domingo, 1 de abril de 2018

Mulheres Que Venceram.

Muitas mulheres vivem em um relacionamento abusivo, não por necessidade financeira, mas por não acreditar na sua capacidade como mulher e como pessoa, se submetendo a viver ao lado de um homem que não a valoriza, está sempre procurando destruir a sua autoestima, levando-a a acreditar na sua incapacidade, trabalhando o seu psicológico, principalmente o seu lado afetivo, tendo controle total sobre e os seus sentimentos; conhecendo a sua fragilidade, é fácil manipular a sua vitima, deixando-a descontrolada emocionalmente.
 A família muitas vezes a responsabiliza pelo fracasso no relacionamento, levando-a a acreditar na sua negligencia como mãe e como mulher, e sobre pressão ela deixa-se ser usada dentro do seu próprio seio familiar, aonde os olhares de acusações é dirigido a ela.
 Muitas vezes não só o olhar, mas o dedo é apontado para ela.
 Você é responsável por tudo que está acontecendo.
 E a mulher a cada dia que passa vai se isolando no seu mundo de amargura perdendo a esperança de um dia ter uma vida diferente.
Não acredita que saindo de um relacionamento doentio, buscando uma ajuda profissional vai ter a oportunidade de se tornar uma mulher feliz e ser independente.

Quantas mulheres tomam a decisão de abandonarem os seus companheiros e seguir com a sua vida, mas não tem o apoio da família e não sabe por onde começar, é tão difícil para uma vitima que passou anos sendo refém de um homem ter a coragem de se libertar.
 Algumas delas erguer a cabeça e decide segui em frente na esperança de uma vida livre, sabendo que por mais árduo que seja ela vai poder ser dona das suas decisões.
Podendo sorrir para vida, sonhar com dias melhores acreditando em novos horizontes na expectativa de poder voar.
 Ela viveu tanto tempo presa nas garras do seu opressor que até esqueceu como é ser livre, mas algumas delas na metade do caminho sofrer uma recaída, estando habituada á rotina de vitima se sente perdida no meio da multidão não sabendo o que fazer com a sua liberdade.
Ela fica tão desnorteada, foram anos de violência.
 Foram anos de submissão.
E agora? 
Ela não tem mais quem a domine.
 O medo do amanhã faz com que ela procure esse homem que tanto a humilhou ela não consegue viver sem as migalhas que ele lhe oferecia.

 Outras mulheres choram pela liberdade, anseiam dia e noite para ter uma vida diferente da que elas estão levando atualmente, são mulheres determinadas buscam coragem e na primeira oportunidade elas tentam conquistar a sua independência.
 Procurando abandonar aquele ciclo de violência que a massacrou durante tantos anos, passam por dificuldade, mas, não desanimam, sabem que vai vencer e não muito longe o sol vai brilhar na sua vida.
Ter uma vida de paz e tranquilidade longe do seu agressor foi algo construído na sua mente há muitos anos.
Ela sonhou com esse dia.
 Ela buscou coragem dentro dela durante muito tempo.
 Esse dia foi projetado minuciosamente e agora o sonho se tornou realidade, o seu objetivo foi alcançado, ela consegui a sua liberdade.
 Devemos ver essas mulheres como heroínas dignas de respeito, elas se livraram de uma vida de violência alcançando o seu desejo pessoal, resgatando o seu equilíbrio emocional, os seus valores morais, podendo ter, com os demais uma relação saudável sem cobrança.
 Hoje elas conhecem a liberdade.
 Hoje elas podem sorrir sem medo.

domingo, 11 de março de 2018

Prefácio escrito: pelo meu querido amigo. Dalcides Biscalquin

PREFÁCIO.

