Era um dia de sábado, lembro-me como se fosse hoje; jamais esquecerei esse dia .Esta data ficou gravada no meu coração, na minha mente. Dia 13 de abril de 1996. Eu conseguir realizar o meu sonho, mudar para a minha casa, o desejo de todo ser humano. Meu Deus obrigada por ter colocado a Alaides no meu caminho sem ela eu não teria conseguido alcança o meu objetivo, ter uma moradia digna; com um certo conforto para mim e os meus filhos, esse era o meu maior desejo. Agora eu estava na minha casa. As minhas orações foram ouvidas, Nossa Senhora intercedeu por me junto ao seu filho jesus. E foi pela força da oração que eu conseguir tantas coisas na minha vida. A recuperação do meu filho á minha casa; eu só tenho que agradecer a Deus por tudo.
Depois que mudamos as coisas ficaram um pouco complicadas, agora eu morava em uma rua, tinha vizinhos não dava para ter escândalos a toda hora, ele fazia questão de dar o seu show, para toda a vizinhança ficar sabendo eu morria de vergonha. Continuávamos indo a igreja agora participávamos do Grupo de Oração tínhamos amizade com todos da comunidade; eu acreditando que tudo iria melhorar, que um dia a mudança aconteceria. As brigas, a falta de respeito, a minha revolta pela maneira como era tratada, os homens que ele continuava insinuando que eu tinha todos os dias, e eu fingindo que estava tudo bem diante das pessoas, queria mostra que eu tinha um casamento alicerçado. Meu Deus eu usava uma mascara para enganar as pessoas ou a mim mesmo!. Dentro da minha carência, da minha necessidade de ser amada; do desejo de ter um casamento estruturado como um dia eu sonhei prejudicava a mim a aos meus filho com a minha mentira ou a minha fantasia.
O Silvio vez ou outra voltava a ter convulsão, eu já conseguia conviver com a situação o médico havia me orientado que uma convulsão para o cérebro, era como um tosse para a garganta eu teria que conviver com o problema. A minha mãe continuou a nos visitar durante todos esses anos sempre passava alguns meses com os filhos, no ano que ela não podia vim nós íamos para Pernambuco, passar as ferias com ela, mas ao chegarmos ele já começava a implicar comigo querendo voltar, dando a entender que eu não queria ficar mais tempo; então todos ficavam com bronca de mim, e em poucos dias já estávamos de volta para São Paulo. Ele conseguia fazer com que eu fosse olhada com antipatia pela minha família enquanto ele era o mocinho da historia.
A vida caminhava as crianças estavam crescendo, eu com a minha vida de dona de casa fogão, pia e tanque, aos sábados ele sair na parte da manhã falando que ia receber dinheiro e só voltava á noite; a desculpa era que nunca encontrava as pessoas de quem ele iria receber o dinheiro e se eu questionasse com certeza seria mais uma briga e com escândalo. Cansada de ficar sozinha em casa resolvi dá aula de catequese no inicio foi uma maneira de fugir da solidão mais com o passar do tempo fui gostando do que estava fazendo, sem falar que os meus filhos também faziam catequese nessa época e no mesmo horário eu ia e voltava com eles.
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