terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Realização De Um Sonho!



Os dias foram passando e a vida da Malu se modificando, o trabalho preenchendo os seus dias. 
Ficava pouco tempo na casa dos pais á correria do dia-a-dia era grande: agora ela trabalhava em dois hospitais e com essa oportunidade estava recebendo um salario razoável, deu entrada em um apartamento.
 O apto dos seus sonhos! 
Teria que fazer um reforma para poder mudar e ter a tranquilidade que ela sempre desejou. 
Terminando a reforma ela mudou. Ao mudar a vida lhe ofereceu um presente. 
Conheceu alguém no hospital, um médico reformado, que, como ela estava no inicio da sua carreira os dois se apaixonaram e deram inicio a um lindo relacionamento. 
Eles viviam um para o outro, dividiam o seu tempo com o trabalho eram dois jovens apaixonados com o desejo de realizar o seus sonhos, crescerem na profissão.
 Depois de alguns meses eles resolveram morar juntos e ele que pagava aluguel se mudou para o apto da Malu.
 Dividindo as despesas começaram a economizar e juntar dinheiro para poder realizar o sonho que era o de poder viajar juntos. 
A vida dos dois era um verdadeiro paraíso eles se amavam e se entendiam a paz e a tranquilidade reinava naquele lar. 
O tempo passou, eles resolveram oficializar a relação; casaram-se passaram a lua de mel nas Ilhas Gregas.
 Ao voltarem da lua de mel a Malu descobriu que na vida deles tinha mais alguém, eles não estavam mais sozinhos naquela viagem alguém se aproximou e falou; eu quero fazer parte da vida de vocês, eu preciso de vocês para cuidar de mim!
 O Felipe não sabia o que fazer de tanta felicidade eles riam e choravam ao mesmo tempo agora eles tinham um bebe a vida mudou se eles já eram responsáveis, agora eles tinham consciência que a responsabilidade aumentou. Ser pai exige muita doação o Felipe cuidava da Malu como se ela fosse um bebe, atendia ao seu desejo; tratando-a como uma princesa.
 Ela agradecia a Deus todos os dias pela vida que ela levava: pra quem viveu dentro de um lar sufocado pela violência doméstica hoje ela estava vivendo em um céu, ela chegava a ter medo de um dia poder acordar daquele sonho! Os dias passando e a sua barriga crescendo a Thais pulando naquele ventre que ela escolheu para vir a esse mundo.
 Os amigos, vibrando com a chegada dela; o apto deles não tinha mais espaço para guardar os presentes que ganhavam: realmente ela não tinha duvidas Deus a ouviu nas horas de tristeza quando ela pedia a sua ajuda, tudo que ela pediu Ele deu; um marido maravilhoso, uma filha se aproximando para alegrar mais ainda aquele lar. 
Como ela tinha gratidão por tudo que estava recebendo do universo.
 E, o grande dia chegou!
 Nasceu a Thais!
 Uma menina linda, saudável com um sorriso encantador.
 Veio preenche a vida da Malu e do Felipe um casal de uma felicidade plena nunca vista antes, parecia mais um conto de fadas, Mas é uma realidade a vida dos dois. Esse conto de fadas aconteceu e acontece na cidade de Santo André, no ABC paulista.
 Eu chorei ao tomar conhecimento da historia dos dois, são poucos que tem a sorte de serem criados dentro de um lar abusivo e ter uma historia linda para contar. 
Quando a Malu me pediu para escrever a sua historia eu, sinceramente mim surpreendi, resolvi aceitar e ter um exemplo de superação. 
Poder falar de você Malu é um orgulho. 
Poder falar da sua historia e saber que pode surgir outras mulheres através do seu exemplo é gratificante.
 Parabéns dr.Felipe pelo marido e pai maravilhoso que você é. 
Parabéns pelo exemplo de profissional e homem que eu me orgulho em ser sua amiga!


terça-feira, 3 de setembro de 2019

Malu! Exemplo de Superação.

Hoje os pais não permitem que o jovem tenha espaço para o diálogo.
 Não permite que o seu lar tenha o equilíbrio do amor e do perdão, permitindo que a sabedoria seja uma fonte de proteção aos que convivem neste lar. 

Conheci a Malu. Fisioterapeuta excelente, moça bonita e educada encontrei no shopping, estava tomando um sorvete quando ela pediu licença para sentar na minha mesa, a praça de alimentação estava cheia não havia mesa desocupada, sorrir e falai para ela se sentir a vontade, sentou e demos inicio a uma agradável conversa, terminamos o sorvete pedimos uma água e continuamos conversando e dando risada, até que em um determinado momento surgiu alguém que havia acabado de comprar o meu livro me reconheceu e veio me pedir um autografo. 