  Algumas histórias têm o poder de nos encantar. Outras nos apontam caminhos a seguir.
 Ao ler cada página deste livro fui me deixando levar pela força do seu ensinamento.
 Em meio a dureza da realidade vivida e contada, passei a mergulhar no coração e nas emoções da escritora.
Marlene, um anjo bom que eu pude encontrar num período de decisões importantes da minha vida, sempre se mostrou amável e fraterna.
 Algumas dessas histórias pude ouvir com emoção e lágrimas no silêncio de uma pequena igreja.
 Naquela manhã, não se tratava de uma confissão, mas de uma partilha sofrida e repleta de esperança.
 Nunca duvidei da força e da garra dessa mulher.
 A sua vida é um testemunho vivo de libertação.
A sua voz é um grito de esperança e de vida nova.
 Mulher de coragem.
 Mulher que entendeu a sua missão: tocar os corações oprimidos pelo medo. E mostrar a esses corações que há horizonte.
Marlene, com sua história de vida, fala de amor e de bondade. E dessa forma, manifesta também o amor e a bondade dos Céus.
Espero que cada palavra emocione. Inquiete. transforme. E, principalmente, que cada palavra desperte a coragem em cada leitor.
Esse livro vai transformar vidas. Será fonte de inspiração.
 Desejo a você, caro leitor, uma boa leitura.
 Com meu abraço,

Dalcides Biscalquin 

domingo, 4 de fevereiro de 2018

O Sofrimento de Uma Mãe.

É com repugnância que a mãe presencia o abuso do pai contra os filhos, eles são vitimas de um relacionamento desgastado. Entre os pais não há mais respeito só agressão, os filhos sofrem ao serem obrigados a participarem do ringue que se tornou a sua casa. O pai tem facilidade em manipula à vida dos filhos, tendo total domínio sobre eles. Para ele é uma sensação agradável, não ter limite, saber que pode dominar a todos, com a certeza que não será punido diante dos familiares ou mesmo da sociedade, só o encoraja cada vez mais, causando tristeza e amargura no coração daqueles que se sentem refém da sua maldade; sem remorso ele segue com o seu objetivo, destruir a sua companheira; não importando quem ele esteja levando junto. O importante e satisfazer o seu ego. Os filhos não podem fazer nada, talvez pela submissão imposta pelo pai, ou pelo medo que os envolvem é difícil defini qual o motivo que os levam a se submeter uma situação abusiva, causando-lhe um desequilíbrio emocional, tornando-se jovens problemáticos muitas vezes descriminados pela sociedade. Alguns filhos se revoltam com a mãe por ela ser fraca e permitir que a situação se prolongue por tanto anos, na realidade eles preferiam ver a mãe como uma heroína, não como uma fracassada que se submete as agressões de um homem que no dia a dia denigre a sua imagem de mãe e de mulher, mas ela tem vergonha da vida que está levando, sente-se covarde, tem medo de reagir não sabe o que ele é capaz de fazer com ela ou com os filhos. Levando uma vida onde a desigualdade entre ambos é alimentada pelo silencio dando continuidade ao ciclo da violência doméstica.

 Ela se ver, em uma situação desesperadora, sem perspectiva alguma, a esperança que apareça uma luz no fim do túnel não existe. Ela é orientada pelos amigos a largar tudo e seguir em frente com a sua vida; deixando os filhos nesse mar de amargura, vivendo em conflitos com eles mesmos; ora se aproximando dela, ora a descriminando, dentro de um contexto de sofrimento ela presencia a falta de amor dos filhos e ver o resultado de uma educação aversa. E hoje ver os seus filhos desacreditando na instituição da família. Mas ela é mãe e tem consciência do que os filhos passaram ao longo dos anos e por mais que seja dolorido ela não tem coragem de seguir em frente os largando sem o apoio. Muitas vezes ela não é devidamente reconhecida pela sua atitude diante dos filhos, para eles ela não faz mais do que a sua obrigação, afinal ela é sua mãe. E nessa trajetória a família inteira é marcada pela violência domestica, e estão presos ao ciclo contagioso que vai envolvendo a todos em um desequilíbrio emocional deixando o ambiente indesejável, sem abertura para um convívio saudável. Cada um procura se, recolher no seu mundo de fantasia, fazendo perguntas onde as respostas nunca são encontradas, eles busca referencia nos amigos, ou preferem idealizar o pai perfeito; é menos dolorido falar para os amigos que o pai é um herói do que deixar que percebam que ele não passa de um tirano dominador que no dia a dia impõe o seu autoritarismo sobre a família.


