domingo, 4 de agosto de 2013

Morando em Poção...

Apesar de tudo que aconteceu em relação ao comportamento dele com a minha irmã, quando íamos á casa da minha mãe, ele se comportava como se nada tivesse acontecido. Como se ele não a tivesse tratado com tanta grosseria. Eu ficava observando aquele comportamento absurdo, ele foi tão hostil com a minha irmã quando ela esteve em nossa casa, e na casa dela, ele agia com tanta naturalidade, sinceramente não conseguia entender era inacreditável.
 Não conseguindo trabalho em Caruaru; ele começou a trabalhar com o pai vendendo roupas, os dois viajavam nos finais de semana para as cidades próximas; fazendo feira era uma vida sacrificada sem conforto, diferente da qualidade de vida que nós tínhamos em São Paulo. Não demorou muito o dinheiro foi acabando e o que ele ganhava mal dava para as despesas, eu não estava feliz, sentia saudade de são Paulo, sempre falava em voltar mais ele não queria estava no meio da família e era tudo que ele desejava.
 Mas a falta do dinheiro fez com que ele percebesse que os primos estavam se afastando, já não o convidavam com a mesma freqüência, porque ele não tinha como pagar as despesas dos amigos. Um dia ele chegou pra mim, e perguntou se eu queria ir morar em Poção a minha cidade natal aceitei imediatamente seria uma forma de me afastar daquele pessoal...
 Fomos para a casa da minha mãe ficamos alguns dias. O meu Professor de matemática e Diretor do Colégio onde eu estudei era o Prefeito da Cidade, sabendo da nossa situação, nos ofereceu uma das suas casas, na qual só pagaríamos a água e a luz, ele aceitou, mudamos de imediato.

 Como não tinha trabalho para ele eu comecei a fazer blusas de tricô para vender, ajudando nas despesas da casa, em um dia e meio eu conseguia fazer uma blusa, não faltava encomendas, por ser uma cidade muito fria e não tinha quem soubesse fazer tricô todos me procuravam. Ele começou a me ajudar nos afazeres da casa para eu ter tempo de atender as minhas clientes.

 Mas ele não estava se sentindo bem com a situação sempre gostou de trabalhar, na verdade sentia-se humilhado, por não esta fazendo alguma coisa que lhe rendesse dinheiro; poderia ter todos os defeitos mais sempre assumiu as despesas da casa. Ele resolveu construir uma casa no terreno da minha mãe, por algum motivo se desentendeu com o meu cunhado e parou com a construção. Não sabendo mais o que fazer, e com certeza percebendo o seu erro em ter saído de São Paulo.

 Perguntou o que eu achava dele ir para a Bahia ver o que poderia conseguir por lá? Eu concordei! Nada estava dando certo em Pernambuco; quem sabe na Bahia, poderia existir á possibilidade de uma vida melhor? Ele viajou para candeias, e eu fiquei com as crianças em Poção.

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