domingo, 3 de dezembro de 2017

O Medo Nos Impede de Voar

Fui procurada por uma seguidora do meu blog. Aonde ela relata o seu sofrimento dentro de um lar infectado pela violência domestica. Ela fala do sofrimento da sua filha nas mãos do próprio pai, sendo abusada sexualmente e fisicamente por ele. Uma criança que deveria ter sido criada com amor, tendo o respeito e a proteção do seu pai. Mas ao contrario do que se esperava ela conheceu a dor e a violência daquele homem que vinha a ser o seu pai.

 ‘’ Fui estuprada aos 13 anos de idade, no Sertão da Bahia. Contei para o meu pai o ocorrido, ele foi á delegacia, registrar um Boletim de Ocorrência, queria que o indivíduo reparasse o seu erro, se casando comigo. Porem eu não queria me casar com um homem que me violentou sexualmente. Em minha opinião ele não passava de um mostro!
 Mas o meu pai queria a todo custo que esse casamento acontecesse. Era um homem rico e a sua situação financeira iria favorecer o meu pai, e muito. Para o meu pai seria uma honra o ter como genro. Mais para mim seria o mesmo que me condenar á morte.
 Não sei se por sorte ou infelicidade minha, ele sofreu um acidente de moto e veio á falecer alguns dias depois, me deixando livre do tal casamento. Para o meu pai foi uma decepção o mesmo já contava com uma vida estabilizada depois do  meu casamento.

 Resultado desse estupro. Tornei-me uma mulher amarga, assustada, não confiava mais em ninguém, tinha medo de tudo e de todos, não  Anos depois vir para São Paulo na esperança de ter uma vida melhor. Conheci uma pessoa, me casei desse casamento tivemos uma filha, nasceu em meio a uma situação financeira precária na qual eu trabalhava para ajudar o marido nas despesas de casa, a falta de dinheiro a luta do dia a dia foi desencadeando para a violência domestica o qual me agredia fisicamente, e verbalmente, a falta de respeito entre ambos só aumentava, o que aconteceu comigo anos atrás, contribuiu para a desarmonia entre nós dois, me sentia culpada e acreditava em cada palavra que ele dizia a meu respeito. Eu me sentia suja, e ao mesmo tempo merecedora do sofrimento que eu vivia. Á minha filha crescendo presenciando as brigas entre os pais.
O tempo passou tão rápido que eu nem percebi, quando menos esperei a minha filha estava com 12 anos de idade, uma mocinha quieta, assustada pelos cantos da casa.
 Eu acreditava que o comportamento dela, era devido a sua timidez junto com o medo que nos acompanhava, afinal mal podíamos respirar dento daquela casa, vivíamos como um animal, sem amor sem liberdade. Respeito? Nem se fala. Comecei a observa que todas as noites o meu marido acordava e sai do quarto com desculpa que ia tomar água. 

 Uma noite fui ver por que demorava tanto, presenciei o que não desejava, ele estava abusando sexualmente da nossa filha, foi difícil ver aquela cena e não poder fazer nada! Ir á justiça? Tinha medo ele poderia matar as duas.
Suportei anos de amargura e desespero; quando eu não queria ter relação sexual com ele. Ele falava, se você não me, satisfazer sexualmente, eu sei aonde procurar. Para evitar que a minha filha fosse violentada por ele, eu me submetia as suas vontade, eu chorava de um lado, e a minha filha do outro, eu tinha certeza que ele continuava abusando dela.
Sentia-me um verme, não tinha coragem de reagir; eu era covarde diante da situação nada fazia.
Minha filha estava com 18 anos conheceu um rapaz, dois anos depois se casou. Chorei muito, não acreditava que depois de tenta tristeza estava derramando lagrimas de felicidade, naquele dia eu sabia que estava livre daquele mostro, agora podia ser dona da minha vida depois do casamento da minha filha, separei dele fui estudar e trabalhar como diarista. E em uma dessas casas encontrei, alguém que escreveu a minha historia.

domingo, 26 de novembro de 2017

Vitimas da Sociedade.

