No dia 11 de abril de 1983, às 11 horas e 45 minutos, nasceu Silvio com três quilos, setecentos e vinte e cinco gramas, medindo cinquenta centímetros. Um menino forte, bonito cheio de vida. Tudo correu bem, quando acordei já estava indo para o quarto quando o pai dele todo feliz me falou o quanto ele era bonito, que a enfermeira havia levado o bebê para que ele o conhecesse. Como ainda estava sob o efeito da anestesia, adormeci e não vi o meu filho.
Só me levaram a criança na hora de mamar. Realmente era um belo menino. Como toda mãe, chorei de emoção ao ver o meu filho pela primeira vez. Foi lindo poder pegar nos braços e amamentar um ser tão indefeso, tão pequenino. Nessa hora olhei para o meu filho e chorei pensando em tudo que passamos juntos ate aquele momento. Do remédio que eu fui obrigada a tomar para aborta o meu filho, de quando ele colocou o pé na minha frente com a intenção de nos derrubar, das brigas que ele presenciou dentro da minha barriga, quando ele bateu em mim sem se preocupar com minha gravidez de sete meses, sem dúvida ele sentiu todas aquelas emoções junto comigo.
Foi como um filme passando pela minha cabeça. Mas, agora, aquele bebê estava nos meus braços. Tudo o que eu passei foi por ele e por Silvia. Ele nos meus braços sentia-o como a grande recompensa depois de tudo. Foi o que senti naquela hora. Depois de cinco dias recebi alta e voltei para casa. Chegando lá, Silvia veio ao meu encontro chorando pedindo colo. Como ainda não podia pegar peso, só me restava chorar junto com ela. Mas, sempre se dava um jeitinho de coloca-la na cama para que eu pudesse ficar brincando com ela.
Os dias foram passando. Agora, eram duas crianças: serviço dobrado, eu operada, fazendo tudo com mais lentidão. Como a minha mãe estava em casa, ela ajudava e muito, só que eu não queria abusar dela. Ele, quando chegava do trabalho, ajudava em tudo, sem reclamar de nada e até muitas vezes fazia o jantar. Sem falar nas roupas das crianças que ajudava a passar. Era novamente uma família perfeita, sem brigas, só harmonia. Mas, tudo fazia parte de seu plano de passar uma imagem do marido bonzinho, como, de fato, acreditava minha família.
Quando se passaram os quarenta dias, minha mãe voltou para Pernambuco e a vida continuou como antes: uma semana de brigas, outra de paz. Quando estava tudo calmo eu ficava tão feliz que esquecia tudo que tinha acontecido. As crianças crescendo, Silvio já com nove meses e Silvia com quase dois aninhos.
Ele conseguiu comprar um carro e começou a trabalhar por conta própria. Era um ótimo eletricista. As dificuldades foram diminuindo e saímos da favela onde morávamos até então. Alugamos dois cômodos no bairro do ABCD em Diadema mesmo. A minha geladeira já não vivia tão vazia e as crianças tinham frutas, verduras e iogurte. A vida começava a mudar, uma nova luz surgia no horizonte.
Só me levaram a criança na hora de mamar. Realmente era um belo menino. Como toda mãe, chorei de emoção ao ver o meu filho pela primeira vez. Foi lindo poder pegar nos braços e amamentar um ser tão indefeso, tão pequenino. Nessa hora olhei para o meu filho e chorei pensando em tudo que passamos juntos ate aquele momento. Do remédio que eu fui obrigada a tomar para aborta o meu filho, de quando ele colocou o pé na minha frente com a intenção de nos derrubar, das brigas que ele presenciou dentro da minha barriga, quando ele bateu em mim sem se preocupar com minha gravidez de sete meses, sem dúvida ele sentiu todas aquelas emoções junto comigo.
Foi como um filme passando pela minha cabeça. Mas, agora, aquele bebê estava nos meus braços. Tudo o que eu passei foi por ele e por Silvia. Ele nos meus braços sentia-o como a grande recompensa depois de tudo. Foi o que senti naquela hora. Depois de cinco dias recebi alta e voltei para casa. Chegando lá, Silvia veio ao meu encontro chorando pedindo colo. Como ainda não podia pegar peso, só me restava chorar junto com ela. Mas, sempre se dava um jeitinho de coloca-la na cama para que eu pudesse ficar brincando com ela.
Os dias foram passando. Agora, eram duas crianças: serviço dobrado, eu operada, fazendo tudo com mais lentidão. Como a minha mãe estava em casa, ela ajudava e muito, só que eu não queria abusar dela. Ele, quando chegava do trabalho, ajudava em tudo, sem reclamar de nada e até muitas vezes fazia o jantar. Sem falar nas roupas das crianças que ajudava a passar. Era novamente uma família perfeita, sem brigas, só harmonia. Mas, tudo fazia parte de seu plano de passar uma imagem do marido bonzinho, como, de fato, acreditava minha família.
Quando se passaram os quarenta dias, minha mãe voltou para Pernambuco e a vida continuou como antes: uma semana de brigas, outra de paz. Quando estava tudo calmo eu ficava tão feliz que esquecia tudo que tinha acontecido. As crianças crescendo, Silvio já com nove meses e Silvia com quase dois aninhos.
Ele conseguiu comprar um carro e começou a trabalhar por conta própria. Era um ótimo eletricista. As dificuldades foram diminuindo e saímos da favela onde morávamos até então. Alugamos dois cômodos no bairro do ABCD em Diadema mesmo. A minha geladeira já não vivia tão vazia e as crianças tinham frutas, verduras e iogurte. A vida começava a mudar, uma nova luz surgia no horizonte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário