A dor do esquecimento é cruel. Saber que não somos reconhecidos pelo que fazemos ou sentimos, nos leva a refletir sobre a falta do amor.
Amor esse que juntos juramos que seria até que a morte nos separe, e dentro de tão pouco tempo ele foi adormecendo, caindo no esquecimento do dia-a-dia, nas agressões, junto com a traição muitas vezes jogando na cara da mulher. “Estou com ela, por que ela é mais nova, tem tudo que você não tem.” É a pior das humilhações que a mulher pode suportar do seu companheiro, gritando que não a ama mais, que esta com ela por pena, que ela não é capaz de se cuidar sozinha; quanta crueldade com alguém que se dizia apaixonado.
Pergunto?
Será que não é a falta de gratidão que os levou ao fracasso do relacionamento?
Quando será que ele deixou de olhar pra ela com admiração?
Vendo um objeto na sua frente, e não uma mulher, mãe dos seus filhos, aquela que abriu mão da sua beleza, da sua vaidade, para dá vida aos seus filhos, cuidando deles com amor e carinho esquecendo-se dela para lembrar-se deles.
Por que assim é o amor de mãe.
Ela passa noites sem dormir preocupada com os filhos.
A sua inquietação é com o bem estar dos filhos, se eles estão felizes ela também está, é por eles que ela suporta tamanha ingratidão.
Como doí a ingratidão!
Quando não existe a gratidão em um relacionamento, o amor aos pouco vai murchando; como uma rosa que vai perdendo as pétalas por falta da água, as suas raízes vão secando e a roseira já não resiste á terra seca.
Assim é, entre um casal que passa dias e mais dias sem uma palavra de carinho, aos pouco a amor vai morrendo e chega um momento que eles nem se falam mais.
Não se olham nos olhos.
O sorriso que antes era constante, agora nem forçado ele aparece.
A falta do dialogo os distanciou.
Eles nem sabem mais por que estão juntos usam a desculpa que é pelos filhos.
A noite cada um vira para um lado, eles não suportam mais se tocarem, ela revive a sua vida de solteira, quando podia correr pelo campo sorrindo como uma criança.
Livre como um pássaro.
Hoje ela se sente um pássaro preso em uma gaiola sem liberdade, sem brilho no olhar, sem ânimo para cantar.
Chorando em silencio ela se pergunta.
O que eu fiz da minha vida?
Como pude dá tanta autonomia para esse homem controlar a minha vida, tirar a minha liberdade?
Dentro dela é como se não tivesse mais saída para aquela situação, esquecendo que existe um Deus maravilhoso que está cuidando dela, mesmo sem ela perceber dando-lhe força para ela suportar a dor da ingratidão.
Dor essa que lhe tirou a expectativa de um dia conquista a liberdade.
Liberdade que lhe foi roubada por alguém a quem ela amava e acreditava que juntos alcançariam uma felicidade plena.
Mas com o passar do tempo ela perdeu a esperança de poder voltar a sorrir para a vida; de ver o brilho do sol por que a sua frente só nuvens cinzentas lhe rodeavam trazendo-lhe ameaça de tempestade.
Tempestade com força para destruir qualquer muralha e junto levando o que ela tem de mais precioso, a sua família para uma desunião total; levando os filhos a se posicionarem contra a mãe, irmão contra irmão, e assim é um lar contaminado pela violência doméstica, pela falta de amor, pela falta de gratidão á Deus.
Deixando com que o desequilíbrio emocional os envolva de tal forma que a sua família seja levada a lama da destruição.
E assim vai se alastrando o ciclo doentio da falta de compreensão dentro da nossa instituição chamada família.
Ela lembra-se dos seus pais, que mesmo vivendo uma vida simples o respeito era fundamental para estrutura familiar, onde ela aprendeu que quando o filho respeita os pais ele também respeita o professor, a autoridade, respeita a lei e os mais velhos.
Hoje a palavra respeito esta sendo esquecida no nosso vocabulário, está sendo arrancada do seio da nossa família.
A sociedade vai se adaptando no dia a dia com a ausência dos bons costumes de uma educação adequada para os nossos filhos, falam que é o mundo que está evoluindo. Se a falta de educação, de respeito for evolução.
Será que esta valendo apena esse tempo moderno? Deixo essa pergunta para vocês refletirem.
Um comentário:
Seus relatos são tão profundos e cheios de tanta verdade que as vezes
penso que estou me ouvindo e não lendo.
Admiro-te cada dia mais.
Beijos, Deus esteja com você sempre!
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