No mundo da violência domestica somos vitima de uma sociedade. Sobrevivente de um preconceito desumano contra a mulher, onde os filhos são introduzidos nesse meio sem nenhuma piedade, como objeto de uma mente cruel e oportunista.

 Pergunto-me? Se todos esses homens que maltratam e humilham a sua família, será que realmente, são todos doentes? Ou a doença é uma desculpa para esconder á maldade que trazem dentro de si? Diante do que eu vivi tenho as minhas duvidas. Havia momentos que eu acreditava que ele era um doente, mas em seguida a maldade se sobressaia com tamanha evidencia deixando-me confusa diante do que eu presenciava, 
Vendo os meus filhos sendo vitimas de um relacionamento conturbado e eu nada fazia.

Imagino quantas mulheres como eu, se, sente impotente diante de tal situação de ter que presencia seus filhos sendo manipulados pelo próprio pai. Crianças indefesas esperando receber apoio, ou segurança dos seus pais, recebem agressões físicas e verbais. 
 O mal da violência domestica vai se enraizado pelos lares independente da situação financeira ou social, o medo, o silencio da vitima só favorece o agressor; o encorajando cada vez mais. Precisamos ter coragem para denunciar. 
 Não é vergonha mostrar para o mundo que somos vitimas. Não podemos ignorar o que nos acontece. Não podemos silenciar diante de tal crime, quando fazemos isso, estamos concordando com as suas atitudes, estamos permitindo que ele nos anule para a vida e para o mundo. 

Quantos se escondem atrás de um titulo ou de uma posição social, mostrando uma mascara para a sociedade, escondendo a sua verdadeira face, aquela que só é revelada entre quatro paredes.

 Causando danos para a família, retardando e desenvolvimento dos filhos na escola, levando-o ao isolamento social onde poderá acarretar vários problemas como a depressão, ansiedade, medo, baixa aprendizagem. Eles vivem em um ambiente de violência presenciando todos os tipos de abuso. 

 A mulher vai a Delegacia faz um Boletim de Ocorrência, mas não representa tem medo, à justiça é demorado enquanto isso ele continua ameaçando ou mesmo obrigando-a a retirar a queixa contra ele.

 Eles são inteligentes sabem o momento de agir usando a estratégia do marido arrependido começa a tratar a mulher com carinho ela esta fragilizada, carente, precisando de carinho sede com facilidade fica feliz meu marido esta mudando foi transformado. Vai a delegacia retira a queixa e tudo volta a ser como antes, se ela apanhava agora vai apanhar mais, vai ser agredia verbalmente ficando desmoralizada diante dos filhos.

 Quem está fora de um lar que sofre violência domestica é difícil de entende o que se passa entre as quatro paredes; os filhos também carregam a culpa do relacionamento destruído, é jogado sobre eles a responsabilidade nos momentos de brigas e discursões. Naquele momento os pais não se preocupam com as sequelas introduzidas na mente dos seus filhos.

domingo, 19 de novembro de 2017

Filhos as Maiores Vitimas

Nós mulheres deveríamos nos unir em pro da causa. Lutar pela nossa liberdade uma andorinha sozinha não faz verão. Eu lutei pela minha liberdade fui atrás de uma vida digna, superei os anos de sofrimento, mas será que é o suficiente? Sabemos que existem centenas de mulheres sofrendo, sem forças para lutar ou mesmo sem coragem de tomar uma decisão, para sai dessa vida. Elas acreditam que são merecedoras da violência que lhe é aplicada, não conhece o mundo de possibilidade que a espera lá fora, não acreditam que são capazes de ter uma vida diferente podendo sorrir, olhar dos lados sem medo de ser acusada por algo que não fez, desconhecendo a força que tem dentro dela, desperdiçando o que temos de melhor. A nossa alegria pela vida, negando a felicidade que deveríamos expressar por direito, enquanto isso á deixamos sufocada dentro de nós. A felicidade está sendo, substituída pela tristeza. O brilho da sua essência já não existe, perdeu a sua luz, dando espaço para a neblina fria e monótona.
 Levando uma vida de insatisfação esquecendo o seu lado infantil, perdeu aquela criança que corria para os braços da sua mãe ou do seu pai, pressa a um homem que não a merece, acreditando que é por amor que ele faz dela uma marionete para sua coleção de brinquedo.

