domingo, 24 de novembro de 2013

Encontrando Um Anjo Para me Ajudar...


Eu estava desesperada com a possibilidade de ter que pagar aluguel. Como? Eu não trabalhava! E tinha um marido que não era digno da minha confiança, não sabia ate quando ele ia continuar comigo, vivia ameaçando sair de casa todos os dias, eu estava em pânico acordava durante a noite preocupada com o meu destino, o que seria de mim com os meus filhos? Não falava nada ficava em silêncio conversando com Deus. Um dia começamos uma briga ele saiu falando as piores palavras que um ser humano poderia ouvir, e mais uma vez me acusando de ter matado o meu pai eu comecei a chorar, estava chovendo fiquei na porta olhando a chuva, comecei a pedir a Deus para me liberta daquela vida, fiquei uns 30min chorando, ouvindo o barulho da chuva e conversando com Deus.

Conforme o tempo foi passando eu fui me acalmando. Uma paz foi tomando conta de mim, de repente eu estava cuidando dos meus afazeres ate esqueci as palavras cruéis que tanto me machucaram. No dia seguinte estava falando com alguém sobre a minha situação, caso a prefeitura desapropriasse a área, a pessoa mencionou um nome. Alaides talvez ela possa te ajudar ela participa das equipes de Nossa Senhora. Não entendi nada, mais fui á Igreja do Bairro para pedi informações sobre ela. A pessoa que me atendeu falou muito bem dela e me passou o contato. Eu a procurei, marcamos um encontro, para nos conhecemos, e em, uma bela manhã, ela apareceu á minha casa Conversamos muito, fiquei sabendo que ela trabalhava na prefeitura era assessora da secretária de Educação, e uma grande amiga do Prefeito. E como eu, devota de Nossa Senhora.

 Falei com ela sobre o meu problema, expliquei que não tínhamos condições de pagar aluguel caso fossemos desapropriados, perguntei como ela poderia me ajudar? Naquele dia eu tive a oportunidade de descobri á pessoa linda,  generosa de um coração repleto de amor. Ela não me conhecia, mas imediatamente se propôs a me ajudar, não sabia que eu era uma vitima da violência domestica, não sabia o que eu passava nas mãos daquele homem que por coincidência já havia trabalhado junto com o marido dela, eles já se conheciam, mas não tinham contatos. A partir daquele dia ficamos amigas e começou a minha luta para conseguir que a prefeitura me desse um terreno, Alaides foi uma pessoa indicada por Deus para me ajudar, foi por intermédio dela que eu consegui a minha casa. Ela me apresentou ao Prefeito falamos com ele o qual não se negou a me ajudar ao contrario a tendeu o pedido dela com muito carinho.

 Como eu já morava em uma área que a prefeitura estava desapropriando, foi fácil, só fui removida para outra área, foi um ano de espera durante esse tempo muito coisas aconteceram, muitas orações, ate calo nos joelhos eu fiz. Foram doze meses de luta e durante esse tempo o meu marido falava todos os dias que eu não iria consegui o terreno, que era em vão a minha luta, mas eu coloquei nas mãos de Nossa Senhora com a certeza de que iria vencer, porque ela estava olhando e intercedendo por mim. E durante o tempo de espera passei por vários obstáculos foi dolorido conviver com incerteza, por mais que você tenha fé, o lado humano é falho, estas volúveis as tentações das duvidas, e comigo não foi diferente. A prefeitura deu inicio as construções no terreno o pai dele foi obrigado a desocupar a área. Ao sair falou pra todo mundo que nós íamos ficar por que eu tinha um caso com alguém importante da prefeitura que estava me protegendo, se a minha vida não era fácil, imagina depois que ele espalhou esse comentário para toda a família.

domingo, 10 de novembro de 2013

Deus Na Minha Vida...

A partir daquele dia essa amiga, tomou conhecimento da vida que eu estava levando, ficou sabendo do que eu passava no dia a dia, e procurou me ajudar com conselhos, se aproximou mais de mim, mostrou uma grande preocupação pelos meus problemas. E como ela participava da Igreja me convidou para participa do Grupo de Oração da Renovação Carismática, na Igreja Nossa Senhora Aparecida, no bairro da Pauliceia em SBC. E nós fomos ao chegarmos à igreja naquele dia parecia que tudo que estava sendo pregado era pra mim. Eu chorava de uma forma que tive a impressão que a igreja seria lavada com as minhas lagrimas, todos aqueles anos de sofrimento, as palavras de humilhação que eu ouvir em toda á minha vida, todo o lixo que eu representava o ódio a magoa estava sendo lavado naquele momento, parecia que Deus estava dizendo calma eu não vou te abandonar eu estou contigo, confia em mim. Eu sou o teu Deus.

 E a parti desse dia começou a surgir uma ponta de esperança, eu comecei a acreditar que eu dia Deus iria me liberta eu só não sabia quando, por que o tempo dele era diferente do meu. Foi ali que eu descobri o quanto Jesus me amava, que eu não estava sozinha, que eu não era uma assassina, que não fui eu, que matei o meu pai, que ate então eu acreditava, de tanto ouvir dele que eu era uma criminosa, que eu não prestava que ate o meu pai eu tinha matado; terminei acreditando e carregando essa culpa por quinze anos.

