domingo, 30 de setembro de 2018

Medo e lagrimas no Olhar.

Dando palestras nas escolas para turma do ensino médio, puder ver a falta de esperança nos olhos de cada adolescente, o desespero, o medo que estava visível no seu semblante, era nítido em alguns rostos.
 Eles se destacavam aos demais, com lagrimas nos olhos ou tristeza na expressão, mostrando que eles são vitimas da violência doméstica, que nas suas casas não é diferente do que acontecia na minha casa há uns anos atras. Levando os meus filhos a carregarem a mesma expressão.
 Que ali está presente à falta de amor, de respeito de harmonia para um com os outros.

 Que na sua casa se vive de aparência, mostrando para a sociedade que é feliz, mas as brigas são constantes, as agressões físicas ou verbais estão presentes no dia-a-dia, á mãe finge que é feliz o pai demostra a sua insatisfação passando o maior tempo fora de casa.

 Muitos bebendo ou jogando para abafar a suas magoas, a mãe destruindo sua alta-estima, reclamando da vida e descarregando a falta de sorte nos seus filhos, os responsabilizando pela vida que está levando permitindo que o peso da sua insatisfação seja jogado nos ombros dos seus jovens.

Esquecendo que são crianças; precisam de apoio, de amor dos pais; e não de um dedo apontado em sua direção.
Pude ver no rosto de cada adolescente um pedido de socorro o qual me cortava o coração.

 Fui procurada por uma jovem de 17 anos, carente e abandonada pela mãe, tudo que ela mais queria era ter uma mãe presente, ser amada compreendida e aceita por aquela que um dia lhe deu a vida, mas o que ela tem é a indiferença da sua mãe.

Essa menina busca carinho em cada ser humano que ela encontra, e que lhe dar atenção; puder sentir o quanto ela é responsável uma menina de 17 anos com a maturidade de 30 anos, carregando nos ombros a responsabilidade de cuidar da irmã que também vive aos 14 anos o abandono da mãe.

 Ela trabalha estuda e a sua maior preocupação é a irmã.
 Fico me perguntando.
O que esta mãe está perdendo se distanciando das filhas?
Será que ela encontra em um companheiro o que poderia encontra na companhia das filhas?
Ou poderia conciliar os dois amores e serem felizes todos juntos dentro de um lar voltado para a paz. Mas também me pergunto.
Como ela pode oferecer algo que não tem?
 Como é difícil entender a dor do ser humano, aqueles jovens buscam o que os pais não têm para lhe oferecer.
 E a cada dia a violência doméstica vai aumentando e destruindo as famílias.

 Naquela palestra fui levar uma esperança para cada jovem e mostrar que há solução desde que aceitamos a ajuda de profissionais, desde que aspiremos sair deste, ciclo de violência, buscando uma terapia que vai ajudar a aliviar o peso que está sendo carregado por eles.

 Muitos carregam a responsabilidade pelo desamor que existem nas suas casas.

Mostrei que precisamos de muito amor e compreensão para mudar esse senário, por que é disso que mais precisamos dentro da nossas casas, o amor o carinho constrói famílias e dá equilíbrio aos nossos filhos, que eles não devem levar dentro de si o desamor que lhes foi passado pelos seus pais; que eles podem construir famílias felizes, abortando tudo que aprenderam de negativo dos seus pais.

Que são capazes de darem amor e carinho para os seus filhos e cuidarem bem das suas esposas.
 Não permitam que os desamores que lhe foram ensinados os levem o darem continuidades nas suas vidas.
Eles podem mudar a sua historia.
 Eles podem e devem construir uma nova historia para as suas vidas.
 Uma historia de amor, de equilíbrio e de paz, permitindo que a felicidade reine nos seus lares, e com certeza terão filhos para contarem uma historia com um final diferente da deles.

