A partir daquele dia ele passou a me odiar mais ainda e com certeza deve ter feito um proposito para me prejudicar, em todos os sentidos. Como eu já havia dado entrada na minha separação só me restava aguarda o desenrolar do processo. Eu continuava trabalhando na Auto Escola e estudando, e na expectativa de que logo iria sair à separação á minha vida estaria resolvida, receberia um bom dinheiro, mas me enganei foram três anos de espera, um processo cansativo e desgastante onde eu era obrigada a receber um Oficial de Justiça para relacionar tudo que havia dentro da minha casa, ele chegou com ordem de contar até os talheres. A Silvia estava trabalhando, não na érea dela, mais em uma loja onde ela começou como temporária, no inicio do ano ela foi efetivada. Eu continuava sendo assistida pela casa Beth Lobo, eles me davam todo o apoio necessário mais ainda havia muito que fazerem por mim. O ódio continuava forte, eu não aceitava o que a vida estava me oferecendo era muita injustiça permanecia com o mesmo sentimento. Pena de mim mesma. Chorava porque andava de ônibus, se andava a pé também chorava! Jogava a culpa em todos mais não admitia nenhuma responsabilidade da minha parte. Continuava frequentando a igreja acreditando que iria conseguir um milagre que era me libertar daquele ódio que me corroía por dentro, tirando a minha paz de espirito; só pensando em vingança falando mal do meu ex-marido para a minha filha, sem perceber que era do pai dela que eu estava falando que aquele homem que eu tanto adiava, ou bom ou ruim era o pai dos meus filhos e eles não tinham culpa, eu o escolhi pra ser o pai deles, eu havia me casado com ele, quem não soube escolher fui eu. Agora eu não tinha o direito de descarregar toda a minha raiva, o meu ódio por ele nos ouvidos dela, porque era do pai dela que eu estava falado, ela o amava mesmo com as suas faltas.
Os meses passaram quando eu menos esperei já era outubro o ano estava indo embora com a maior rapidez. Muitas coisas haviam acontecido no decorrer desses meses. O Silvio continuava morando com o pai dele não me procurava e nem me dava noticias. Eu e a Silvia estávamos vivendo a nossa vida. Agora ela tinha liberdade eu confiava nela e a deixava sair com as amigas, lembro-me a primeira vez que ela foi ao Playcenter me ligou parecendo umas crianças. Mãe eu estou livre, finalmente eu conheci uma noite de terror, aqui dentro esta cheio de monstros; rindo feliz como um pássaro que foi solto da gaiola. De alguma forma era gratificante saber que a minha filha estava podendo respira ter um pouco de liberdade, poder viver a vida com uma liberdade saudável. Sábado, 02 de novembro feriado, dia de finado na igrja ia ter missa varias vezes durante o dia; mais eu deixei para ir ao último horário participei da missa e como havia dois padres na igreja um deles estava no cemitério e eu resolvi espera-lo com a desculpa que queria dar um abraço nele. Ele demorou um pouco já passava das 18:00h quando ele voltou, realmente dei um abraço nele; mais ele olhou pra mim e perguntou se o meu filho estava melhor? Eu respondi que não estava sabendo de nada, e perguntei o que havia acontecido? Ele me respondeu que meu filho estava internado na UTI de um hospital próximo, eu já comecei a chorar não era justo que isso estivesse acontecendo e o pai dele não havia me avisado. Liguei para ele imediatamente mais não me atendeu, em seguida liguei para o meu irmão que conseguir falar com ele, e ficou sabendo o que aconteceu: em seguida me passou á informação de que o Silvio havia tentado o suicido pela segunda vez. Eu entrei em desespero não sabia o que fazer o hospital era fora de mão eu não tinha carro; lembrei-me da namorada dele e liguei para ela perguntando do Silvio? Ela me respondeu que não tinha noticias dela desde segunda feira; ligava pra ele mais o celular só dava na caixa postal, eu falei o que havia acontecido ela começou a chorar e veio com os pais me buscar para irmos ao hospital.
Ao chegarmos ao hospital fui até a recepção pedir informação do meu filho, perguntaram o que eu era dele? Respondi que era a mãe! O moço me olhou estranho e pediu que eu fosse falar com a assistente social. Eu fui ela estranhou quando me apresentei falando ser a mãe do Silvio Araújo, e falou a mãe dele vem com o pai todos os dias na visita, eu abri a minha bolsa retirei o documento e passei para ela, expliquei o que estava acontecendo a mesma me pediu desculpas e foi ela ate a recepção pegou os crachás de visita e me autorizou a entra na UTI, para ver o meu filho. Entrei com a namorada dele mais antes de entrar havia um guarda sentado na porta para o qual eu tinha que dar o meu nome, ele perguntou quem eu era? Respondi sou a mãe dele! Ele riu e falou. O seu garoto acordou hoje na hora da visita e havia uma mulher com o pai dele lá dentro; justamente na hora que ele acordou. A senhora não imagina o escândalo que ele fez todos os médicos e enfermeiros correram para o leito dele, a mulher foi retirada na hora pela a equipe. Ele gritava que não queria essa mulher ao lado dele. Sinceramente eu fiquei feliz esse moço não poderia ter me dado uma noticia melhor, eu sabia da existência dela só não sabia que ela era tão suja, tão covarde ao ponto de permiti se passar pela mãe do meu filho. Entrei na UTI ele estava consciente ficou feliz quando nos viu estava lucido mais um pouco confuso que era normal diante da quantidade de medicação ele havia ingerido.
Ficamos com ele o tempo permitido sair e prometendo que voltaria no dia seguinte. E foi o que eu fiz no domingo fui para o hospital fiquei com ele o tempo que me foi permitido, o hospital me comunicou que ele sairia da UTI na segunda feira. Mais na segunda feira antes que eu saísse para o hospital à psicóloga me ligou pedindo a minha presença no hospital necessitava falar comigo e com o pai dele, eu já estava me preparando para ir ate lá, só me apressei um pouco mais. Ao chagar ao hospital o pai dele já estava com a psicóloga. Ate hoje não sei o que o Silvio falou pra ela, mais ela não falou comigo participei da reunião mais todo tempo ela se dirigiu ao pai, e falou pra ele que era um direito do Silvio poder conviver com a irmã, ter uma relação saudável com a mãe.
Ao termino da reunião ele foi embora querendo matar todo mundo eu resolvi falar com o medico que deu os primeiros socorros ao meu filho e descobrir que o Silvio havia ingerido 50 gardenal na terça feira ao meio dia e deu entrada no hospital na quarta feira as 23:00h meu filho estava inchado quase sem vida, obtive todas as informações necessária pedi uma declaração ao medico por escrito precisava deste documento anexado ao processo judicial. Não era justo meu filho não morreu porque mais uma vez Deus colocou a sua mão sobre a vida dele este foi mais um milagre de Deus na minha vida. Guardando o meu filho pela segunda vez.