Fiz uma dedicatória, agradeci a pessoa e ela foi embora feliz. 
A Malu ficou interessada pelo assunto sobre violência doméstica onde ela não perdeu a oportunidade de me confidenciar a sua triste infância, onde os pais viviam querendo matar um ao outro, esquecendo que a filha estava entre eles. 
A mãe uma psicóloga, o pai um alcoólatra: e ela uma vitima de pais doentes: a mãe frustrada por curar a todos menos ela. 
O pai afogando as mágoas na bebida por não ter coragem de tomar uma atitude em relação a um relacionamento desgastado, os dois se destruindo entre eles.
 A Malu cresceu presenciando os ataques que acontecia semanalmente dentro da sua casa, físico e verbal, foi uma criança com problemas de aceitação nas brigas eles a citavam como responsável pela continuação da relação. 

É o que acontece com 99% dos filhos de vitimas de violência, usam a desculpa que não se separam para não traumatizar os filhos quando a realidade é bem diferente. 

As brigas entre eles deixam os filhos com sérios problemas psicológicos. 

Muitos não percebem que o desrespeito, à falta de amor entre ambos os levam a criarem jovens revoltados e ausentes, muitos se distanciando dos estudos não tendo animo para ter uma vida saudável, com sucesso nos estudos ou no trabalho.
 A Malu crescendo neste ambiente de desarmonia foi madura o suficiente para decidir seguir em frente e fazer a sua vida tomar caminho diferente, ela buscou refugio nos estudos se dedicando, ela sabia que poderia ter uma historia diferente, podia trabalhar e sai da casa dos pais e ter a sua vida: longe dali iria ser feliz a sua maneira é obvio. Terminou o ensino médio prestou vestibular passou e foi fazer fisioterapia mergulhou de cabeça não podia perder a oportunidade de ter a sua independência. 
Ela não tinha duvidas que através do trabalho, encontrará tudo que não teve no convívio com os pais. O essencial a paz que nunca teve. 
A paz que tanto desejou! 
Quantas vezes ela acordava ouvindo os gritos dos pais um agredindo o outro com ameaças e vocabulário de baixos escalões, eram palavras que feria a moral de ambos e em meio a esse vendaval ela conseguia sobreviver.
 Era uma verdadeira tempestade a sua casa parecia mais um campo de batalha onde quem fosse mais forte sairia com vida. 
Uma pergunta que não saia da sua mente. Como alguém que é profissional ganha á vida resolvendo os problemas de outras pessoas tem uma vida tão perturbada? 
Como ela consegue ajudar alguém se não consegue ajudar a si mesmo? A mãe tinha um desequilíbrio visível, um emocional perturbado como conseguia trabalhar na área da saúde sem deixar transparecer a sua fragilidade era tudo muito louco pra mim!
 Quanto mais eu avançava na faculdade mais as perguntas me atormentavam. 

Quanto mais conhecimento eu buscava mais perguntas me vinham á mente. Eram perguntas sem respostas! 
Terminei a minha faculdade. 

Durante o período de estagio nos hospitais presenciei muita dor, pessoas entubadas com patologias complicadas, doenças irreversível, familiares sofrendo pelos seus entes queridos e a minha casa sendo destruída por quem deveria cuidar dela.
 Os meus pais pareciam dois loucos não tinham controle sobre as suas emoções, e eu em meio aquele vendaval não sabia o que fazer. 
Como eu tinha vontade de mudar ter a minha casa onde eu poderia ter paz, poder chegar do trabalho ouvir uma musica ler um livro me deliciar com o silencio do meu aconchego esse era o meu sonho e com ele a certeza que iria conseguir.
 Os meus objetivos eu irei alcançar sou determinada e sei o que quero da vida, foi o que a Malu pensou naquele momento. 
Dali por diante ela não parou mais, foi uma buscar incansável a procura de um emprego, o que ela mais queria conseguiu, trabalho em um hospital!
 Agora ela podia pensar um ter o seu apto. 
Era a realização de um sonho, o inicio da sua liberdade, o resgate de uma vida perseguida pela violência doméstica, a falta de amor ou respeito entre dois ser humano que são seus pais e ela tinha amor por eles, independentemente da vida que lhe foi oferecida havia muito amor e gratidão no coração da Malu.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Direito a Liberdade.