Vejo jovens com os olhos lacrimejando, mas também posso ver um brilho de esperança no olhar de alguns e é esse brilho que me dar forças para continuar com o meu trabalho conscientizando os jovens a ver os pais com os olhos da compaixão são pessoas doente que não sabem o quanto precisam de ajuda; dentro da sua enfermidade não ver que estão descarregando o seu lixo na vida dos filhos que são as maiores vitimas.
Criando filhos com magoa e rancor levando os jovens a olharem para o mundo sem expectativa não acreditando no amanhã se olhando no espelho dos pais, vendo seu herói se transformando em um fracasso de ser humano.
 Eles queriam ver no pai a figura de um homem forte, decidido um exemplo pra ser seguido: e ao mesmo tempo amável sorridente que estivesse rolando no tapete com eles, sendo um pai e um amigo.

 A sua mãe aquela mulher aconchegante que levava a todos a meiguice, um olhar de ternura e compreensão, dando-lhe apoio nos momentos necessários àquela que contorna todas as situações.

Mas nas suas casas podemos dar o nome de utopia.

 A realidade é bem diferente daquela que imaginamos, eles presenciam os pais querendo se matar todos os dias. Vamos mudar esse historia transformando o ódio em amor, a violência em paz e assim poderemos ter jovens felizes contando uma nova historia.

sábado, 22 de setembro de 2018

O Vôo para Liberdade.

Julia, esta se transformando. Encontrou alguém que durante 21 anos foi vitima da violência doméstica, alguém que pode entender tudo que ela estava passando.
 Tudo que ela viveu dentro da casa dos seus pais.

 Alguém que realmente entende o que se passa na mente de uma vitima.

 Ela sabe que não sou uma profissional da área da psicologia ou psiquiatria, não tenho conhecimentos técnicos, mas tenho a experiência vivida; entendo o que a mulher sente dentro de um lar abusivo, como ela é tratada pela sociedade, rejeitada e obrigada a carregar a responsabilidade pelo fracasso do matrimonio.

 A autoestima da mulher vai á zero, a sua capacidade de raciocino é comprometida ela permite que o marido de inicio a um trabalho psicológico na sua mente.

Um trabalho cruel onde à mulher é desvalorizada dentro do próprio lar, acusada, torturada psicologicamente, entrando em um estado de espirito que não tem capacidade de tomar qualquer decisão, sentindo-se incapaz de seguir em frente; sem o apoio do seu opressor.

 Ela tem consciência que é torturada por ele, mas ela não consegue sair do seu domínio; ela não tem uma perspectiva de vida longe dele.

Ela sente-se impossibilitada de seguir em frente.

 O domínio afetivo é tão forte que inviabiliza a capacidade da vitima de acreditar ou sentir-se digna do próprio domínio.

 Os filhos acompanham o fracasso do casamento dos pais, as brigas constantes levando-os ao desequilíbrio emocional.

 A Julia não perdoava a mãe por permitir que o pai a tratasse com tamanha faltar de respeito, mas nenhum profissional mostrou para a Julia a incapacidade que foi implantada na menta da sua mãe, não era por dinheiro que a sua mãe se submetia, aos maus-tratos, do marido, mas por não acreditar que seria capaz de viver sozinha com a filha.

Por não ter ninguém que ajudasse, ela sentia vergonha sabia que não iam acreditarem nela.
Ele um empresário de porte, bem sucedido, querido pela sociedade, admirado pela imprensa.
Quem iria acreditar nela?

 Ela o conhecia tão bem que poderia ter receio de ser internada como louca.
 Ela sabia o poder do marido que ela tem.

 O poder de persuasão que ele exercia sobre ela e os funcionários.
 Fui mostrando para a Julia o quanto a sua mãe se sentia fragilizada diante de tudo e de todos, se ele tinha domínio sobre todos.

 Imagina com sua mãe?

 Qual seria a insatisfação de uma mãe vivenciando o sofrimento da filha, e não ter autonomia para defender ou mesmo abordar o assunto tão angustiante.

 Qual será a tamanha culpa que a mãe carrega pela infelicidade dos filhos.

 Sentindo-se fracassada humilhada sem capacidade para ajudar uma criança que ela deu a vida, mas não soube como reagir na hora de defender.

