Era uma realidade bem diferente, daquela que tentávamos passar para as pessoas que viviam ao nosso redor. o sorriso já não fazia mais parte de mim, era substituído pelas as lagrimas. As brigas surgiam com mais frequência, as agressões verbais cada dia que passava eram mais intensa, onde um queria destruir o outro. E os mais prejudicados eram as crianças que presenciavam tudo, assustados sem entender o que estava acontecendo.
Um dia o irmão dele chegou a nossa casa sem avisar, como ele era caminhoneiro e viajava muito para o Nordeste, em uma das suas viagens ele resolveu nos visitar, eu fiquei muito feliz com a presença dele e comecei a incentivar o meu marido a ir embora com ele para São Paulo, ele resistiu um pouco mais o convenceu. E no final da tarde daquele mesmo dia, eles partiram com destino a São Paulo.
Eu fique com as crianças. e no dia seguinte já comecei a trabalhar com o objetivo de ir embora o mais rápido possível, antes que ele desistisse de ficar em São Paulo e voltasse para a Bahia. Coloquei a casa, á venda. Recebi todo o dinheiro que os clientes me deviam, de alguns peguei cheques, e em 15 dias vendi a casa, desmontei todos os moveis e providenciei tudo para a minha viagem, fiz tudo sozinha nem sei como conseguir, foi inacreditável; mas a vontade de voltar era tanta que eu não via as dificuldades. Comprei as passagens e aguardei o grande dia.
Finalmente chegou o dia tão esperado. Voltar para São Paulo não sabia o que me esperava, mas era tudo que eu queria. desejei muito esse momento, lutei por ele durante todo tempo que morei no Nordeste. E foi com alegria que fui para Salvador, tomei aquele ônibus mesmo sabendo que passaria dois dias na estrada com as crianças. Foi difícil mais conseguir chegar. E lá estava ele me esperando. No Terminal Rodoviário do Tiete.
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