domingo, 30 de março de 2014

Sentimento de Culpa.

É difícil alguém imaginar o que eu estava sentindo naquele momento, a perda da minha mãe, a separação recente; o medo de tudo, a angustia de saber que a minha mãe havia partido, e eu não fiquei os últimos dias com ela, tudo isso estava me corroendo sem falar que eu tinha que voltar e enfrentar a realidade. Uma realidade cruel para uma mulher com os seus 44 anos sem expectativa no amanha! Uma mulher que passou os últimos 20 anos da sua vida ouvindo as palavras mais ásperas, que um ser humano podia ouvir de alguém. Alguém esse que era o pai dos seus filhos, o homem a quem ela por ingenuidade entregou a sua vida, acreditando que juntos trabalhariam para a felicidade de ambos que construiriam um lar com alicerce, onde formariam uma família estruturada, mas foi o contrario de tudo o que eu sonhei. Vi durante anos todos os meus sonhos sendo desmoronados.

 A lembrança do papai estava viva dentro de mim. Agora, a dor de perder a mamãe! Dentro de mim era uma mistura de culpa, de remorso. Afinal eu estava no centro das minhas origens, estava nas minhas raízes. Foi naquele lugar humilde, mais feliz que eu recebi todas as orientações para vida a prendi do papai que o respeito e a honestidade mantem portas abertas. Estava vindo embora não sabia se existia possibilidade de um dia voltar à cidade onde eu nasci. Naquelas terras onde  fui criada, os campos onde brinquei. Na realidade não tinha certeza do que me aconteceria nos próximos dias, a minha situação financeira era critica, apesar de sempre ter trabalhado, todo o dinheiro que eu ganhei havia ficado com ele. Eu não tinha nada; a minha conta bancaria estava á zero. Sabia que o momento não era propicio mais tudo vinha a minha mente, eu já sofria uma saudade antecipada.

 Ficamos uns três ou quatro dias depois viemos embora, o meu ex-marido estava no aeroporto nós esperando me deixou em casa e foi levar o meu irmão na casa dele, eu estava mais abatida do que antes, estava mais magra, tudo que eu estava passando parecia um pesadelo não era real. O que fazer da minha vida eu não sabia; diante do sofrimento que eu estava vivendo era tudo tão confuso. O sentimento de culpa da morte do papai havia voltado, a Luíza queria que eu fosse ficar com a mamãe lembram? Eu não fui, mais terminei indo para um retiro espiritual na cidade de Lavrinhas. Quando deveria ter ido ficar com a mamãe. Tudo isso remoía dentro de mim. Voltei a procurar o Padre Dalcides algumas vezes, necessitava da sua orientação, ele continuava me ajudando, dele eu recebia a força necessária para a minha alma. Mais a minha situação financeira me assustava não confiava no meu potencial, como eu iria manter a minha casa? Essa pergunta eu não encontrava resposta para ela. E mais uma vez o medo me venceu. O meu ex-marido havia alugado dois cômodos perto da minha casa, estava morando sozinho,  dentro da minha carência do meu medo me humilhei diante dele e pedi para ele voltar. Mais uma vez implorei pelas suas migalhas.

 Ele aceitou voltar. Mais voltou por cima, me humilhando mais do que, das outras vezes, dessa vez ele soube ser cruel. Não só soube ser cruel, como também soube usar a sua crueldade. Começou a ditar regras do que eu podia e não podia fazer. Meu Deus como eu fui humilhada por esse homem! Tudo que eu ia fazer tinha que pedi permissão. "Se você não fizer tudo que eu quero vou embora e não volto mais, estou te dando mais uma chance, esta é a última." E eu diante da minha covardia me curvei aos seus pés, me submetendo as suas vontades, a partir daquele dia praticamente fui transformada em sua escrava. De inicio me proibiu ir ás missas do Padre Dalcides ou mesmo telefonar pra ele, por que qualquer um que tentasse me ajudar já seria o seu inimigo. Proibiu-me de trabalhar, como eu vendia perfumes importados, fui obrigada a vender todo o meu estoque, dar o cheque para ele. Pra mim era normal sempre trabalhei mais o dinheiro ia para as mãos dele.Ele resolveu viajar para Pernambuco usando a desculpa que ia para a missa de 30 dias da mamãe, eu fiquei com as crianças, ele ficou por lá uns 20 dias, me ligava sempre querendo saber onde eu estava, pra onde fui essas coisas de marido que apronta e fica disfarçando para a mulher não perceber. Ao voltar decidiu abrir uma loja de material elétrico, falando que era pra eu tomar conta; acreditei,aceitei entrar  como sócia, só que sócia era só no papel, eu não podia ficar na loja, o meu lugar era em casa.