Dentro de um mundo onde a violência contra a mulher aumenta todos os dias podemos ver que os jovens estão em choque, perdendo os valores da família não tendo uma referencia para a sua evolução, crescendo em lares desequilibrado sem uma estrutura, faltando à base principal da harmonia e da serenidade que é necessário para uma família saudável.
 Os jovens precisam de um ambiente equilibrado para desenvolverem o seu aprendizado na escola da vida, sem os pais para lhe dar uma orientação sobre o certo ou o errado fica difícil para eles se encontrarem ou descobrirem a sua essência, nós pais não sabemos o quanto prejudicamos os nossos filhos dentro da guerra que travamos um contra o outro, na maioria das vezes entorpecidos no nosso egoísmo ou no nosso medo não enxergamos o pavor que esta nos olhos dos nossos filhos, eles estão gritando por socorro, mas nos passa despercebido.

 Nós mulheres vivemos nos preocupando com a reação do nosso companheiro e esquecemos que colocamos filhos no mundo que precisam ser educados e orientados para a vida, somos tão desprovidas de forças que não temos reação diante do seu apelo, damos tanta importância a nossa dor que não olhamos para a dor dos nossos filhos paralisados com as senas que testemunham todos os dias.

Muitos jovens se trancam no seu quarto para não ouvir os gritos que ecoam casa adentro atravessando as paredes e aterrorizando a sua alma, com a força de destruir todos os seus sonhos.

 Sonhos de uma vida melhor.
Sonhos de viver em um lar tranquilo, estável, longe de agressões.

 Agressões que tem o poder de lhes tirar a paz de espirito, onde eles presenciam o fracasso da relação dos pais.
Onde perderam o equilíbrio e a chance de um relacionamento estável e sólido.

Perdidos em um mundo de imaginação deixaram que o ciúme,  destruísse um relacionamento que tinha tudo para dar certo e esqueceram que os filhos seriam as maiores vitimas.

 Vitimas inocente que estão vivendo um holocausto onde a paz estar sendo exterminada, a esperança está sendo sufocada pelo medo.

 Expectativa de um futuro promissor já não existe, a incerteza toma conta deles, não sabem ate quando os seus pais permanecerão juntos, mas eles se perguntam.
Por que não se separam?
 Vivem sobre o mesmo teto, no entanto não passam de dois inimigos onde um não suporta olha para o outro.
 O lar que deveria ser um ambiente de segurança, não passa de um campo de guerra onde todos os dias é traçada uma violenta batalha entre os dois, os tiros que são dados infelizmente acertam os filhos com um estrago emocional prejudicando muitas vezes o seu desenvolvimento na escola, no trabalho ou mesmo na vida social, diante do quadro de violência que é estabelecido dentro da sua família eles estão preferindo viverem mais fora de casa, do que em convívio com os mesmos, lá fora eles estão buscando a paz que não é encontrada entre os seus, o ambiente é pesado e insuportável às provocações surge aleatoriamente entre os dois.

 A hierarquia que seria uma forma de priorizar e dar sustentação a família onde o pai seria respeitado e ouvido por todos, não é do conhecimento de uma família emocionalmente desajustada pela violência domestica, infelizmente os valores foram esquecidos no tempo e as famílias se perderam ao longo dos anos as circunstâncias vão se agravando; conforme o tempo vai passando.

 Os pais não tem consciência que estão levando os seus filhos para um abismo.
Um abismo sem volta!
 Perdidos em meio a um furacão desordenado, uma sociedade que os acusam e responsabilizam pelo desajuste familiar, não se preocupando em refletir e observar a sua base de formação, simplesmente os julgam pela aparência.

São jovens carentes e despreparados para enfrentarem uma realidade assustadora que a cada dia esta tomando mais espaço e se infiltrando nas famílias, a violência doméstica a cada dia está crescendo e aumentando o índice de casais envolvidos neste ciclo que parece não ter mais fim, comprometendo toda uma estrutura familiar.

Qual o jovem que não quer ter uma família com base firme onde ele pode encontra o equilíbrio, a segurança, ter o apoio dos pais nos momentos de medo, de insegurança quando são testados na balança da vida e buscam a mão firme do pai para lhe dar sustentação enquanto sobe à escada que os levam a plataforma onde serão preparados e lançados para voar e conhecerem a magia de uma vida plena e saudável; sentindo a emoção de descobrir os segredos da liberdade.

Sonhar com a liberdade é um direito de todo ser humano: independente da idade, da cor, da raça ou do sexo.
Todos deveriam ser beneficiados com ela, mas dentro de um lar abusivo as vitimas são privadas do direito de se manifestarem, a sua opinião não prevalece e nem é ouvida pelos demais o agressor sufoca cada membro daquela família só ele tem o direito de agir de acordo com a sua própria vontade.
 Liberdade é a independência do ser humano, o poder de ter autonomia que lhe foi roubado, não lhe dando o direito de argumentar. O jovem tem sim sabedoria para expor a sua opinião e ser ouvido com respeito e admiração.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Convivendo com a Violência Doméstica.

