domingo, 7 de julho de 2013

A creditava Nele...
















E assim os dias iam  passando. E eu cada dia me distanciando das pessoas, muitas vezes ferindo aquelas que estavam próximas de mim, acreditava que agindo dessa forma estaria agradando a ele. E fui perdendo as poucas  pessoas que ainda restavam ao meu lado, e cada dia ficando mais sozinha dentro do meu mundo de amargura. E ele gostava, por que tinha um bom argumento para usar contra mim.

 Ninguém gosta de você! Já olhou em volta? Não tem ninguém, as pessoas não te suportar! Você é sozinha no mundo eu sou a única pessoa que gosta de você. E se eu te deixar! Nem os filhos você vai ter. Esqueceu que você matou o seu pai e a sua família não te aceita? E foi assim que ele começou a me torturar eu acreditava em tudo que ele falava fazia tudo que ele queria para não ouvir essas palavras, que tanto me machucavam. Mas, quantas vezes chorando agradecia por ele estar ao meu lado, até me sentia merecedora de tudo que ele fazia comigo. E, aos pouco o ódio foi tomando conta de mim, fui perdendo a minha auto-estima, me tornei uma mulher amargurada. 

 Ele conseguia passar a imagem de um bom marido, para a minha família, como para as pessoas do nosso convívio, eu sempre era a ruim. Nessa época eu trabalhava para ajudar nas despesas de casa. Eu tinha um comercio em um dos Bairros mais violento da cidade de Diadema, todos os dias eu ia com as crianças, ele trabalhava no centro de São Paulo, voltava tarde às vezes quando ele ia me buscar já passava das 20:h era uma vida difícil. 

 O Silvio adoeceu, começou a apresentar febre alta, eu fiquei apavorada nunca tinha visto meu filho naquele estado, levei ao medico diagnostico pneumonia, e mesmo diante daquela situação eu tinha que tomar conta da loja, da casa e cuidar do menino, ele não permitiu que eu ficasse em casa para cuidar do meu filho, foram duas semanas de sufoco mais conseguir superar. Quando voltamos de Pernambuco ele estava com  ideia  fixa de ir embora. Trabalhava com esse objetivo. Só que agora, não era só ele, o pai dele também decidiu ir junto com toda a família. Não adiantaria ser contra ele, só iria piora a situação e mais uma vez eu era obrigada a dizer sim.

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Oi mãe estou adorando ler cada semana um pouco da nossa historia, por isso parabéns por cada postagem e por cada conquista e pela mulher forte que vc foi e é..
Bjos e muito obrigada por permiti que eu faça parte da sua historia bjos te amo...Si

Unknown disse...

Marlene, minha amiga querida
É uma alegria acompanhar a sua história.Eu sinto um carinho muito grande pela sua sensibilidade humana. Admiro o seu trabalho, a sua postura, a sua força. Continue assim, a vida só vale a pena ser vivida se ela representar algo grande que nos move verdadeiramente. Com carinho Dalcides