  Em convívio com os amigos ele mostra-se um ser humano maravilhoso, é cordial e prestativo para com todos, está sempre brincando pagando a conta mostrando que o dinheiro não é problema, mas ao chegar á casa com a família ele se revela outra pessoa, negando o essencial para os filhos e a mulher, dinheiro nunca tem está sempre faltando, esqueceu que um dia o seu objetivo foi construir uma família e assumir a responsabilidade sobre ela, procurou fazer tudo ao contrario destruiu aqueles que um dia lhe foi confiado. Ele tinha tudo para ser um pai amoroso um ótimo chefe de família, mas a falta de amor o levou por caminhos contrario aos que lhe foi confiado; o ciúme o ódio que trazia dentro dele foi enraizando e alcançando a cada um da família quando menos se espera o solo está contaminado completamente doente, necessitando de muito cuidado para se recuperar. Só com muito amor e compreensão podemos restaurar um coração sofrido e decepcionado ao longo dos anos. Foi tanto sofrimento causado por alguém de quem se esperava amor, proteção, mas com o tempo eles foram vendo que aquele lar que deveria ser um santuário para receber todos ao final do dia, tornou-se um ambiente indesejável. Que voltar pra casa tornava-se um motivo de tortura

domingo, 7 de janeiro de 2018

Quando o Coração Sangra.

A mãe ao perceber que está sendo excluída pelo seu filho sente o coração sangrar a dor transpassar a sua alma, ela é mãe deu a vida pelo filho e hoje ele a retribui com o sentimento mais mesquinho que existe. A ingratidão! A mãe tem consciência que é desprezada por alguém a quem ela gerou e carregou dentro do seu útero, durante 9 meses, alimentou com o seu leite materno, acordou nas madrugadas para cuidar dele, ensinou os primeiros passos, as primeiras palavras, dedicou o seu tempo com amor com carinho para esse filho e hoje, dele, ela tem a falta de reconhecimento, as palavras ásperas. Ela sofreu durante a gravidez foi agredida pelo marido forçada a tomar remédio para abortar a criança e mesmo dentro da sua fragilidade ela conseguiu superar as dores e ter o seu filho tão desejado. Mas ao decorrer dos anos ele foi sendo orientado pelo pai o qual foi transferindo o seu machismo para a criança. Fez questão de ensinar para ele que mulher não tem valor. Quantas mães vive esse drama, mas não percebe que o ciclo da violência doméstica esta dando continuidade através do seu filho, é difícil para uma mãe aceitar que é vitima do filho, e mais difícil leva-lo as autoridades competentes. 

 Ela tem consciência que seu filho foi incentivado pelos anos de convivência dentro de um lar onde o agressor era o seu próprio pai; presenciando a mãe ser vitima dessa crueldade, vendo o pai tratar a mãe sem o menor respeito, tornou-se um dominador que não tem consciência do que esta fazendo. Ela sabe que lá no fundo da sua alma existe algo de bom adormecido dentro dele, mas a influencia do pai é mais forte. Vindo á ser repetido, diariamente através do filho, as atitudes negativas do pai contra a sua mãe. Centenas de mulheres vivem essa relação de medo, violência e perdão junto ao seu filho. Após cada episódio de agressão ela acaba perdoando, acreditando que o mesmo irá mudar, gerando assim, um ciclo de sofrimento. Muitos perguntam por que a mãe se submete a tamanho descaso? É uma pergunta difícil de ser respondida. O amor de mãe se sobressai às agressões do filho, na esperança de que ele venha a mudar a sua atitude ela continua dando-lhe uma oportunidade. Como já citei antes é complicado para quem vive fora de um lar comprometido pela violência doméstica compreender o comportamento da vitima, ela é dominada pelo medo em todos os sentidos o seu companheiro ao longo dos anos conseguiu tirar o seu brilho deixando-a insegura incapaz de tomar qualquer decisão. 