 Ela já carregava aquela criança no útero, sendo massacrada pelo marido, não é fácil para uma mulher submissa se defender ou mesmo defender os seus filhos, não importa a classe social, mesmo com dinheiro a sua mente é trabalhada dentro da incapacidade, é implantada todos os dias que ela não é capaz de sobreviver sozinha, se ela for embora todos lhe darão as costas.

 Ela acredita em tudo que é falado, o medo da solidão a domina deixando incapaz de raciocinar. A mulher se pergunta todos os dias o que será dela sem família sem amigos?

Se a sua mente raciocinasse ela poderia refletir sobre a situação mudaria de país, iria refazer a vida e ser feliz longe dele, mas na nossa mente é só medo e desilusão diante das ameaças que recebemos todos os dias.

 Mostrei para Julia que a mulher não é um sexo frágil, mas o agressor nos leva a acreditar que somos as crenças limitantes que foram implantadas na nossa mente, sobre a nossa fragilidade foi muito forte necessitamos de uma boa terapia para eliminarmos do nosso cérebro todo lixo que foi plantado dentro dele.
 E, foi diante dessa reflexão que a Julia foi falar com a sua mãe e pediu perdão por ter levado tantos anos para enxergar a situação que as manteve distante uma da outra.

A sua mãe foi convencida a fazer terapia é aprender a deixar os seus demônios voarem para longe dela.

 A Julia está sendo transformada, hoje ela é outra pessoa, continua fazendo terapia recebeu alta do psiquiatra foi liberada da medicação e encaminhada para um psicólogo.

 No seu trabalho a sua transformação é visível ela está interagindo com os colegas e se abrindo para a vida.
 Julia foi vitima de um lar sem amor, sem respeito, sem harmonia; vitima de uma sociedade individualista que está sempre nos apontando o dedo e dando prioridade a quem se mostra superior.

 Mas mesmo dentro de uma mansão existem vitimas gritando por socorro, esperando serem resgatadas.

Mas os seus gritos são abafados pelos muros do poder, as grades da injustiça as mantem fechadas para vida.
 Parabéns Julia!
 Você abriu a porta do isolamento e conseguiu  voar para liberdade.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Encontrando o Prazer de Sorrir

A violência doméstica é cruel atingem todas as classes sociais. Não importando o nível acadêmico ou financeiro.

 Conheci a Julia, uma moça bonita e elegante, durante a semana ela esta no seu consultório cuidando da saúde das pessoas, muitas vezes aliviando a dor daqueles que chegam feridos, machucados, ela consegue acalmar o estado emocional do paciente. 

 Mas, uma vez por semana ela senta na frente de um psiquiatra que lhe prescreve uma medicação para que ela consiga dormir e acalmar os seus demônios.
 Demônios que durante anos vem lhe tirando o sono. 
 Demônios que foram implantados, desde á sua concepção, no útero da mãe: a qual passou por uma gravidez de muita perturbação, levando com que a criança absorvesse toda a carga emocional que a mãe carregava durante a sua gestação. 

 Mas ao nascer nada mudou ela continuou presenciando as agressões dentro do seu lar, a sua mãe sofrendo todos os tipos de violência, quando não era a física era a psicológica, quando não era psicológica, era a moral. 

 Aquela menina tímida e assustada corria para o seu quarto e trancava a porta. Encolhia-se dentro do armário para se proteger, ela não queria ouvir os gritos de agressão que o pai dirigia a sua mãe.
  Só que o medo foi lhe dominando tirando a sua alegria de viver o seu encanto pela vida. 

 A sua infância foi roubada, ela não teve a chance de sorrir! 

 Ela nunca soube o que é ter amigos, sempre sozinha se distanciando de tudo e de todos. 

 Na adolescência, não foi diferente os demônios continuavam presentes; na sua casa, na sua vida; não permitindo que ela tivesse chance de conhecer a liberdade, e assim ela continuava trancada no seu quarto, naquele ambiente ela aprendeu a se tornar uma prisioneira da violência doméstica.

 No seu mundo ela aprendeu que não podia confiar em ninguém.

