Como a perna dele não tinha circulação, a medica internou imediatamente e já mandou enfaixar para aquecer e erguer o membro para facilitar a circulação. Como não tínhamos convenio medico foi tudo particular, a internação na enfermaria sairia bem mais em conta do que em um quarto particular, só que ele não tinha direito a um acompanhante eu só poderia ficar do meio dia até as 20:00h.
Não foi fácil deixar o meu filho sozinho naquele hospital, sair chorando as escondidas não queria que ele percebesse. Mas ele sentiu que eu estava indo embora e começou a chorar e gritar por mim, foi um dos momentos mais difícil da minha vida, parecia que aquele corredor não tinha fim. Pela primeira vez fui obrigada a ficar longe do meu filho deixando-o sozinho doente em um hospital sem saber como ele seria tratado, ou o que poderia acontecer durante a noite. E nessa hora eu sentir o meu coração partir, mais não podia fazer nada! E nesse momento eu percebi o tamanho da minha pequenez. Eu sentir o quanto eu era impotente.
Ao chegar á casa foi buscar a Silvia que estava na casa da vizinha cuidei dela, dei banho, depois coloquei na cama; fiquei ali parada olhando a cama dele vazia, com o coração apertado parecia que eu estava ouvindo a voz dele me chamando. Eu não conseguir dormir não via a hora de amanhecer o dia, e poder voltar para voltar ao hospital e saber noticias do meu filho. Eu não podia entra, mas só de poder esta ali pertinho já me deixava tranquila.
Dois dias depois que o Silvio estava internado a Pediatra dele nos chamou para apresentar o chefe da Ortopedia e dizer que o caso dele não era mais com ela e sim com a equipe dele. Que ela tinha se antecipado ao dar o diagnostico. O que ele tem é uma doença chamada Osteomielite uma infecção no osso da perna, e vai ter que operar, para fazer a limpeza, que só a medicação não resolveria. E a cirurgia foi marcada.
Eu parecia uma louca não dormia, não me alimentava direito, ficava o dia inteiro no hospital a Silvia largada, cada dia na casa de alguém diferente, a tia a vizinha. A minha vida passou a ser dividida entre os dois, mas eu olhava para o Silvio e via que naquele momento ele precisava mais de mim do que ela. Chegou o dia da cirurgia fiquei plantada na porta do centro cirúrgico esperando o meu filho. Horas depois saíram com ele; e levaram para o quarto antes de passar o efeito da anestesia. Só que quando ele foi voltando começou a apresentar reação, teve uma parada cardíaca eu só via os médicos desesperados naquele quarto tentando reanimar o meu filho que só tinha 7 anos, estava indo embora.
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