 Se uma mulher sente-se envergonhada por ser agredida pelo companheiro ao ponto de silenciar o seu sofrimento diante da sociedade, imaginamos o constrangimento de uma mãe ter que admitir que esta sendo hostilizada, humilhada pelo filho o qual vive confrontando os princípios da sua integridade emocional e moral contra ela e os seus valores. Para muitos filhos não existe limite, para ferir a mãe tudo é valido, ele sente prazer em vê ou saber que a sua mãe esta sofrendo por causa do seu desprezo, a sua frieza é assustadora. Pergunto-me? Como um pai pode influenciar tanto a personalidade de um filho ao ponto de desestabilizar emocionalmente deixando-a a mercê de um mundo cruel. Não impôs limites ao filho ele foi educado sem exigências, sem responsabilidade cresceu com a ideia de ser único e especial, não tendo consciência de regras morais passam a agredir psicologicamente ou fisicamente a mãe levando-a a se culpar pelo fracasso na educação do filho. A sensação de impotência e vergonha deixa em absoluto constrangimento diante da sociedade. Ela sabe que os filhos foram  influenciados, pela convivência de um lar abusivo e não pode fazer nada diante das agressões verbais e emocionais. Foram crianças que cresceram sendo manipuladas, chantageadas. Presenciando os abusos que a mãe sofria nas mãos de um pai machista e dominador.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Vitimas dos Próprios Filhos.

Conforme os anos foram passando o amor foi adormecendo, a rotina ganhando espaço, o arrependimento tomando conta dos seus dias, á vida já não há, a euforia dos primeiros dias. Lentamente ele a estava destruindo tirando a sua alegria, era tão sutil que ela nem percebia o quanto ele mexia com a, sua autoestima; na opinião dele as roupas nunca ficavam bem no seu corpo, o, seu jeito de andar o incomodava, as suas risadas ele dizia que era vulgar. Como era dolorido ouvir do seu marido cada palavra que a desvalorizava, mas ela acreditava que era para o seu bem, ele estava cuidando dela; muitas vezes ela pensava que era por amor. Quando ela era elogiada em publico, ele fazia questão de falar que as pessoas estavam sendo falsas, que nada daquilo era verdadeiro. Ele tinha o dom de apagar o seu brilho! Mas no dia seguinte ele era carinhoso o marido perfeito que cuida da família. Ele tem necessidade de proteger o seu personagem a esposa não pode descobrir que tudo é planejado; que o seu único objetivo é transforma-la em sua presa e para que isso aconteça á mente da mulher tem que ser trabalhada vagarosamente. Ela esta sempre confusa nunca sabe o que realmente ele quer!

O seu amor próprio está adormecido, tudo que é falado a seu respeito ela acredita. Aquela mulher feliz, que encantava a todos com o seu sorriso, com a sua alegria de viver; está sendo enterrada viva, ela tem medo de tudo nunca sabe o que pode acontecer, qualquer atitude sua pode provocar um furacão, o medo a domina, ate o simples fato de atender um telefonema a deixa aterrorizada. Ela ainda não percebeu que é uma vitima de Violência Domestica. Ela vive sobre o domínio de um homem opressor, na esperança que a paz o amor possa um dia fazer parte da sua família. Ver os filhos felizes podendo ter a liberdade de expressão, ou mesmo o direito de ir e vir, ver um programa de televisão é um sonho tão simples e ao mesmo tempo tão distante de se realizar, ela sofre, ao presenciar as crianças serem maltratadas por coisas tão sem importância, agredir os filhos fisicamente sem motivo, é cruel. Ele tem todos sobre o seu domínio o seu trabalho deu resultado, dentro da sua casa existe ovelhas domesticadas. Para satisfazer o seu ego tudo é valido não importa quem ele esta atingindo. Ele atira nos filhos para atingir a mulher. Pra ele não importa as consequências, o quanto as suas ações prejudicaram as crianças deixando sequelas pela influencia negativa exercida sobre elas.