domingo, 23 de março de 2014

Falecimento da Minha Mãe..

Como a mamãe sempre foi católica, dedicada à igreja, sabendo que ela estava em companhia da minha irmã mais velha que é evangélica. A Luíza trabalhando em um hospital sem poder ficar com a mamãe ligue para o Padre da cidade me identifiquei e avisei pra ele o estado de saúde da minha mãe, ele ficou surpreso pois não sabia o que havia acontecido com ela, pedi para ele ir confessar a mamãe e levar a Eucaristia, pois sabendo o quanto era importante para ela  receber Jesus Eucarístico. Me senti na obrigação de fazer a sua ultima vontade, mesmo sem ela pedir, isto foi em uma quinta feira no final da tarde, na sexta feira de manha ele foi visitar a minha mãe, e levar a Eucaristia para ela. À tarde eu estava na casa do meu irmão, falamos com a mamãe ela aparentemente estava bem.

 No sábado passamos o dia em casa liguei para saber da mamãe a Luíza falou que ela estava bem, havia tomado um banho de sol eu fiquei contente com a recuperação dela. A noite alguns amigos das crianças estiveram aqui em casa, comeram pizza conversaram, brincaram, estavam felizes. Os deixei na sala fui até a capela, sentei-me no tapete rezei um terço li a palavra conversei muito com Deus; abrir a minha alma pedi perdão por tudo que fiz a minha mãe no passado, e perdoei o que ela me fez, porque mãe também errar, foi algo muito bom, limpou a minha alma e com certeza a dela também. Foi um momento de muita espiritualidade! Terminando voltei para a sala onde os meninos estavam fiquei um pouco com eles que logo resolveram irem embora, ficou uma amiga da Silvia a Gisele que estava de viagem marcada para a Espanha e queria passar o final de semana com ela.

 2:00h da manha acordamos com telefone tocando era meu irmão avisando que a mamãe havia acabado da parti para o plano espiritual, ele já tinha avisado para o meu ex-marido o mesmo estava vindo para á minha casa, foi uma correria tinha que avisar ao meu irmão mais velho que estava morando em outra cidade a qual ficava á uns 75 quilômetros de distancia, e não tínhamos o numero do seu telefone, o Toninho e o meu ex-marido foram pessoalmente avisar pra ele. Enquanto isso eu fiz reserva, preparei a mala e viajamos para Pernambuco. Foi uma viagem cansativa, o meu primo Gilson que morava no Recife estava no aeroporto nos esperando, de lá seguimos para Poção onde estavam todos aguardando a nossa chegada para o enterro. Chegamos por volta das 17:00h lembro-me do momento em que chegamos foi muito triste fomos até o caixão fazer ultima homenagem a nossa mãe e em seguida saímos para o momento final. O seu enterro. A pesar de toda dor que eu estava sentido o que me confortava era saber que ela havia partido e não ficou sabendo que eu estava separada. Essa tristeza não acompanhou ela nos seus últimos momentos.

domingo, 16 de março de 2014

Tomando Uma Decisão....

