalhando, fiz novas amizades. Comecei a sair, me dei á oportunidade de voltar a viver. O financeiro começava a melhorar até me dava o prazer de ir á um restaurante sair no final de semana, coisas que eu nunca tive a oportunidade de fazer antes, adiantar a parcela do meu carro era um presente do universo, cada dia fazia um novo cliente e todos gostavam de mim, eu sentia o carinho especial de todos por mim. Só podia ser coisa de Deus. Eu, cada dia penetrando mais no universo da Polícia Civil, da politica, das escolas Estaduais, fazia algumas Secretarias Municipais e fui ampliando os meus conhecimentos, aos pouco estava crescendo como pessoa e como profissional.  Nos negócios estava indo muito bem. Só que havia um problema não sabia administra o dinheiro, ficava segurando, com medo que ele voasse; acreditava que se eu girasse o perderia. E em relação ao dinheiro é o contrario temos que fazer com que ele gire por que dinheiro trás dinheiro. A maioria das vezes eu chegava á minha casa já passava das 22:00hs trabalhando não media esforços chegava a ficar nos hospitais até as 5:00hs da manhã vendendo perfumes; pra mim o importante era trabalhar eu só me preocupava em ganhar dinheiro estava fazendo um salario que sempre desejei e nunca havia imaginado que um dia essa quantia viria a minhas mãos. Aprendi a fazer do trabalho uma terapia onde eu conseguia descarregar todos os meus problemas, e ao mesmo tempo era gratificante e recompensador. Eu amava o meu trabalho. Eu amava a minha profissão de vendedora. Eu era feliz vendendo perfumes importados.

 O Silvio começou a namorar uma moça, que morava na mesma rua que o pai dele. Um dia ele chegou e começou a falar dela pra mim, percebi que realmente, ele estava apaixonado pela menina e levando-a a serio, coisa que ele nunca havia feito antes, chegando a falar na possibilidade de haver casamento. Eu particularmente fiquei curiosa para conhecê-la, mas como ela já convivia com o pessoal do pai dele, seria difícil para ela me aceitar, não restava a menor dúvida eu já estava consciente dos fatos. Continuei com a minha vida trabalhando não me preocupei com o que poderia vim a acontecer. Em um determinado dia jantei fiz algum afazer tomou o meu banho e fui deitar como de costume ficava lendo um pouco até o sono chegar. O Silvio chegou jantou e foi para o meu quarto estranhei ele não tinha esse hábito, pegou um travesseiro e deitou junto comigo e começou a me perguntar o que eu faria se a Silvia me procurasse e qual seria a minha reação caso ela estivesse gravida? Eu na hora entendi o recado era obvio que ela estava gravida e querendo voltar, respondi que havia sido pega de surpresa sinceramente não sabia o que responder. Fiquei de pensar no assunto. Ele se retirou para o quarto dele. Eu continuei lendo o meu livro. No dia seguinte não falei no assunto e nem no decorrer da semana. Mas uma semana depois eu fui até o trabalho do marido dela conversar com ele. Ele me falou que ela estava gravida e que chorava muito querendo voltar mais não sabia qual seria a minha reação, mandei falar pra ela, que a minha casa estava de portas abertas. Afinal ela continuava sendo minha filha. 

sábado, 6 de setembro de 2014

Silvia Saindo de Casa.

O Silvio começou a me dar trabalho. Com a influência do pai dele tudo voltou ao que era antes, a falta de respeito para comigo, não me ajudava mais nas despesas da casa, chegava a hora que queria; fazia o que bem entendia. A minha vida mudou completamente a paz que eu estava tendo durou pouco tempo, a tranquilidade da minha casa já não existia, as preocupações com o Silvio eram constantes eu já não sabia o que fazer me preocupava com o comportamento dele, com as minhas dividas tudo era motivo para me tirar o sono. Às vezes eu tinha a impressão que Deus havia me esquecido. Por que tanto sofrimento? O pai dele estava tão bem, completamente despreocupado em relação aos filhos. Enquanto para mim sobrava às dores de cabeça, a inquietação com as crianças e a responsabilidade de manter a despesa da casa, pensando bem, para uma mulher sozinha sem experiência que acabava de sair de uma situação que chegou a pegar cesta básica era muita responsabilidade. Eu não tinha estrutura para suportar tudo sozinha. A águia sentia medo de continuar com a caminhada, pensava em parar ou mesmo voltar para o terreiro talvez fosse mais cômodo conviver com as outras aves. Como ela poderia chegar ao topo? A subida era tão cansativa e assustadora só me restava uma saída, segurar na mão de Deus e permitir que ele me ajudasse. Quantas vezes chorava á caminho da casa dos clientes, pedindo a Deus por justiça. O peso da responsabilidade que caia sobre os meus ombros era grande, mais eu era obrigada a carregar não podia desisti. Talvez existissem pedras demais que não havia necessidade de leva-las comigo, mas só o tempo poderia me dizer quais as pedras que eu deviria tirar do meu caminho. Qual a bagagem que estava impedindo a minha subida? Eu precisava ter paciência e sabedoria para encontra a resposta que eu tanto procurava.

