domingo, 13 de julho de 2014

Resgatando a Minha Criança Interior.

Mais o tempo de Deus, é diferente do meu. Ele estava preparando o melhor para a minha vida! Ele iria colocar mais pessoas para me ajudar, ele não ia me desampara. O meu amigo Padre Dalcides continuava me ajudado, me orientando mostrando que eu era uma perola diante de Deus e do mundo. Que eu precisava me reerguer, buscar a minha autoestima buscar a verdadeira Marlene. Resgatar a essência que estava perdida em algum lugar no passado. Um dia ele me falou nunca perca o seu sorriso ele é um elo com Deus. No dia que você perder esse sorriso lindo vai entra em depressão. E eu sempre procurei mesmo entre lagrimas manter o meu sorriso. O Padre Dalcides me ajudou muito, foi um anjo enviado por Deus para me ampara nos momentos mais difícil da minha vida, ele tinha sempre uma palavra de apoio, uma palavra de carinho, eu sabia que podia contar sempre com sua ajuda. Mais chegou uma hora que ele sentiu a necessidade de seguir o seu caminho e eu fui obrigada a ficar sozinha andar pelas mais árduas pedra sem o seu apoio. Foram dias difíceis, noites mal dormidas acordava chorando precisava de um conselho, estava perdida não sabia o que fazer não confiava em ninguém ele foi a única pessoa que eu confiei ele nunca me julgou, só me ajudou. Agora eu não o tinha mais. Os dias seguiam a vida continuava as crianças estavam comigo, era um motivo á mais para eu me sentir fortalecida. Quanto ao financeiro por mais difícil que fosse, estávamos conseguindo nos manter mesmo com dificuldade. Um dia fui convidado para participar de uma reunião com alguém que estava saindo candidato a prefeito na época, eu fui e através dessas pessoas conheci um coaching que estava dando palestras de motivação, eu comecei a participar e absorver tudo que eu podia, cada palavra que ele falava eu ficava atenta precisava tirar as raízes que impregnavam o terreno do meu coração eu necessitava de um adubo diferente fértil. Necessitava de terra nova, ele estava me oferecendo uma oportunidade. Algo novo uma terapia agressiva como um choque para eu acordar sair do fundo do poço pensar em mim, me desapegar do passado seguir em frente com uma vida nova; buscando outros horizontes.

 Ele pegou o meu ponto fraco a vaidade a vontade de rejuvenescer. A vontade de trazer aquela menina de voltar. Aquela menina que eu conheci correndo no campo, deitando na grama, sentindo a brisa no rosto os cabelos soltos ao vento, com um sorriso que só uma verdadeira criança poderia ter. Aquela menina que galopava em um cavalo sentindo o gosto da liberdade. Sobre a proteção do olhar orgulhoso do seu pai. E nesse momento eu tive a certeza que essa criança não havia morrido, estava viva dentro de mim. Como? Eu ainda não sabia! Mais necessitava trazer essa criança de volta para a minha vida, para o meu dia a dia. E foi com esse pensamento que eu resolvi voltar a viver foi pensando no meu pai que sempre me amou, que nunca me viu crescer. Por que pra ele eu era a sua eterna criança. Eu era aquela menina que um dia no meio de uma tempestade ele foi me tirar dos galhos de um arvore. Por que ele sabia que eu estava chorando, sabia que eu estava com medo dos raios e dos trovões e que não ia conseguir descer daquela arvore, porque ela estava com os galhos molhados e deslizantes. Mais ele foi lá; e me tirou, me levou de volta para casa. E naquele momento eu descobri que, por mais que o meu ex-marido tentou não consegui matar essa criança. Nesse momento eu descobri que não era eu a Marlene que o incomodava, mais sim aquela menina que estava dentro de mim, que sentia um gosto diferente pela vida e tudo conquistava com o seu sorriso puro e inocente. Ele com a sua maldade tirou toda a inocência daquela menina colocando magoa, ódio e sofrimento em seu coração. Conseguiu sim fazer com que essa criança adormecesse dentro de mim por vinte e um anos. Mais ela acordou! Com uma vontade louca de viver. De lutar pela vida. Mais a magoa a dor a impediam de seguir em frente. Mais ela iria continuar lutando porque ela sempre foi uma guerreira e nada a impediria de lutar pela sua liberdade.

 Eu não perdia uma palestra ia a todas, e ali eu ouvia o que realmente eu precisava ouvir, era como se ele falasse comigo não tinha pena de mim era duro; as suas palavras me atingiam de uma forma diferente, me levando a refletir sobre a minha vida, sobre o tempo que eu perdi chorando as magoas, sentindo pena de mim; entrando na sintonia do meu ex-marido e desejando o mal para ele. Esse mal voltando para me atingir. Mais mesmo com todas essas injeções que eu estava recebendo, as raízes que estavam impregnadas no meu coração era mais fortes do que eu, não ia ser fácil me livrar delas com tanta facilidade, eu queria, mais no outro dia eu já estava envenenada, era uma confusão dentro de mim. Uma mistura de sentimentos, ódio e magoa ao mesmo tempo. O ódio é um sentimento tão negativo, difícil de conseguir se livrar dele, ele me atormentava vinte a quatro horas por dia, ele só quer vingança. Ele é um sentimento tão pobre, tão mesquinho. E era esse sentimento que predominava na minha vida. Eu continuava trabalhando na Autoescola, as crianças nos seus devidos empregos, eu estava dando seguimento com a minha terapia na casa Beth Lobo. E assim a nossa vida seguia em frente. Um dia eu estava em uma das palestras quando o coaching me convidou para trabalhar com ele, precisava de uma secretaria e eu tinha o perfil, aceitei imediatamente, uma das exigências dele era que eu fizesse um curso com ele de auto ajuda, como ele estava montando um curso no interior de São Paulo não foi difícil em seguida já fiz o gestec 30.

 Esse curso foi como um antídoto injetado na minha veia. Ele administrava o curso em um hotel fazenda eram três dias de duração sem muito descanso, e exigindo muita atenção dos participantes. Os exercícios da terapia eram bastante avançados, fiz o exercício do perdão foi o mais duro e mais difícil em toda a minha vida. Começar a trabalhar o perdão para o meu ex-marido e a família dele era exigir muito de mim. A final ele era o ruim eu sempre fui a vitima da historia. Ali eu descobri que não foram um ou dois sapos que eu engoli mais sim um brejo inteiro. Mais eu dei permissão para ele me empurrar esses sapos de garganta abaixo, eu permiti que ele me humilhasse, eu permiti o assassinato da minha criança interior, eu permiti que ele me anulasse como mulher e como pessoa, foi deixando as coisas acontecerem. Fui deixando ele usar a morte do meu pai para me neutralizar, me acovardei não lutando para que ele me respeitasse e respeitasse o acidente que tirou a vida do homem que eu mais amei, o meu pai. E ele com sua crueldade se aproveitando da situação para me manipular. Aquele curso estava mostrando o quanto eu fui relapsa comigo mesma. Estava me levando a uma reflexão de tudo que aconteceu no decorrer da minha vida, eu estava começando a me conscientizar dos meus erros e dos meus acertos. Era disso que eu precisava para acordar.

2 comentários:

ivana disse...

Vc é uma vencedora mesmo!! Bjs

Marlene Monteiro disse...

Obrigada Ivana, como te falei antes só eu e o seu irmão sabemos o quanto foi difícil. Dei muito trabalho para ele. Mais o Dalcides foi um anjo na minha vida. Tenho muita gratidão por ele. Bjs querida.