Ele é um dominador e sente prazer em causar dor nas suas vitimas. Ele sabe o poder que exerce sobre cada uma delas e como deve atuar na sua fraqueza. Ele não sente remorso; é frio, calculista tem certeza que as suas pressas não vão reagirem, elas não tem força, o seu trabalho foi bem sucedido ele alcançou o seu objetivo. Uma mulher submissa que não tem reação diante da sua agressividade, os filhos com sérios problemas psicológicos; carregando o peso de um lar desestruturado, um pai violento sem respeito pela família. O que podemos esperar diante de um quadro tão degradante? Em alguns casos o ciclo continua através do filho o qual tendo presenciado durante anos o pai violentar psicologicamente e fisicamente a sua mãe ele tem a tendência de fazer o mesmo, ele aprendeu com o pai a ser um machista dominador, quer dá sequencia a perversidade do seu pai. A mãe sem perceber vai permitindo a continuidade do problema. Algumas mulheres mesmo tendo conseguido se livra do seu opressor, continuam sendo vitimas dos seus próprios filhos. Eles a tratam com a mesma hostilidade reproduzindo um desequilíbrio emocional, o qual antes era provocado pelo seu pai. Fazendo com que a mãe sinta-se ferida e rejeitada diante do próprio filho.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Sonhos Perdidos no Tempo.

< Hoje o amor já não existe, eles não suportam mais se olharem, é muita magoa acumulada em seus corações, o brilho do olhar se perdeu ao longo dos anos, a magia do sorriso foi substituída pela tristeza, a suavidade da voz, a sutileza das palavras, foi esquecida há muito tempo. Diante deles só palavras agressivas, excesso de rancor provocado por ofensas e mais ofensas; guardada durante tantos anos, ressentimento remoendo a sua alma, formando cicatrizes doloridas com marcas profundas difícil de ser curada. Diante de tanta amargura deveriam chegar ao bom senso da separação, mas o orgulho, ou a esperança de que tudo vai mudar os obrigam a continuar juntos destruindo a dignidade de ambos. Dignidade, que eles não sabem mais como resgatar; perderam entre uma discursão e outra, e quanto mais o tempo passa, mais o sofrimento aumenta. A mulher cria uma fantasia passando a viver de sonhos, ela quer resgatar o homem que conheceu no passado. Mas o passado não volta! Na dor da solidão ela chora o sonho perdido. Se olhando no espelho ela percebe as marcas do sofrimento na expressão do seu rosto. A juventude passou tão rápido que ela nem percebeu, levou a sua beleza, a sua inocência, deixando as marcas do sofrimento gravadas no seu rosto revelando segredos das emoções que foram vivenciadas ao longo dos anos.

 Quanta tristeza no olhar? Quanto desejo de ter uma vida cheia de emoções? Desejos de que o amor pudesse fluir no seu coração lhe dando a oportunidade de viver um novo sonho. Ela é romântica acredita no amor, e deseja ser feliz, mais como? Dentro de um lar corrompido que roubou a sua juventude, a sua alegria! Permitindo que a dor seja sua companheira, esmagando a esperança de dias felizes. Ela não sabe que a felicidade esta dentro dela que ninguém pode roubar algo que foi plantada na sua alma onde ninguém poderia ter acesso, há não ser, que nós déssemos acesso. E é o que nós fazemos, no dia a dia permitimos que eles venham nos devastar com a sua crueldade. Dentro da nossa ingenuidade entregamos a nossa joia mais preciosa, a alegria, a felicidade o amor próprio a alguém que colocou no fundo do poço para que nunca a recuperássemos. È isso que eles querem nos manter refém. Em suas mãos nos tornamos vitimas. Na maioria das vezes buscando resgatar a nossa essência, mas não sabemos quando e onde a perdemos. Sabemos que nos sentimos vazia, sem perspectiva acreditando que temos culpa pelo que está acontecendo. Quantas vezes nos perguntamos. O que foi que eu fiz para merecer tamanha injustiça? Chorando clamamos por justiça. Mas não acreditamos que a justiça irá ser feita. 