 Ele a tem sob seu domínio; tira a mulher do convívio social afastando dos amigos, da família, infelizmente nos permitimos, não percebemos o mau que estamos fazendo a nós mesmo, ficando isolada do mundo e de todos, vivendo em função de alguém que não merece, ficamos em silencio por vergonha de falar para as pessoas, é humilhante para uma mulher, admitir que sofrer violência domestica, que o seu companheiro aquele que finge diante das pessoas que é o melhor marido, entre quatro paredes não passa de um covarde que se aproveita da fragilidade da mulher para humilhar moralmente, psicologicamente, muitas vezes agredindo-a fisicamente em nome de um poder machista. A mulher está tão debilitada, tão manipulada, que qualquer migalha que lhe é oferecida ela aceita na esperança que a mudança aconteça ela vive em busca de um milagre.

Mas o milagre não acontece, e a cada dia vai crescendo o numero de mulheres violentadas no nosso país. Muitas criam uma esperança de que tudo vai mudar que o seu marido vai se transformar, que aquela pedra bruta venha a ser lapidado, com a oportunidade de se tornar um belo diamante, mas se, os dois não procurarem ajuda profissional nada acontecerá. O homem continuará sendo uma pedra bruta, acreditando que ele tem todos os direitos sobre á mulher, que ela nada mais é, do que propriedade dele.

  Os filhos são vitimas de um relacionamento doentio, com a possibilidade de se tornarem adultos acarretados de problemas; pois os mesmo foram criados presenciando as agressões entre os pais. Vivendo em um ambiente doente, também estão contaminados pela desarmonia que os envolvem. Dentro de um lar indesejado buscam lá fora um ambiente harmonioso onde nem sempre o encontram. Jovens sem experiências; envergonhados pela falta de respeito entre os pais tornar-se presas fácil. Longe de perceber o perigo que os rodeiam, muitos cai com facilidade no mundo da violência. Os pais não percebem o mal que estão causando aos seus filhos, o quanto eles sofrem no dia a dia, as agressões físicas também são voltadas para eles, a falta de amor, o apoio tão desejado que nunca é, prestado, as respostas bruscas e inesperadas que surgem nos momentos mais inadequados, as criticas inoportuna levam os filhos ao um mundo de revolta contra os pais. Muitos desejando nunca ter nascido no seio daquela família.

sábado, 11 de novembro de 2017

Sonhando com a Liberdade.

O grande vôo para liberdade é o sonho de toda mulher, que sofre violência domestica. Ela dorme e acorda sonhando que um dia irá ter a liberdade tão desejada. Na sua mente ela idealiza planos para sair de casa, mas esses planos duram pouco tempo, o medo de não ter para onde ir com os filhos a falta de apoio dos familiares a incerteza do amanha, as obrigam a continuarem sofrendo nas mãos dos seus opressores. Muitas vezes somos olhadas pela sociedade, não como vitima, mas, como mulheres responsáveis pela destruição do lar: infelizmente vivemos em uma sociedade machista onde o homem sempre é o que dar a decisão final, a última palavra é á dele, onde a mulher não tem alternativa, há não ser, se submeter à vontade do seu agressor. Ele impõe regras e temos que obedecer, não podendo ir além do que foi determinado por ele. Quantos maridos levam as esposas a desenvolverem depressão, síndrome do pânico e tantas outras doenças. Quantas mulheres são violentadas fisicamente e psicologicamente pelos seus companheiros, a família tem conhecimento, mas nada fazem. Somos submetidas e viver uma vida de escravidão.