 Aquele que deveria ser o seu herói era um mostro que só lhe causava medo e terror. 

 A Julia foi crescendo como não tinha amigos não brincava, desenvolveu o habito de estudar e foi se apaixonando pelos livros que, tornaram-se sendo seus melhores amigos.

 Neles ela podia confiar! 
 E através deles ela se tornou uma excelente aluna passando a se destacar nos melhores colégios.

 Envolvida, no seu silencio quando ela percebeu estava frequentando a melhor faculdade do estado de São Paulo. 
 Sim ela estava na USP!
 Cursando medicina, porque de alguma forma ela acreditava que a medicina lhe ajudaria a curar suas feridas, lhe proporcionando oportunidade para curar as feridas de outras pessoas. 

 Curar a dor de alguém, para ela seria um alivio, talvez a oportunidade para aliviar á sua própria dor.

 E assim a Julia terminou a faculdade passou a fazer residência nos melhores hospitais e conhecer a realidade. Realidade essa que não afastou os seus demônios por mais que ela se dedicasse ao trabalho eles estavam presentes. Ela resolveu sair da casa dos pais, comprou um apartamento e foi morar sozinha, acreditando que poderia deixar os demônios na casa dos pais, mas ela se enganou! 

 Eles a acompanharam, a noite ela conseguia ouvir as ameaças do pai contra a sua mãe. 

 Quantas noites ela acordava assustada chorando preocupada com a sua mãe, não conseguia dormir; sabendo que no outro dia teria um plantão pela frente, era necessário o descanso para poder dá um atendimento qualificado para o seus pacientes. 

 É assim que a Julia sobrevive a experiência de ter nascido em um lar comprometido pela violência doméstica, a sua vida é um verdadeiro drama passando por psicólogos, psiquiatras, mas os fantasmas não se afastavam dela. 

Um dia ela estava com a TV ligada assistindo o programa do meu amigo Dalcides Biscalquin, dia 16/04, eu estava participando falando do meu livro. Depois do fim, recomeçar é preciso, na hora ela já comprou o livro, devorou em um dia. 

 Ela percebeu que poderia entrar em contato comigo, conversaríamos sobre o assunto ela iria me ouvir. Eu ia poder passar a minha experiência de superação. Quem sabe não seria uma saída? 
 Como eu conseguir sair do fundo poço; tenho experiência suficiente para ajuda-la. 

 E, foi com essa esperança que ela entrou em contato comigo, “chorou ao ouvir a minha voz amiga e carinhosa assim ela se referiu na hora que atendi o celular.”

 Marcamos para nos encontramos em um shopping ficamos horas conversando, ali a Julia encontrou uma amiga a qual ela pode desabafar, falar dos seus problemas. Eu estou podendo mostrar pra ela que tem saída, que não há necessidade dela carregar esse fardo pelo resto da vida. 

Afinal não lhe pertence, algo lhe foi implantado podemos arrancar essa raiz e adubar esse coração com amor dando-lhe oportunidade de colher as rosas, no lugar dos espinhos. 

Estou conseguindo ver o sorriso, onde antes só havia lagrimas. Hoje estou vendo uma transformação na vida da Julia surpreendente, fico feliz em poder ajudar e em tão pouco tempo obter da Julia um resultado exuberante.

 Ela não aceita que eu a chame de dra. “Não você é a minha amiga”. Já fui ao apartamento da Julia ela riu e falou “hoje eu estou recebendo uma amiga! Hoje eu não sou mais sozinha.”

