domingo, 15 de abril de 2018

Um Grito de Socorro.

Temos conhecimento de muitos casos de mulheres que ao deixar para trás uma vida de violência tentando buscar um meio para sobreviver com dignidade foram violentamente assassinadas pelos seus ex-maridos. 
Mulheres que pediram socorro.
 Mas o seu grito não foi ouvido.
 A sua voz foi calada pela brutalidade de um homem. 
 Suas palavras foram silenciadas pelo barulho de uma arma, que traiçoeiramente lhe tirou a vida, junto com a esperança de uma caminhada longa e feliz, afinal foi com esse objetivo que elas saíram de um relacionamento abusivo. 
 Eles são tão covardes que esquecem que não foi só, a vida da mulher que eles tiraram, mas à esperança dos filhos de ter uma mãe.
 De crescerem convivendo com a mãe, de ter o direto de ser amado pela mãe, o amor da mãe não é encontrado em qualquer esquina, ele é único e exclusivo.
 Muitos perderam a oportunidade de conhecer o amor e a proteção que a mãe poderia lhe dar.
 Ele não se preocupou com a estrutura emocional do filho, o seu egoísmo falou mais alto.
 Pergunto-me? O que a sociedade faz para proteger essas mulheres? 
O que os nossos governantes faz em proteção as mulheres que são vitimas?
 Nada é feito em favor delas, a sociedade, as autoridades silenciam diante de um crime tão brutal onde uma mulher é morta impunimente. 
 Quando ela só queria ser livre poder viver uma vida digna sem repressão, mas sua esperança foi arrancada brutalmente lhe tirando a oportunidade de poder gritar para o mundo a sua liberdade dando o seu testemunho para que outras possam seguir o seu exemplo, mas diante de tal violência só vem causar pavor naquelas mulheres que sonham com a possibilidade de se livrarem de um lar abusivo.
 Sabemos que a cada 11min, uma mulher é violentada.

 Os familiares muitas vezes presenciam de alguma forma os atos de violência, mas sempre ouvimos.
 “Entre marido e mulher não se mete a colher.” Ou “Ruim com ele pior sem ele.” 

E é, assim que os agressores vão ficando impune e nada é feito para impedir a violência domestica. 

Não importando a classe social ou seu poder aquisitivo eles sempre ficam livres para o próximo ato de violência. 
 O preconceito em relação á mulher é tão cruel e desumano vivemos em uma sociedade insensível as necessidades do outro, onde a generosidade não se é mais tão presente no dia a dia, dificilmente encontramos alguém que se pronuncie em defesa da mulher que vive em um ciclo de violência doméstica, muitas vezes sonhamos sendo acolhida por um familiar, na nossa carência, na necessidade de ser amada, respeitada, criamos uma ilusão daquilo que desejamos em nossas vidas a confiança de que algo vai mudar.

 Que algo bom acontecera dentro do nosso lar, e na expectativa da mudança continuamos em um relacionamento doentio, agressivo, desrespeitoso para ambos. 
As palavras agressivas machucam os dois, deixando magoas acumuladas de anos e anos de uma convivência forçada pela sociedade, ou pela esperança de que tudo irá mudar que a relação vai ter uma probabilidade de um novo desenrolar e é, nessa perspectiva que ambos continuam esperando pelo grande milagre. 
Milagre que nunca acontece! 
O desejo da mudança continua no coração daquele que só quer ter paz. 
 E é com tristeza que a sua esperança vai diminuindo e as agressões ganhando espaços cada vez mais; trazendo a insatisfação para dentro do lar, ferindo a todos, permitindo que as cicatrizes sejam visíveis, não tendo mais a possibilidade de esconder, está retratado no rosto de ambos que o amor já se foi; e o seu lugar está sendo ocupado pelo vazio, pela solidão, pela dor do esquecimento.

domingo, 1 de abril de 2018

Mulheres Que Venceram.

Muitas mulheres vivem em um relacionamento abusivo, não por necessidade financeira, mas por não acreditar na sua capacidade como mulher e como pessoa, se submetendo a viver ao lado de um homem que não a valoriza, está sempre procurando destruir a sua autoestima, levando-a a acreditar na sua incapacidade, trabalhando o seu psicológico, principalmente o seu lado afetivo, tendo controle total sobre e os seus sentimentos; conhecendo a sua fragilidade, é fácil manipular a sua vitima, deixando-a descontrolada emocionalmente.
 A família muitas vezes a responsabiliza pelo fracasso no relacionamento, levando-a a acreditar na sua negligencia como mãe e como mulher, e sobre pressão ela deixa-se ser usada dentro do seu próprio seio familiar, aonde os olhares de acusações é dirigido a ela.
 Muitas vezes não só o olhar, mas o dedo é apontado para ela.
 Você é responsável por tudo que está acontecendo.
 E a mulher a cada dia que passa vai se isolando no seu mundo de amargura perdendo a esperança de um dia ter uma vida diferente.
Não acredita que saindo de um relacionamento doentio, buscando uma ajuda profissional vai ter a oportunidade de se tornar uma mulher feliz e ser independente.

Quantas mulheres tomam a decisão de abandonarem os seus companheiros e seguir com a sua vida, mas não tem o apoio da família e não sabe por onde começar, é tão difícil para uma vitima que passou anos sendo refém de um homem ter a coragem de se libertar.
 Algumas delas erguer a cabeça e decide segui em frente na esperança de uma vida livre, sabendo que por mais árduo que seja ela vai poder ser dona das suas decisões.
Podendo sorrir para vida, sonhar com dias melhores acreditando em novos horizontes na expectativa de poder voar.
 Ela viveu tanto tempo presa nas garras do seu opressor que até esqueceu como é ser livre, mas algumas delas na metade do caminho sofrer uma recaída, estando habituada á rotina de vitima se sente perdida no meio da multidão não sabendo o que fazer com a sua liberdade.
Ela fica tão desnorteada, foram anos de violência.
 Foram anos de submissão.
E agora? 
Ela não tem mais quem a domine.
 O medo do amanhã faz com que ela procure esse homem que tanto a humilhou ela não consegue viver sem as migalhas que ele lhe oferecia.

 Outras mulheres choram pela liberdade, anseiam dia e noite para ter uma vida diferente da que elas estão levando atualmente, são mulheres determinadas buscam coragem e na primeira oportunidade elas tentam conquistar a sua independência.
 Procurando abandonar aquele ciclo de violência que a massacrou durante tantos anos, passam por dificuldade, mas, não desanimam, sabem que vai vencer e não muito longe o sol vai brilhar na sua vida.
Ter uma vida de paz e tranquilidade longe do seu agressor foi algo construído na sua mente há muitos anos.
Ela sonhou com esse dia.
 Ela buscou coragem dentro dela durante muito tempo.
 Esse dia foi projetado minuciosamente e agora o sonho se tornou realidade, o seu objetivo foi alcançado, ela consegui a sua liberdade.
 Devemos ver essas mulheres como heroínas dignas de respeito, elas se livraram de uma vida de violência alcançando o seu desejo pessoal, resgatando o seu equilíbrio emocional, os seus valores morais, podendo ter, com os demais uma relação saudável sem cobrança.
 Hoje elas conhecem a liberdade.
 Hoje elas podem sorrir sem medo.