 Os anos vão passando, as marcas revelando as tristezas, as alegrias; as dores da nossa historia. Aqueles traços bonitos, aquele sorriso alegre ficou em um tempo muito distante. E nos perguntamos se um dia podemos voltar a sorrir para a vida? O que o destino está nos guardando? Nas mãos de um homem que não sabemos mais o que representa na nossa vida! Um dia foi amigo, companheiro e amante, hoje podemos dizer que se transformou no nosso maior inimigo. Reconhecer isso doe muito. Não foi pra viver essa vida, que um dia subimos ao altar e fizemos juras de fidelidade diante de Deus e do homem. Quando nos entregamos à vida de casados foi na esperança de juntos formamos uma família feliz, criar os filhos no caminho do bem e envelhecer um ao lado do outro, contando historias para os netos, caminhando no parque relembrando o inicio da nossa jornada. Relembrando, as juras de amor, os planos para o futuro as viagens que foram planejadas e nunca aconteceu; tudo esta guardado na memoria como um sonho que jamais se realizou. Aquela comida que ela sem experiência deixou queimar tornava-se motivo de muitas gargalhadas. Juntos faziam outro prato e descobriam que por mais simples que fosse o que importava era o verdadeiro sabor do amor.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Julgada Pela Sociedade.

Sabemos que existem muitas mulheres que vive o mesmo drama, paralisadas diante de uma situação na qual o medo de reagir é maior do que a vontade de dá um grito de socorro. As ameaças que são feitas, a mãe ou mesmo a criança; intimidam, deixando o seu agressor livre para continuar abusando das suas vitimas. O mesmo é consciente do domínio que exerce sobre elas. Ele sabe que é o macho da espécie, que o território lhe pertence; acredita que nada vai lhe acontecer a justiça não vai ser feita! Ele esta seguro, ninguém imagina que dentro daquela família está acontecendo atos de violência; a sua imagem nunca será manchada perante a sociedade! E, assim ele continua tendo total poder sobre a situação. Muitos; tem prazer pela força que tem sobre as vitimas, a sua autoridade é exercida com rigor diante da família, todos são obrigados a obedecer. A palavra eu não quero! Eu não permito! É a mais usada dentro de um lar comprometido pela violência domestica. Nós mulheres nos tornamos objetos dos nossos maridos, ou o seu brinquedo de estimação? Não sei se alguém trataria um brinquedo de estimação da mesma forma que eles nos tratam, com tamanho desrespeito.

 Quando nós mulheres não temos força para reagir somos criticada e julgada pela sociedade. São muitos os comentários maldosos. Ela aceita por que quer. Deveria largar tudo e ir embora de casa. Infelizmente é fácil para quem esta fora da situação fazer o seu julgamento, olhar a mulher como responsável pela vida que ela esta levando dentro daquele lar. A sociedade não se preocupa em observar como está o psicológico da vitima. Eu sempre falo a violência domestica é cruel, ela é silenciosa. O agressor vem preparando a sua vitima aos pouco, ele vai manipulando silenciosamente semana sim, semana não, ele não quer assustar a sua presa, ele tem que destruir a sua autoestima, o seu amor próprio, mas aos pouco, o trabalho é lento e cauteloso. É dentro de quatro paredes que ele realiza a sua obra prima, mantendo a vitima sua refém, sem qualquer perspectiva de um dia ver a sua vida transformada. Muitas vezes esquecemos o que é ser livre. Temos até medo de pensar acreditando que eles advinham os nossos pensamentos.

 É triste sabermos, que nos dias de hoje ainda acontece fatos como esses na nossa sociedade. Acompanhando o desenvolvimento da tecnologia, a evolução do ser humano é difícil de acreditar que o homem tem a capacidade de destruir a sua própria família. O mais assustador é que não se restringe a um único país, esse desiquilíbrio humano acontece no mundo inteiro poderíamos dizer que é um problema que se manifesta diante da crise econômica. Também não é. Ele esta relacionado a todo o nível social, a todas as classes econômicas. Então eu me pergunto o que faz um homem que se mostrava tão carinhoso em um relacionamento e logo após o casamente se transforma radicalmente, levando um príncipe a virar um sapo do mais asqueroso? (Morro de medo de sapo. Tenho horror) Esquecendo todas as juras de amor. Deixando a desejar anos de relacionamento onde os dois riam brincando e fazendo planos para o futuro. Futuro que chegou trazendo dor e amargura para ambos. Esquecendo que no inicio tudo era flores, os dois se completavam, mostrando para mundo o quanto se amavam. O sonho acabou a realidade é bem diferente do que eles imaginavam, os banhos de chuva que os faziam delirar, hoje são banhos de lagrimas. O amor se foi deixando a dor da solidão. E o mais cruel é a solidão á dois.