Realmente! Encontrei um grande amigo! Que a partir daquele dia passou a me ajudar. Ele ficou uma 01h40, me ouvindo. Quando eu saí de lá estava me sentindo outra pessoa, a sensação é que havia renascido uma nova Marlene. Ele me fez percebe que eu não era o lixo que o meu marido tentou me transformar durante todos esses anos, mais sim um diamante; que na altura dos acontecimentos necessitava ser lapidado. Toda á magoa, o ódio, que estava corroendo dentro de mim durante anos, teria que ser tratado, percebi que a parti daquele dia eu tinha encontrado alguém disposto a me ajudar. Alguém que a parti daquele dia me ajudaria á carregar o fardo que durante tantos anos sobrecarregou os meus ombros. Eu só tinha duas saída ou aceitar a ajuda dele, ou continuar com a vida que eu levava. Em seguida me convidou para á missa que ele celebrava todos os dias 25 de cada mês. Eu tinha absoluta certeza que o meu encontro com Padre Dalcides foi o resultado das minhas orações. Nossa Senhora o colocou no meu caminho para me ajudar. Sempre que falava com alguém via o olhar de reprovação como se eu fosse à única responsável por tudo que acontecia na minha casa. Com ele foi diferente. Ele entendeu o meu problema e tentou ajudar, ele não me condenou, senti a sua sensibilidade o seu carinho ao me ouvi.

 Voltei pra casa tão feliz durante todo o trajeto do colégio ate em casa só falávamos dele o quanto era uma pessoa linda de um coração puro e cheio de amor. E com certeza eu iria dar continuidade ao meu atendimento, mais uma vez viajei na maionese acreditando que tudo terminaria bem, eu faria o acompanhamento com ele e a situação da minha casa estaria resolvida. Mas as brigas continuaram nada mudou! Dois ou três dias depois que eu fui até ele, já não tinha mais tanta segurança, a selva do dia a dia estava me engolindo, o meu marido me tratava com total desprezo, eu não sabia como reagir á tamanha crueldade. Alguns dias depois que eu fui falar com o Padre Dalcides aconteceu uma briga tão violenta que resultou em mais uma separação, ele saiu de casa e foi mora com o país, fiquei sozinha com as crianças, mas o medo, a insegurança tomava conta de mim, lembrava-me das palavras do Padre Dalcides o quanto era importante à paz na família principalmente para a criança poder viver em um ambiente saudável. Eu sabia que para tudo isto acontecer seria necessário á separação. Mais e o medo do amanha? Esse era o meu maior inimigo.

 No dia 25 voltei lá, para participar da missa que o Padre Dalcides havia me convidado, ao final da missa ele costumava dá á benção para todos os fies, e foi nessa hora que eu falei pra ele que o meu marido havia  saído de casa, ele me abraçou e falou palavras de conforto. Continuei trabalhando e cuidando da casa, as crianças já não sentiram tanto como de costume, haviam passado por isso tantas outras vezes. Ele continuou pagando toda a despesa do mês, me deixou com um carro, um dia estava saindo para fazer compras quando percebi que haviam levado o carro fiquei sem saber o que fazer ligou pra ele. Ele veio fomos ate a Delegacia registramos a ocorrência  no dia seguinte encontraram o carro. O Silvio com os seus 17 anos começou a me dar trabalho chegando tarde á casa sem me dizer onde estava, eu preocupada ficava sem dormi esperando  ele. Algumas  noite liguei para o pai dele, dependendo do momento me ajudava em outros não. Minha irmã ligou avisando que a mamãe havia sofrido um infarto estava hospitalizada, queria que eu fosse pra lá mais, como? Eu não tinha condições nem financeira e nem psicológica.

 A semana santa estava se aproximando com tudo que estava acontecendo em volta de mim. Decidi ficarem três dias em um retiro na cidade de Lavrinhas eu tinha necessidade de ficar sozinha,ter um tempo comigo, precisava buscar forças para continuar a caminhada. Não sabia o que poderia vim pela frente. Ele ficou com as crianças judiou delas principalmente da Silvia, ao voltar cheguei a sentir remoço por causa dela, me arrependi por ter deixado ela sozinha com ele jamais imaginei que em plena Semana Santa, ele iria proibir a menina de participar das comemorações da igreja. Preocupada com a saúde da mamãe ligava todos os dias para saber como ela estava o médico avisou que ela poderia viver 10 anos ou 10 dias; ficamos na expectativa. 

domingo, 9 de março de 2014

Uma Luz no Horizonte.

