Quando chegou a época do meu filho nascer, minha mãe veio de Pernambuco para cuidar de mim. Como eu já tinha a Silvia com um aninho, necessitava de alguém que me ajudasse. Também não queria deixar a Silvia sozinha. Seriam cinco dias longe de casa. E se a deixasse com alguém fora de casa com certeza ela iria estranhar. Era assim que eu pensava.
Com a chegada da minha mãe, ele se transformou em um marido exemplar. Fazia de tudo para agradar e até me ajudava nos afazeres da casa, além de cuidar do bebê. Era o genro que todas as mães pedem a Deus. O clima melhorou. Parecia uma família perfeita. Tudo parecia esta bem, mais eu sabia que o motivo daquela transformação era pela presença da minha mãe.
Lembro exatamente de quando fui ganhar meu segundo filho. Era dia 10 de abril de 1983, um domingo. Passei aquele dia sozinha, com minha filha, ainda um bebê. Temia que chegasse a hora de ir para o hospital e não ter ninguém para me ajudar ou ter que deixa minha filha com pessoas estranhas. Aquela altura já sabíamos que no dia seguinte eu estaria indo para o hospital, para ficar internada. Já tinha a carta da minha medica nas mãos, pedindo a internação. Naquela dia minha mãe quis passar com meu irmão e a família dele.
Por causa da idade avançada e da distância, além de não conhecer o caminho, ele teve que acompanhá-la. Foi prometendo que voltaria para ficar comigo. E eu acreditei. Fiz o almoço e fiquei esperando ele chegar, o que não aconteceu. Eu sozinha com uma criança podendo a qualquer momento entrar em trabalho de parto. Naquele momento só conseguia pensar como alguém pode agir com tanta frieza me deixando sozinha naquele estado. Será que não passava pela cabeça que eu não poderia ficar só?
Para não ficar mais nervosa do que eu estava fui me distrair. Limpei a casa, cuidei da roupa, deixei tudo em ordem. Mesmo morando em um barraco sempre gostei de ver tudo limpo e organizado. Foi assim que eu aprendi como as coisas deveriam ser feitas dentro de casa. Pobreza não é sinônimo de sujeira. Chegaram por volta das oito da noite. Parecia que tudo estava bem. Era como se nada tivesse acontecido. Mas, confesso, estava revoltada e acabei não me segurando. Tivemos uma discussão. Fui dormir, mas acordei durante a madrugada, às 3 horas, sentindo muitas dores. Levantei, tomei um banho, fiz um café. Por volta das 5 horas não aguentei mais e o chamei. Ele acordou assustado perguntando por que eu não o acordei antes.
Saiu às pressas de casa. Quando voltou tinha conseguido um carro para me levar ao hospital, onde fui internada imediatamente, como já era esperado. Estava frio e chovendo. As cólicas amenizaram e então consegui dormir. Só acordei com o médico entrando no quarto para me examinar. Logo em seguida ele disse que a criança estava sentada e, rapidamente, me levou para o centro cirúrgico. Não sei se é porque eu estava nervosa, mas o efeito da anestesia passou rápido demais e decidiram me aplicar algo que me fez dormi. Mas, antes de dormir, lembro-me do médico me perguntando o que eu tinha em casa. Então respondi que era uma menina. - Aqui tem um menino e bem folgado! Esta sentado – ele falou. Eu ri e adormeci.
Com a chegada da minha mãe, ele se transformou em um marido exemplar. Fazia de tudo para agradar e até me ajudava nos afazeres da casa, além de cuidar do bebê. Era o genro que todas as mães pedem a Deus. O clima melhorou. Parecia uma família perfeita. Tudo parecia esta bem, mais eu sabia que o motivo daquela transformação era pela presença da minha mãe.
Lembro exatamente de quando fui ganhar meu segundo filho. Era dia 10 de abril de 1983, um domingo. Passei aquele dia sozinha, com minha filha, ainda um bebê. Temia que chegasse a hora de ir para o hospital e não ter ninguém para me ajudar ou ter que deixa minha filha com pessoas estranhas. Aquela altura já sabíamos que no dia seguinte eu estaria indo para o hospital, para ficar internada. Já tinha a carta da minha medica nas mãos, pedindo a internação. Naquela dia minha mãe quis passar com meu irmão e a família dele.
Por causa da idade avançada e da distância, além de não conhecer o caminho, ele teve que acompanhá-la. Foi prometendo que voltaria para ficar comigo. E eu acreditei. Fiz o almoço e fiquei esperando ele chegar, o que não aconteceu. Eu sozinha com uma criança podendo a qualquer momento entrar em trabalho de parto. Naquele momento só conseguia pensar como alguém pode agir com tanta frieza me deixando sozinha naquele estado. Será que não passava pela cabeça que eu não poderia ficar só?
Para não ficar mais nervosa do que eu estava fui me distrair. Limpei a casa, cuidei da roupa, deixei tudo em ordem. Mesmo morando em um barraco sempre gostei de ver tudo limpo e organizado. Foi assim que eu aprendi como as coisas deveriam ser feitas dentro de casa. Pobreza não é sinônimo de sujeira. Chegaram por volta das oito da noite. Parecia que tudo estava bem. Era como se nada tivesse acontecido. Mas, confesso, estava revoltada e acabei não me segurando. Tivemos uma discussão. Fui dormir, mas acordei durante a madrugada, às 3 horas, sentindo muitas dores. Levantei, tomei um banho, fiz um café. Por volta das 5 horas não aguentei mais e o chamei. Ele acordou assustado perguntando por que eu não o acordei antes.
Saiu às pressas de casa. Quando voltou tinha conseguido um carro para me levar ao hospital, onde fui internada imediatamente, como já era esperado. Estava frio e chovendo. As cólicas amenizaram e então consegui dormir. Só acordei com o médico entrando no quarto para me examinar. Logo em seguida ele disse que a criança estava sentada e, rapidamente, me levou para o centro cirúrgico. Não sei se é porque eu estava nervosa, mas o efeito da anestesia passou rápido demais e decidiram me aplicar algo que me fez dormi. Mas, antes de dormir, lembro-me do médico me perguntando o que eu tinha em casa. Então respondi que era uma menina. - Aqui tem um menino e bem folgado! Esta sentado – ele falou. Eu ri e adormeci.
Um comentário:
muito legal esta historia hoje marlene veio muito de encontro com nosso dia das maes um grande bjo continuarei acompanhando
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