sábado, 23 de junho de 2018

Individualidade; O mal que nos cerca

Estamos vivendo em pleno século 21. Quando a mulher deveria ser respeitada, valorizada, infelizmente; cada dia que passa a mulher está sendo desvalorizada, maltratada dentro do seu próprio lar, é como se o sexo masculino tenha se tornado um inimigo do sexo feminino. 
 É difícil de entender essa guerra que se travou entre ambos, onde a mulher é quem mais sofre diante de tanta insensibilidade.
 A capacidade de sentir compaixão, de experimentar um sentimento de afeição, de amor está cada dia mais distante. 
 A sociedade está cada vez mais envolvida com os seus problemas, a individualidade se expandindo entre as famílias, os nossos filhos desaprendendo os bons costumes, diante da guerra em vivem não aprende o que é o amor familiar. 
 E não conhecendo esse amor que transforma vida, que trás a união entre a família.
 Como ensinar aos seus filhos no futuro? 
Como passar valores familiares se não os tiveram? 
 Os valores são á base da família. 
 O amor é um ingrediente poderoso que junto com o respeito consegue tirar a família do abismo que ela está sendo levada. 
O abismo da violência, da revolta, da falta de amor entre pais e filhos, maridos e mulheres. 
 Não muito longe houve um tempo que havia paz, harmonia e tranquilidade aonde uma juventude saudável e consciente ocupavam um espaço na nossa sociedade. 
Pergunto-me? 
 A onde perdemos á alegria de viver?
 O prazer de sorrir para a vida? 
Aonde esquecemos o que nos foi ensinado pelos nossos pais, o que para eles foi passado pelos nossos antepassados. 
 Por que não passamos para os nossos filhos? O caráter o respeito a moral e os bons costumes. 
 Esses valores foram esquecidos no tempo.
Perdidos na busca pelo ter, deixando o espaço para a frieza, a indiferença, a dureza de coração.
 O amor está sendo extinto da nossa sociedade. 
O ser humano está vivendo a época do individualismo.
 Um sentimento egoísta com exclusividade onde cada um se preocupa consigo mesmo, esquecendo o sentimento da solidariedade, com tendência de viver pra se, em uma busca desesperada pela liberdade e satisfação do seu próprio eu.
 Dentro do eu individual esquecemos os nossos filhos que procuram desesperadamente que os pais lhe imponham limites, tentam chamar atenção, mas, não são ouvidos, os seus gritos são abafados pelo eco da violência que se estabeleceu no seu lar. 
 Os seus pais não tem tempo para eles; em alguns casos prefere expulsar o filho de casa, sem ao menos se preocupar pra onde ele foi, ou com quem ele está. 
Conheço casos de jovens que foram jogados na rua pelos pais. E os mesmo não se preocuparam em saber se o filho está bem, como sobrevive. 
 A mulher limita-se dentro do seu medo sem coragem para reagir diante de tal situação; submetendo-se a tamanha afronta, sem forças para defender o seu filho dentro deste ciclo de violência quem sofre são os mais fracos. 
A mulher é trabalhada durante anos para ser submissa ao marido e obedecer a todos os seus caprichos.
 Ele esquece que aquela mulher precisa de amor, carinho compreensão. Violência o mundo já está cheio: nosso lar é um santuário vivo onde recarregamos as nossas energias, onde deveríamos transforma-lo em um ambiente saudável para a tranquilidade de todos. 
A mulher agredida tende acreditar na mudança do marido, ela espera que ele não continue com o ato da violência. 
Foi uma crise passageira, amanha tudo estará resolvido.
 Porem as crises tende a continuar, a mudança não ocorrer, a vergonha, a falta da autoestima, vai aumentado ela não ver saída a não ser se refugiar dentro do seu casulo; se escondendo da sociedade. Se isolando do mundo, e no silencio ela acompanha a demolição do seu lar. 
Entretanto a falta de amor, de harmonia, a falta de sensibilidade esta levando a família a viver uma crise de princípios morais onde os valores do indivíduo foram desrespeitados. 
 A reestruturação da família deveria ser um assunto primordial junto à sociedade envolvendo as autoridades competentes. 
Mas ela é acionada cada vez menos, diante do descaso da sociedade com a reestruturação familiar.

domingo, 20 de maio de 2018

Quando não temos Gratidão.