Fizemos o ultimo passeio juntos á Pernambuco, a minha mãe já não morava mais no sitio, há algum tempo havíamos alugado uma casa na cidade para ela mora, a vida no sitio não era mais a mesma, a tranquila de antes já não existia, causávamos preocupação a permanência dela lá sozinha. Na cidade ela estava perto da  Luiza  que podia cuidar dela. Eu e o meu irmão Toninho pagávamos o aluguel  a Luiza cuidava dela, esse era o combinado! Aconteceu varias vezes eu ser obrigada a fazer o deposito para pagar o aluguel da minha mãe e ser obrigada a jogar o comprovante do deposito no lixo do próprio banco. Porque ao chegar á casa a briga seria violenta, ele tinha o habito de vasculhar a minha bolsa para ver o que encontrava. E quando encontrava o recibo do deposito que eu havia feito era briga pra mais de uma semana. O engraçado era que ele procurava encontra bilhetes ou endereço de alguém, eu não tinha ninguém e nunca tive mais eu tremia de medo quando ele começava a vasculhar a minha bolsa. O problema era tão grave que em alguns momentos eu vivia as loucuras dele. Eu era uma pessoa que sentia medo de tudo que se relacionava a ele eu tinha medo quando ele chegava á casa e eu estava atendendo ao telefone ou tinha alguma pessoa comigo, vizinha ou amiga. Tudo me era aflição.

 Chegou á data do aniversario da minha mãe ela completaria 80 anos, eu estava me preparando para viajar, iria passar com ela esse dia, afinal é uma data muito bonita, eu não poderia deixar de está presente neste dia tão importante na vida dela. Fui levada a tomar decisão sozinha ele não participou em nada. Ao contrario, procurava me tirar á paz de espirito com os insultos, e a sua desconfiança para comigo me provocando falando “Que eu não iria só ao aniversário da minha mãe, provavelmente encontraria alguém, esse era o verdadeiro interesse da minha viagem”. Mesmo contrariando a sua vontade eu viajei fiquei uma semana fora, infelizmente os problemas foram comigo, com a minha estrutura emocional não havia possibilidade de me desligar do mesmo. Aproveite para refletir sobre a minha situação, o que havia feito da minha vida? Todos que me conheciam, sabiam que sempre fui uma menina segura e decidida, mais a vida me transformou em uma mulher frágil, insegura sem capacidade para tomar atitudes. Será que eu iria ter coragem de tomar uma decisão e mudar o ruma da minha historia?

 Foi com este pensamento que eu retornei a São Paulo, como eu iria agir não sabia, mas tinha que fazer alguma coisa em meu beneficio! Esse pensamento foi amadurecendo dentro de mim, só que os conflitos que aconteciam no dia a dia me deixavam insegura para tomar uma decisão. O medo era o meu maior inimigo, mas a situação estava ficando insuportáveis, as brigas tomando rumos assustadores, ele voltou a me agredindo fisicamente, chegou a jogou uma mesa com o café da manha em cima de mim, ao ponto de me dá um banho com café quente, eu não poderia permiti que isso continuasse. Pensei em me separa mais me veio o medo, à insegurança, como eu poderia manter a casa o meu sustento e o sustento dos meus filhos? Eu não tinha capacidade de me manter sozinha ouvi essas palavras dele tantas vezes, aquela vozinha dentro de me que falava. “Ruim com ele pior sem ele” Ele havia saído de casa varias vezes e sempre voltava; mais eu sempre pensei, no dia que eu sair será definitivo.

