Conforme os anos foram passando o amor foi adormecendo, a rotina ganhando espaço, o arrependimento tomando conta dos seus dias, á vida já não há, a euforia dos primeiros dias. Lentamente ele a estava destruindo tirando a sua alegria, era tão sutil que ela nem percebia o quanto ele mexia com a, sua autoestima; na opinião dele as roupas nunca ficavam bem no seu corpo, o, seu jeito de andar o incomodava, as suas risadas ele dizia que era vulgar. Como era dolorido ouvir do seu marido cada palavra que a desvalorizava, mas ela acreditava que era para o seu bem, ele estava cuidando dela; muitas vezes ela pensava que era por amor. Quando ela era elogiada em publico, ele fazia questão de falar que as pessoas estavam sendo falsas, que nada daquilo era verdadeiro. Ele tinha o dom de apagar o seu brilho! Mas no dia seguinte ele era carinhoso o marido perfeito que cuida da família. Ele tem necessidade de proteger o seu personagem a esposa não pode descobrir que tudo é planejado; que o seu único objetivo é transforma-la em sua presa e para que isso aconteça á mente da mulher tem que ser trabalhada vagarosamente. Ela esta sempre confusa nunca sabe o que realmente ele quer!
O seu amor próprio está adormecido, tudo que é falado a seu respeito ela acredita. Aquela mulher feliz, que encantava a todos com o seu sorriso, com a sua alegria de viver; está sendo enterrada viva, ela tem medo de tudo nunca sabe o que pode acontecer, qualquer atitude sua pode provocar um furacão, o medo a domina, ate o simples fato de atender um telefonema a deixa aterrorizada. Ela ainda não percebeu que é uma vitima de Violência Domestica. Ela vive sobre o domínio de um homem opressor, na esperança que a paz o amor possa um dia fazer parte da sua família. Ver os filhos felizes podendo ter a liberdade de expressão, ou mesmo o direito de ir e vir, ver um programa de televisão é um sonho tão simples e ao mesmo tempo tão distante de se realizar, ela sofre, ao presenciar as crianças serem maltratadas por coisas tão sem importância, agredir os filhos fisicamente sem motivo, é cruel. Ele tem todos sobre o seu domínio o seu trabalho deu resultado, dentro da sua casa existe ovelhas domesticadas. Para satisfazer o seu ego tudo é valido não importa quem ele esta atingindo. Ele atira nos filhos para atingir a mulher. Pra ele não importa as consequências, o quanto as suas ações prejudicaram as crianças deixando sequelas pela influencia negativa exercida sobre elas.
Ele é um dominador e sente prazer em causar dor nas suas vitimas. Ele sabe o poder que exerce sobre cada uma delas e como deve atuar na sua fraqueza. Ele não sente remorso; é frio, calculista tem certeza que as suas pressas não vão reagirem, elas não tem força, o seu trabalho foi bem sucedido ele alcançou o seu objetivo. Uma mulher submissa que não tem reação diante da sua agressividade, os filhos com sérios problemas psicológicos; carregando o peso de um lar desestruturado, um pai violento sem respeito pela família. O que podemos esperar diante de um quadro tão degradante? Em alguns casos o ciclo continua através do filho o qual tendo presenciado durante anos o pai violentar psicologicamente e fisicamente a sua mãe ele tem a tendência de fazer o mesmo, ele aprendeu com o pai a ser um machista dominador, quer dá sequencia a perversidade do seu pai. A mãe sem perceber vai permitindo a continuidade do problema. Algumas mulheres mesmo tendo conseguido se livra do seu opressor, continuam sendo vitimas dos seus próprios filhos. Eles a tratam com a mesma hostilidade reproduzindo um desequilíbrio emocional, o qual antes era provocado pelo seu pai. Fazendo com que a mãe sinta-se ferida e rejeitada diante do próprio filho.
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