A dor do esquecimento é cruel. Saber que não somos reconhecidos pelo que fazemos ou sentimos, nos leva a refletir sobre a falta do amor. 
Amor esse que juntos juramos que seria até que a morte nos separe, e dentro de tão pouco tempo ele foi adormecendo, caindo no esquecimento do dia-a-dia, nas agressões, junto com a traição muitas vezes jogando na cara da mulher. “Estou com ela, por que ela é mais nova, tem tudo que você não tem.” É a pior das humilhações que a mulher pode suportar do seu companheiro, gritando que não a ama mais, que esta com ela por pena, que ela não é capaz de se cuidar sozinha; quanta crueldade com alguém que se dizia apaixonado.
 Pergunto? 
 Será que não é a falta de gratidão que os levou ao fracasso do relacionamento? 
Quando será que ele deixou de olhar pra ela com admiração? 
 Vendo um objeto na sua frente, e não uma mulher, mãe dos seus filhos, aquela que abriu mão da sua beleza, da sua vaidade, para dá vida aos seus filhos, cuidando deles com amor e carinho esquecendo-se dela para lembrar-se deles. Por que assim é o amor de mãe.
 Ela passa noites sem dormir preocupada com os filhos. 
A sua inquietação é com o bem estar dos filhos, se eles estão felizes ela também está, é por eles que ela suporta tamanha ingratidão. 
Como doí a ingratidão! 
 Quando não existe a gratidão em um relacionamento, o amor aos pouco vai murchando; como uma rosa que vai perdendo as pétalas por falta da água, as suas raízes vão secando e a roseira já não resiste á terra seca. 
 Assim é, entre um casal que passa dias e mais dias sem uma palavra de carinho, aos pouco a amor vai morrendo e chega um momento que eles nem se falam mais.
 Não se olham nos olhos. 
O sorriso que antes era constante, agora nem forçado ele aparece. 
 A falta do dialogo os distanciou. 
Eles nem sabem mais por que estão juntos usam a desculpa que é pelos filhos.
 A noite cada um vira para um lado, eles não suportam mais se tocarem, ela revive a sua vida de solteira, quando podia correr pelo campo sorrindo como uma criança. 
Livre como um pássaro. 
 Hoje ela se sente um pássaro preso em uma gaiola sem liberdade, sem brilho no olhar, sem ânimo para cantar. 
 Chorando em silencio ela se pergunta. 
O que eu fiz da minha vida? 
Como pude dá tanta autonomia para esse homem controlar a minha vida, tirar a minha liberdade? Dentro dela é como se não tivesse mais saída para aquela situação, esquecendo que existe um Deus maravilhoso que está cuidando dela, mesmo sem ela perceber dando-lhe força para ela suportar a dor da ingratidão.
 Dor essa que lhe tirou a expectativa de um dia conquista a liberdade.
Liberdade que lhe foi roubada por alguém a quem ela amava e acreditava que juntos alcançariam uma felicidade plena. 
 Mas com o passar do tempo ela perdeu a esperança de poder voltar a sorrir para a vida; de ver o brilho do sol por que a sua frente só nuvens cinzentas lhe rodeavam trazendo-lhe ameaça de tempestade. 
 Tempestade com força para destruir qualquer muralha e junto levando o que ela tem de mais precioso, a sua família para uma desunião total; levando os filhos a se posicionarem contra a mãe, irmão contra irmão, e assim é um lar contaminado pela violência doméstica, pela falta de amor, pela falta de gratidão á Deus. 
Deixando com que o desequilíbrio emocional os envolva de tal forma que a sua família seja levada a lama da destruição.
 E assim vai se alastrando o ciclo doentio da falta de compreensão dentro da nossa instituição chamada família. 
Ela lembra-se dos seus pais, que mesmo vivendo uma vida simples o respeito era fundamental para estrutura familiar, onde ela aprendeu que quando o filho respeita os pais ele também respeita o professor, a autoridade, respeita a lei e os mais velhos. 
Hoje a palavra respeito esta sendo esquecida no nosso vocabulário, está sendo arrancada do seio da nossa família. 
 A sociedade vai se adaptando no dia a dia com a ausência dos bons costumes de uma educação adequada para os nossos filhos, falam que é o mundo que está evoluindo. Se a falta de educação, de respeito for evolução.
 Será que esta valendo apena esse tempo moderno? Deixo essa pergunta para vocês refletirem.