domingo, 28 de julho de 2013

Morando em pernambuco....

A Luiza morava com a minha mãe, depois da morte do papai, ela ficou fazendo companhia para a mamãe. Casou e continuo com ela, tinha três filhos. Então eu não estava só na casa da minha mãe, era a casa dela também. Agora eu estava lá com duas crianças, sem falar que todas as nossas despesas, eram por conta deles.

 Eu não concordava com a atitude do meu marido, não era justo, mas ele não estava preocupado com a mulher e com os filhos. A preocupação dele era ficar em Caruaru. E foi fácil convencer a todos, falou que estava trabalhando e procurando casa para alugar, sabia que não era verdade, mas a minha opinião não fazia diferença. A minha mãe via a minha indignação como ciúmes e sempre o defendia. Eu no sitio com as crianças e ele dando uma de solteiro em Caruaru, quando ele vinha-me ver ficava dois ou três dias e logo voltava sempre com a mesma desculpa. Quando eu falava para ir com ele a resposta era; que na casa dos pais dele não tinha lugar pra mim e para as crianças e eles não gostavam de mim! O que eu ia fazer lá?

 Um dia estando revoltada com toda aquela situação peguei as crianças e fui atrás dele, minha mãe ficou furiosa por que eu não tinha paciência, ele estava trabalhando o melhor era esperar ele aparecer. Quando eu cheguei à casa dos pais dele, me trataram bem e queriam saber por que eu decidi ficar no Sitio? Foi essa a impressão que ele passou para a família dele, que eu não queria ir com ele.
 Algumas horas depois ele chegou não falou onde estava aparentemente ficou feliz com a minha chegada, saiu comigo fomos visitar alguns familiares, mais no outro dia me levou de volta para a casa da minha mãe. A minha atitude o surpreendeu, ele imediatamente providenciou uma casa. Afinal já fazia uns dois meses que eu estava na casa da minha mãe.
Alguns dias depois ele chegou para me buscar finalmente à situação estava resolvida. Fui mora na cidade de Caruaru, ao chegar tomei algumas providencias coloquei á casa em ordem matriculei as crianças na escola.
 Tudo voltou ao normal uma semana em paz a outra de briga as crianças presenciando tudo. Aos pouco fui descobrindo tudo o que ele aprontou durante o tempo que ficou sozinho na casa dos pais. Nos dias de domingo ele saia com os amigos em companhia de mulheres, iam para as cidades mais próximas tomavam banho nos açudes, bebiam, almoçavam e ele pagava todas as despesas, o que eu temia aconteceu, eu tinha que agüentar tudo calada e fingir que não sabia do que aconteceu.

 A Luiza estava com uma consulta marcada com um Ginecologista em Caruaru, um dia antes da consulta ela foi para a minha casa, ficaria comigo e no outro dia iria ao medico. Fiquei tão feliz era a primeira vez que ela estava me visitando; ela chegou à parte da tarde com o filho mais velho o Thiago, estávamos conversando as crianças brincando, todos felizes.
 Quando o meu marido chegou, eu saí correndo para cozinha fui preparar o jantar, porque com a chegada da minha irmã me empolguei, estava um pouco atrasada; quando ele entrou já estava com a cara fechada, mal cumprimentou a cunhada eu fiquei com tanta vergonha com a atitude grosseira dele, ficou um clima tão pesado, ele conseguiu contaminar todo o ambiente; até as crianças perceberam, perguntei o que tinha acontecido? Ele não respondeu. Passei a noite me torturando querendo saber o que eu tinha feito? Todas as vezes que ele tinha essa reação eu ficava dois ou três dias desesperada me perguntando o que fiz para ele me tratar mal?Era sempre assim quando tudo estava bem ele tinha uma desculpa para estragar o momento.

 No outro dia a Luiza levantou tomou café pegou o filho dela e foi embora, nunca mais voltou na minha casa, como fiquei triste com aquela situação. No dia seguinte a mãe dele me falou que ele comentou com ela; que a minha irmã tinha levado uma carta de um ex-namorado meu, eu estava lendo a carta quando ele chegou, corri para esconder e este foi o motivo de toda a confusão. Lembram? Lá atrás ele fez a mesma coisa um dia antes do batizado do meu afilhado, quando o marido da minha amiga passou de moto. E era essa a minha vida, ele sempre me caluniando para esconder o seu verdadeiro comportamento, me acusando para desviar a minha atenção e não perceber o que ele realmente fazia.

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