Contar uma nova historia é poder presenciar um novo tempo.
 Um tempo de harmonia, onde o amor á compreensão entre as famílias vão poder prevalecer, onde o sorriso se faria presente no dia-a-dia levando os jovens a um equilíbrio emocional, a uma segurança no seu lar, presenciando o equilíbrio entra os pais.

Sentindo que o amor está presente na vida deles, o sorriso sendo uma marca espontânea levando a família a uma verdadeira inteiração.
 Esse é o sonho de alguns jovens com o quais eu conversei sobre a violência doméstica em suas casas. “Como gastaríamos de poder chegar á nossa casa e encontra um ambiente de paz e harmonia entre os nossos pais, mas é o contrario presenciamos entre eles, brigas e mais brigas onde um quer destruir o outro”.

 Pergunto-me?

 Pra que viverem juntos se não se suportam mais?

 Esse é o dilema de muitos jovens que vivem dentro de um ciclo de violência doméstica, e não perdoam os pais pela falta de respeito estre ambos.
 Levando-os a conviverem com o seu desamor, onde muitas vezes eles não conseguem separa o pai do agressor ou a mãe da mulher frágil, sem respeito por si mesmo, sem amor próprio, aceitando as imposições do homem que se diz seu marido.

 Entre eles não há nível intelectual, eles zeram na baixaria.

 Palavras, de um jovem da classe media, cursando uma faculdade e sonhando em poder ter o seu próprio apartamento, poder sai do hospício que é a casa dos pais, ter a oportunidade de poder chegar do trabalho e me sentir dentro de um ambiente onde existe paz e tranquilidade podendo descansar e recarregar as nossas energias para o dia seguinte.

 Dentro da casa dos pais é só estresse enfrento um dia de trabalho, faculdade, chegando a minha á casa o ring dos meus pais é constante não dar para conciliar um ambiente de paz e harmonia, querendo descansar, buscar equilíbrio para o dia seguinte isso é fundamental, mas o desenrolar do dia a dia com os meus pais é impossível.

 São essas as reclamações dos jovens filhos da violência domésticas que vivem sonhando com a união entre os pais.

 União que nunca vai acontecer se os dois não tiverem consciência do mal que estão causando aos seus filhos, colocando um freio na luta diária entre eles e buscando uma ajuda profissional pelo bem de todos.

 Se nós pais e mães tivéssemos a capacidade para entender o mal que causamos dentro do nosso lar com a nossa falta de respeito para com os nossos jovens forçando a conviverem com o nosso desequilíbrio emocional e acreditando que eles são o motivo de continuamos dentro de um relacionamento doentio.
 Sim, usamos sempre essa desculpa e com total convicção.

 Não me separo por causa dos meus filhos.

 Hoje tendo superado o ciclo e podendo ajudar muitas mulheres reconheço o quanto somos omissa e colaboramos dentro da nossa dor, com a dor dos nossos filhos, mesmo inconsciente do mal que causamos a eles.

 É difícil para uma mãe assumir a responsabilidade de ter causado a dor do seu filho, o pai dificilmente vai assumir que colaborou com o desequilíbrio da família.

 Mas por mais cruel que seja a verdade nós somos os responsáveis por tudo que a eles acontecem, temos casos de jovens que tentaram suicídios levados pelos desesperos de presenciar todos os dias as brigas dos pais.

 Infelizmente a violência está aumentando em todas as classes sociais independente do nível social ou da formação acadêmica ela está proliferando cada dia mais nas nossas famílias.

 É como uma epidemia que se  alastrou nos lares, nas cidades e nos campos aonde tem uma família tem violência doméstica, tem jovens presos a angustia, a dor de presenciar a guerra dos pais.

 Não importa se é violência física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial os filhos se tornam parte da bilheteria mesmo contra a sua vontade.

 São obrigados a sentar na poltrona e assistir o espetáculo.

Hoje vejo uma única saída a qual já mencionei tantas vezes.

Uma ajuda profissional buscando nos conhecer e assumindo a nossa responsabilidade, assim alcançaremos a nossa evolução.

 Procurando viver com o objetivo de nos ajudar e ajudar tantas outras mulheres e jovens perdidos na ânsia de se encontrarem buscam caminhos diferentes que os levam ao perigo.

O perdão a limpeza das nossas memorias mudaria toda uma historia de dor e fracasso que ao longo dos anos nos levou ao desequilíbrio emocional.

 Mudaria a historia nos trazendo o equilíbrio e transformando a dor em alegria onde todos seriam favorecidos com um lar protegido pela harmonia e paz.

 O perdão enaltece o ser humano permitindo a sua evolução espiritual e material, reconhecendo a nossa humildade.