Eu estava assustada, com medo, sem saber o que fazer diante de toda aquela situação, vendo a vida do meu filho por um fio, as enfermeiras tentando pegar uma veia e não conseguia o desespero, aquela correria; chamando o médico dele, em seguida chegaram dois médicos o Ortopedista e um cardiologista. vi que o pai dele estava lá junto com os médicos e os enfermeiros. Como eu não tinha coragem de ficar ali olhando, entrei em um quarto que estava vazio, dobrei o meu joelho no chão, chorando pedi a Deus. Se o meu filho tivesse de ser meu, me devolvesse ao contrario acabasse com todo aquele sofrimento, eu já não aguentava mais, ele estava sofrendo há dias. Foi quando eu ouvi o grito dele, sai do quarto correndo e ouvi o medico falando finalmente o recuperamos. Obrigado meu Deus.
Eles estavam cansados mais felizes tinham conseguido trazer o meu filho de volta e naquele desespero nem perceberam que o pai dele estava
junto com eles e ajudando. O hospital liberou para nós dois ficamos com ele durante a noite, mais tinha algo que estava me incomodando, apesar de tudo o que passamos eu queria ir ao carro, não sabia por quê? Eu queria ir. E de tanto insistir o meu marido foi comigo; quando chegamos ao lugar que ele tinha deixado o carro, estava vazio, o nosso carro havia sido roubado e naquele momento percebi que eu tinha que perder alguma coisa. O carro foi. Mais o meu filho ficou! Voltamos para o quarto o Silvio estava dormindo, nisso o meu irmão chegou preocupado com o sobrinho; mas ele foi com o meu marido para a delegacia.
Eu fiquei sozinha com o Silvio ele estava mal o grau de infecção no sangue era alto. Ele estava com um dreno na perna eu tinha que esvaziar de hora em hora, fazia com muito medo. Meu filho deitado, em uma única posição sem poder mexer. Era dolorido presenciar todo aquele sofrimento e não poder fazer nada para aliviar, fiquei uma
semana com ele, dia e noite.
Noticias da Silvia só através do pai dela por que eu não podia sair do hospital.
Era madrugada véspera de feriado eu estava acordada cuidando do Silvio, quando olhei e vi uma caneta e um papel na mesa. Peguei a caneta e comecei a escrever uma carta para Deus pedindo pela cura do meu filho, que eu sabia que ele tinha poder para limpar o sangue de toda aquela infecção. Que eu sempre acreditei no seu poder, na sua misericórdia e se o sofrimento do meu dia a dia havia me afastado dele, a dor da perda me reaproximaria dele novamente, escrevi uma longa carta conversei o suficiente, com a esperança de ser ouvida. Fechei o caderno acordei o meu marido para ele ficar com o Silvio e fui descansar um pouco, acordei por volta das 5:00h da manhã com a enfermeira entrado no quarto para colher sangue, iriam fazer um novo exame o medico queria saber como estava o grau de infecção.
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