domingo, 2 de novembro de 2014

Dominada Pelo medo.

Entrei em casa! Fiquei parada olhando para o nada. Revendo a cena, e me perguntando? Por que eu abri a porta do carro para o bandido, e se aquela arma fosse de brinquedo? Por que eu não acelerei o carro e fui embora? Havia varias alternativas para fugir daquele assalto. Eram essas as perguntas que me torturavam e eu não tinha resposta para elas. Senti um vazio dentro de mim. Olhei para os lados e percebi o quanto eu estava sozinha, uma tristeza tomou conta de mim. Voltei a pensar nos meus pais, nos meus irmãos, nos meus filhos, chorar eu não conseguia não havia lagrimas nos meus olhos o nervoso era tanto que as lagrimas haviam secado. Parei e fiquei pensando o que poderia ter acontecido para eu atrair aquele assalto. O que eu havia feito para passar por tantas aprovações? Onde estava á águia que eu conhecia? Será que ela havia desmoronado? Não, eu não podia permitir que aquela águia tão decidida, que um dia se descobriu com tamanha força perdesse a motivação para continuar com a sua subida ao cume; ela tinha garras e usaria. Acontecesse o que acontecesse ela não iria desistir, de onde buscaria forças eu não sei, mas eu encontraria e superaria tudo. Fiz está promessa a mim mesma. Liguei para o meu irmão já era tarde mais ele veio até a minha casa saber como eu estava, ficou um tempo comigo depois foi embora. Quando ele saiu eu tomei um banho e fui tentar dormi um pouco mais não conseguia a noite  parecia uma eternidade. Domingo dia das mães. Fui á igreja participei da missa junto com os meus filhos estava triste não havia digerido o que aconteceu comigo. Não tinha dinheiro, cheque, cartão é horrível se sentir nessa situação, fiquei em casa junto com as crianças uma sensação desagradável um sentimento de impotência assim foi o meu dia.

 Mais a segunda feira chegou e junto com ela a garra para vencer. Precisava trabalhar e foi com essa disposição que eu sair da cama. Tomei um banho e fui até o banco; bati na porta da sala do meu gerente as 08:30min. Ele tomou um susto. O que eu poderia está fazendo tão cedo no Banco em plena segunda feira. Olhei pra ele e falei vamos trabalhar! Contei o que havia acontecido comigo, ele ficou surpreso sentamos e ele começou a cancelar os cheques, os cartões; e fazer pedidos de novos cartões, talão de cheques. Fiquei com ele até umas 11:00h Saindo de lá fui ao Ciretran estava sem os documentos, sem os documentos do carro, sem a minha habilitação; necessitava de novos documentos. Ao chegar ao Ciretran fui para a sala do delegado falei com a secretaria dela que era minha amiga; ninguém queria acreditar no que aconteceu comigo no final de semana, todos estava pasmado o delegado que era meu grande amigo falou que eu fui muito ousada corri risco por ter enfrentado o bandido em varias ocasiões, principalmente por ter jogado o carro em cima de outro carro como pedido de socorro. Ele me deu autorização para poder continuar dirigindo sem habilitação e sem o documento do carro, até imprimirem o meu caso algum guarda ou policial me parasse na rua.

 Aquela semana foi difícil eu estava assustada com medo, não podia parar em um semáforo o coração já disparava a sensação de que alguém se aproximava com a arma na mão, parecia que eu estava ouvindo a voz do bandido mandando abrir a porta do carro; ao chegar à casa a impressão era que alguém estava esperando afinal eles estavam com todos os meus documentos e endereço. Mesmo assim tirei a semana para resolver os problemas, documentos indo a delegacia, para fazer reconhecimento; vi milhares de fotos fui chamada para reconhecer bandidos que haviam sido presos, aconteceu de eu estar em uma delegacia e eles receberem telefonema dos bandidos avisando que iam atacar o DP eu era obrigada a me retirar imediatamente a policia estava sendo bombardeada naquela semana, era uma loucura família de policial sendo atacado um verdadeiro suspense na cidade de são Paulo. Uma semana depois fui chamada a uma delegacia para fazer reconhecimento o chefe me chamou e falou! Tenho quase certeza que é o bandido que te assaltou. Mais se realmente for ele, você fala que não é. Eu o prefiro solto e só você pode nos ajudar negando o reconhecimento. Eu entrei quando o vi senti o meu coração acelera era o bandido. Mais me mantive firme e falei que não o reconhecia, entrei na sala do chefe e confirmei com ele o reconhecimento fui embora e o bandido foi solto afinal na havia provas contra ele. Eu continuava trabalhando, assustada é claro mais a necessidade me obrigava a está nas ruas e agora mais do que antes. Dos R$ 25.000 que o bandido me levou R$16.000 eu devia para o meu fornecedor e como ajuda ele me cobrou 10% de juros, me levando a pagar por mês de juros R$1.600,00. fora todas as despesas, me levando a reduzir gastos e trabalhar mais. .