 Me a tingi, só através do Silvio para o meu ex-marido não era o suficiente. O alvo dele era a Silvia. Ele sempre quis atirar nela para acertar em mim. E conseguir da maneira mais suja e sórdida que um pai possa alcança. Ele foi imediatista não mediu as consequências dos seus atos, foi repugnante e imoral o que ele fez. A Silvia começou a namora com um colega de trabalho só que ele era casado e ela conhecia a esposa dele, elas eram amigas, eu nem imaginava o que estava acontecendo, mas o pai dela sabia e incentivava o namoro deles; chegando até a saírem os três juntos. Quando eu fiquei sabendo do namoro fiquei uma fera, não concordei, fui contra; era desonesto ela conhecia a esposa dele sempre frequentava a casa do casal eu jamais aceitaria o que estava acontecendo. Diante de toda a confusão descobrir que o pai era cúmplice e quando ficou sabendo que eu não aceitei a situação tirou a filha de casa e levou para morar com ele. Á vezes chegando a sair de casa para deixar os dois sozinhos. Depois de um tempo alugou um cômodo colocou os dois para morar juntos. Ela se afastou de mim completamente eu ficava sabendo noticias dela através de uma amiga que também pouco sabia, foi uma época difícil pra mim sofri muito com a situação mais como eu já havia conseguido uma pele de rinoceronte suportava todos os espinhos que a vida estava me oferecendo. Ela ficou 07 meses sem me dá noticias, completamente afastada de mim. Depois desse período ela me procurou estava gravida precisava da mãe a primeira gravidez assusta um pouco a presença da mãe é fundamental, ela precisou de mim e eu não soube dizer não. Á mesma atitude que eu tive em relação ao Silvio tive com ela também, abrir as portas da minha casa e a recebi de volta.

 No decorrer do tempo que ela esteve ausente eu procurei viver a minha vida. Busquei ajuda para cicatrizar as feridas era tudo tão dolorido e recente, antes de uma ferida cicatrizar outra já abria. O problema com a minha habilitação continuava era uma situação desagradável mais eu tinha que conviver com ela poderia ter evitado se não tivesse sido tão ingênua ao ponto de acreditar em pessoas oportunistas. Sempre tive um coração generoso, sempre me propus em ajudar as pessoas, independente do que elas eram, ou do que são. Só que, encontrei muitas pessoas que se aproveitavam da minha boa vontade. Mas também tive a oportunidade de encontrar pessoas maravilhosas na minha vida que me ajudaram muito em todos os sentidos e fizeram a diferença no meu dia a dia. O numero das pessoas boas sempre foi maior do que, das pessoas que só queriam se aproveitar da minha ingenuidade. Em uma das vezes que eu fui ao ciretran, comentei com uma funcionaria que vendia perfumes importados ela imediatamente se interessou pelos perfumes e pediu que eu no dia seguinte fosse lá com os perfumes que ela gostaria de ver. Conforme o combinado no outro dia eu estava lá, ela me apresentou a todos os funcionários, os quais passaram a comprar perfumes de mim, fiz amizades com todos eles a minha vida deu um pulo às coisas começaram a melhorar pra mim, a minha caderneta de clientes aumentou, passei a vender também nas Autoescolas. O Delegado era uma pessoa maravilhosa de um coração imenso e procurou me ajudar indicando-me em varias delegacias comecei a vender para todos os polícias eles sempre pagavam no dia certo eram corretos e gostavam de mim. Fiz amizade com todos eles os quais se tornaram meus amigos. me apresentando as esposas deles ou as namoradas que também vinham a serem minhas clientes. Minha vida melhorou muito. Comecei a subir a montanha só que agora havia menos pedras para carregar na minha bagagem.