Em um único cômodo, que eu
dividia em quarto e cozinha, levando aquela vida simples, os dias iam se
passando. Quando menos esperava descobri que estava grávida. Ele sugeriu que eu
tirasse a criança. Durante dez dias fui convencida a tomar chá de arruda com
pinga.
Eu era tão ingênua, tão sem maldade, que a palavra não nem conseguia pronunciar. Eu sentia medo dela. Fazia de tudo para agradar. Então, até esse chá eu tomava, mesmo sabendo que corria o risco de cometer um aborto, matar uma criança e, dentro da minha filosofia, me tornar uma assassina. Depois do décimo dia criei coragem e falei que não iria mais continuar tomando aquilo. Que não tinha coragem de matar a crianças que estava dentro de mim. Ele concordou e a mãe dele também.
As dificuldades financeiras começaram a aparecer. Morando de aluguel, só um trabalhando, os problemas só aumentavam. Sem falar na família dele que não me aceitava e fazia de tudo para nos separar. Como não éramos casados formalmente não tinha direito ao convênio médico. A única solução foi o casamento. Marcamos a data. Minha mãe veio toda feliz. Queria assistir à cerimônia do casamento da filha. Ela não sabia que já estávamos morando juntos e que eu estava grávida. Não fez nenhum comentário, me ajudou com todas as despesas, principalmente com o vestido de noiva.
Ela, como sempre, ficou na casa do meu irmão, que foi um dos meus padrinhos de casamento. Houve uma cerimônia simples, sem festa, sem viajem, mais eu estava feliz. No meu mundo de fantasia eu me sentia em um castelo no qual eu era a rainha. Uma semana depois do casamento, brigas, torturas, ciúmes e agressões verbais. Ali eu percebi a bobagem que tinha feita da minha vida. Mas, naquela altura, não tinha como voltar atrás. Eu estava casada e com uma criança no ventre.
Eu tinha aprendido que a mulher quando casa tem que aceitar tudo, tem que se submeter às vontades do marido. Eu tinha medo porque aquele homem que um dia pensei ser meu amigo, meu companheiro, meu cúmplice, estava muitas vezes se revelando meu inimigo. Mais, depois de agir dessa forma, no outro dia ele era bonzinho, carinhoso, compreensivo e até me deixava ver a novela.
Eu era tão ingênua, tão sem maldade, que a palavra não nem conseguia pronunciar. Eu sentia medo dela. Fazia de tudo para agradar. Então, até esse chá eu tomava, mesmo sabendo que corria o risco de cometer um aborto, matar uma criança e, dentro da minha filosofia, me tornar uma assassina. Depois do décimo dia criei coragem e falei que não iria mais continuar tomando aquilo. Que não tinha coragem de matar a crianças que estava dentro de mim. Ele concordou e a mãe dele também.
As dificuldades financeiras começaram a aparecer. Morando de aluguel, só um trabalhando, os problemas só aumentavam. Sem falar na família dele que não me aceitava e fazia de tudo para nos separar. Como não éramos casados formalmente não tinha direito ao convênio médico. A única solução foi o casamento. Marcamos a data. Minha mãe veio toda feliz. Queria assistir à cerimônia do casamento da filha. Ela não sabia que já estávamos morando juntos e que eu estava grávida. Não fez nenhum comentário, me ajudou com todas as despesas, principalmente com o vestido de noiva.
Ela, como sempre, ficou na casa do meu irmão, que foi um dos meus padrinhos de casamento. Houve uma cerimônia simples, sem festa, sem viajem, mais eu estava feliz. No meu mundo de fantasia eu me sentia em um castelo no qual eu era a rainha. Uma semana depois do casamento, brigas, torturas, ciúmes e agressões verbais. Ali eu percebi a bobagem que tinha feita da minha vida. Mas, naquela altura, não tinha como voltar atrás. Eu estava casada e com uma criança no ventre.
Eu tinha aprendido que a mulher quando casa tem que aceitar tudo, tem que se submeter às vontades do marido. Eu tinha medo porque aquele homem que um dia pensei ser meu amigo, meu companheiro, meu cúmplice, estava muitas vezes se revelando meu inimigo. Mais, depois de agir dessa forma, no outro dia ele era bonzinho, carinhoso, compreensivo e até me deixava ver a novela.
4 comentários:
nossa como vc sofreu pena que num se abria com a gente me parecia que estava tudo bem com vc ....snifff
Amiga vc é para mim uma fortaleza, exemplo de garra e de coragem e tras com essa sua vida real, coragem para muitas mulheres que vivem essa realidade e tem medo de contar.
Katia, minha querida, obrigada pelo carinho e pela confiança que você tem em mim. Espero pode ajudar muitas mulheres, através deste Blog. Abç. com carinho.
Marlene Monteiro.
Querida, era complicado; na época eu não tinha coragem de falar, por que eu sabia que não iam acreditar em mim. E como a maioria das mulheres que sofre esse tipo de violência faz, eu também fiz, silencio. Com carinho Marlene Monteiro
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