 Um dia liguei para uma amiga convidando-a para ir à igreja de São Judas no Jabaquara, queria me confessar, mas ela comentou que gostaria de um dia poder ir ate o Padre Dalcides Biscalquin, pois o mesmo tinha um programa na TV canção Nova,  me passou o horário do programa sugerindo que eu o assistisse, vi o programa e fiquei encantada com a pessoa do Padre o seu olhar puro o sorriso inocente como o de uma criança, e decidi que era com ele que eu ia me confessar. Liguei na TV falei com uma amiga ela me passou o telefone da secretária dele; falei com ela e marquei horário tanto pra mim como pra minha amiga. Dois dias depois estava sentada diante dele falando sobre a minha vida, relatando o meu sofrimento a maneira como eu era tratada pelo homem que um dia jurou me amar e prometeu que iria cuidar de mim, mas fez o contrario de tudo que havia prometido, tirou de mim tudo que eu tinha de mais precioso. A minha liberdade, meu amor próprio a minha transparência, me obrigando a usar uma mascara fingindo ser o que eu não era. Aquela menina que um dia nasceu para voar, porque ela tinha as garras de uma águia,  agora estava perdida em um pântano, sem esperança de um dia voltar a voar. Ele me ouvia com tanto carinho que naquele momento percebi que não estava mais sozinha. Havia encontrado um amigo.

domingo, 2 de março de 2014

Vivendo de Aparências

Continuávamos frequentando a igreja, e como bons cristãos tínhamos que dá exemplo, participando na comunidade e enganado a todos, passávamos a impressão de ser um casal perfeito. Eramos Ministro da Eucaristia dávamos a comunhão para todos; lidávamos com o Corpo e o sangue de Cristo. Eu também era catequista da primeira comunhão. Mas infelizmente a hipocrisia ou a necessidade de esconder a realidade de uma vida voltada para violência domestica, nos obrigávamos á viver de aparências. Mais todos viam nele o homem perfeito dedicado á família, gostava de ajudar na igreja com uma boa oferta, desde que tivesse alguém importante para ver a quantia com a qual ele ajudava. Só que ao sair da igreja as crianças eram as principais vitima da sua ignorância ou falta de tolerância para com elas.

 A pizza da sexta feira a noite tinha um sabor amargo quantas vezes só nós três na mesa desconfiados sem poder falar uma palavra olhando um para o outro, enquanto ele ficava no quarto remoendo o seu ódio a sua necessidade de estragar o final de semana de todos. O pior de tudo, era que isso só acontecia depois da missa da sexta feira a noite, sempre que saímos da igreja ele já começava a gritar no carro comigo e com as crianças. Só que a intenção dele era poder sai no sábado de manha sem dar satisfação e só voltar no final da tarde. Aos domingos levantava e ia para igreja participar da missa e ajudar no batismo, ele também era Ministro do Batismo. Muitas vezes eu queria ir na missa no domingo de manha mais ele não permitia, sendo obrigada á ir em horários diferente, há não ser nos dias em que estávamos  escalados para ajudarmos na missa. Quantas vezes subíamos ao altar sem ao menos olhar na cara um do outro, não sei se as pessoas  percebiam ou fingiam não ver, porque era conveniente.

  A Silvia era quem mais sofria por ser mulher não podia ter amigas, não podia sai, vivia presa em casa, tudo que ela tentava fazer ele á impedia, como aula de canto, ela estava feliz gostava muito, no meio do curso ele acabava com a alegria dela mandava parar, tentou fazer aulas de teclados, computação, ingles mais ele não permitia que ela continua-se com o curso e mais uma vez eu concordava com tudo dentro da minha submissão, do meu medo de contraria. Apesar de tudo que eu sofria não queria magoa-lo ele era meu marido pai dos meus filhos, me sentia na obrigação de obedecer.
 Quantas vezes eu pedia a Deus pela paz na minha vida e na vida dos meus filhos. Nas sextas feiras eu chorava na missa que parecia que as minhas lagrimas iam lavar a igreja. Era a única forma de desabafar tirar um pouco da magoa, do ressentimento que eu trazia no meu peito, da revolta pelo que á vida havia me transformado, Em alguém pobre de espirito, sem capacidade de raciocino sem amor próprio, deixando que alguém que não conhecia o verdadeiro significado do amor, do perdão, sem uma formação adequada me conduzisse pela vida, me transformando em um verdadeiro desastre de pessoa.