 Acreditando ser responsável pela morte da pessoa que mais me amou na vida. O meu pai! Que fazia tudo por mim, tudo que eu pedia ele me dava, sei que não fui uma filha perfeita tive os meus defeitos, mas quem não erra na vida? Sei que deixei muito a desejar mais ele me amava com os meus erros e os meus defeitos. Tanto é, que suas ultimas palavras foram em relação á mim. Mesmo estando ausente, e muito longe, o seu pensamento foi pra mim. E Deus estava tirando o peso dos meus ombros, e dizendo a morte do seu pai foi uma fatalidade, e não uma responsabilidade sua. Eu vou cuidar de você estou ao seu lado aquieta o teu coração.

Começamos a frequentar a igreja, acreditando que tudo se resolveria e que ele mudaria de comportamento mais as brigas estavam aumentando á cada dia, a lanchonete não estava mais dando lucro, e a situação se agravando. O Silvio voltou a ter outras crises em uma delas ele chegou à quebra o nariz. Estávamos na casa do meu irmão comemorando ano novo quando ele caiu, fomos para o hospital ficamos com ele, pra mim acabou a festa, quando acontecia dele ter uma crise sempre ficava sonolento tomava remédio e dormia o restante do dia. A prefeitura estava desapropriando o terreno que nós morávamos, ela  ia construir uma creche e como estávamos ali como caseiros não teríamos direito a nada, iríamos sair de mãos vazias, sete anos morando naquele lugar, agora a solução seria pagar aluguel.

domingo, 3 de novembro de 2013

Pedindo uma Chance a Deus......

Quantas vezes, acreditando que não tinha mais saída para a minha situação e chorando, eu supliquei á Deus. Pedindo que ele tivesse misericórdia de mim, me ajudasse me dando paz, olhando para a minha casa, eu não aguentava mais aquela vida, que ele tivesse piedade de mim e dos meus filhos. Me dessas condições para sair daquele lugar, que representava pobreza e miséria. Eu queria sair dali, comprar um terreno construir uma casa, mas o pai dele falava que não deviámos fazer isso, pagar IPTU pra que? Meu Deus, que espírito de pobreza! E ele sempre ouvia o pai, em todos os sentidos. Lembro-me no ano que lançaram a Monza ele queria compra um, morando em um barraco, quantas brigas tivemos por esse motivo. A Silvia estava crescendo não me dava muito trabalho, mas a brigas dentro de casa abalava a estrutura familiar, os meus filhos querendo ou não estavam sendo criados em um lar sem estrutura emocional em um ambiente totalmente desequilibrado.

 Um dia olhei a minha geladeira e tive vergonha do estado dela, fui falar com ele pra compra outra, aconteceu uma briga que durou mais de uma semana; tomei uma decisão fui trabalhar em uma empresa fiquei quase um ano, comprei tudo que estava precisando dentro do meu barraco. Foi um ano muito difícil ás brigas eram quase todos os dias, na maioria das vezes ele ficava me vigiando, ao sair do trabalho eu o percebia na esquina observando para ver se eu saia com algum homem Nesse meio tempo ele resolveu entrar em uma sociedade com um amigo abriram uma lanchonete no centro de Diadema, como tudo estava indo bem ele resolveu que seria melhor eu sair da empresa e ficar ajudando na lanchonete, eu concordei, saí da empresa em que trabalhava e fui trabalhar com ele, na lanchonete onde também servíamos almoço, tinha dia que estava tudo bem, mas nunca sabíamos quando seria a próxima briga e o porquê dela. Eu tinha uma senhora que trabalhava comigo, ela cozinhava muito bem, a comida dela atraia a clientela, ela sempre me perguntava por que eu tinha casado com aquele homem sem nenhuma formação, ela nos comparava com a água e o óleo, falava que nós não combinávamos. Durante esse período foram muitas brigas, teve um dia que eu quebrei o retrovisor do carro o descontrole emocional estava me dominando, nesse período tudo aconteceu ele passou noites fora de casa eu cheguei a colocar uma faca na garganta dele em momentos que ele não esperava.

 A relação estava chegando ao um nível baixo, onde o respeito o amor, cumplicidade não fazia mais parte, as crianças presenciando tudo, ele fazia as malas para sair de casa eu chorava pedindo para não ir às crianças ficavam em desespero não era isso que elas queriam, eu tinha vontade de ficar sozinha, mas, ao mesmo tempo tinha medo do desconhecido não sabia o que poderia me acontecer. Lembrava-me do conselho da minha mãe. “Ruim com ele pior sem ele.” Eu não tinha mais dignidade, respeito por mim mesmo, estava perdendo tudo, quantas vezes eu pedia dinheiro para compra lingerie, estava precisando ele me mandava procura homem na rua para me dá dinheiro. Não foi essa a educação que eu tive como já falei antes fui educada para respeitar o meu marido fui criada e ensinada para ser mulher de um homem só, aquelas palavras cruéis que ele me dirigia me machucavam, me envergonhavam, um dia eu sai de casa resolvida a sair com o primeiro homem que me olhasse, e chorando comentei com uma amiga que iria fazer isso, ela saiu pegou a Biblia abriu e tirou uma palavra, voltou e me contou o que havia feito, eu perguntei qual a palavra que você tirou? Ela me respondeu a (Tempestade acalmada). Eu falei. Ou mulher de pouca fé. E naquela hora senti uma paz invadindo a minha alma. E aquele pensamento nunca mais voltou. Pag.37A partir daquele dia essa amiga, tomou conhecimento da