 Vivemos isoladas psiquicamente temos medo de denunciar ou falar para alguém, não sabemos qual vai ser a reação da outra pessoa, o silêncio termina sendo á melhor alternativa, nos sentindo fragilizada, continuámos nessa vida medíocre, não sabemos ter outra vida! Não temos coragem para lutar, nos sentimos vulnerável diante da situação que, acreditamos que a vida nos levou. Esquecemos que lá fora existe um mundo repleto de possiblidades nos esperando, somos forte, temos capacidade de levar uma vida digna, mas não sabemos. Durante anos nos condicionaram á acreditar na nossa incapacidade. Nos, ensinaram a ser submissa e essa submissão nos levou ao fundo do poço a cada dia fomos descendo um degrau. Sem perceber que os degraus estavam sendo retirados para garantir que não haveria volta. Mas eles esquecem a águia que existe dentro de cada uma nós. Águia essa que não tem medo de voar e ela sabe que o retorno é gratificante. Ela agora pode ir mais longe nada á impede de chegar ao cume da montanha. Ela perdeu o medo descobriu que pode voar deixando para trás uma vida de sofrimento, onde ela era humilhada vivendo de migalhas.

O sonho acabou e passou a ser realidade. Mas infelizmente essa realidade não é para todas. Muitas mulheres ainda continuam presas na masmorra, levando uma vida de sofrimento, e humilhação olhando para futuro sem perspectiva esquecendo que ela pode mudar a sua vida, mas, falta-lhe coragem, iniciativa para tomar uma decisão: colocando o seu poder nas mãos de alguém que não a valoriza. Acreditando que são responsáveis por tudo que acontece dentro do seu lar, as brigas, as agressões verbas e muitas vezes físicas. O mundo lá fora não entende a dor, a solidão em que vivemos. Eles nos levam ao isolamento afastando-nos das pessoas amigas, dos familiares para eles é conveniente saber que as suas atitudes estão guardadas dentro de quatro paredes, ninguém ficar sabendo do seu comportamento favorecem muito, o agressor. Ouvimos muito. Será que você não provocou a paciência dele? Talvez a culpa seja sua! São diversas formas de levar a mulher a acreditar que ela é culpada por tudo. O que será que eu fiz dessa vez? Tenho certeza á culpa foi minha! Quando ele voltar eu vou pedir perdão. A mulher é agredida moralmente, fisicamente e psicologicamente dentro do seu lar. E a sociedade ainda diz. O que você fez para deixa-lo tão irritado?

domingo, 5 de novembro de 2017

O Valor de Um Sorriso.

    A nossa necessidade de sorrir para a vida é indispensável, é só através do sorriso que conseguimos liberar a nossa criança interior,  deixando que ela venha fluindo em busca da liberdade. Liberdade que foi ficando esquecida no passado, presa na masmorra, levando-a, a esquecer da beleza de um sorriso verdadeiro. Quando essa criança é liberada a nossa vida é transformada, tudo que nos incomodava antes vai desaparecendo e permitindo que a felicidade seja a nossa companheira. Aquele mau humor que nos deixava com uma cara de maracujá já não faz mais parte do nosso dia, foi substituído pelo sorriso. Quando adquirimos o habito de sorrir passamos a atrair coisas boas a nossa volta, o que existe de bom dentro de cada um de nós passa a ser percebido por aqueles que vivem ao nosso redor, quando afastamos os pensamentos negativos que tanto nos dominaram, e influenciaram fazendo com que venhamos a perder a nossa autoestima começamos a vê um mundo diferente. Um mundo cheio de possibilidade. 

 Nosso maior erro é dá poder para alguém destruir o que temos de tão belo! O amor próprio, o prazer de se olhar no espelho e dizer (Eu sou bonita) O amor próprio, é essencial para a construção de uma vida confiante e equilibrada diante dos problemas que o mundo nos trás. A confiança é a força que precisamos diante das dificuldades que surgem no decorrer da caminhada. Quantas vezes paramos, indeciso e nos perguntamos, se devemos ou não continuar? È aí que surgem uma força inesperada nos levando pra a frente e falando lá no fundo da nossa alma. Você pode. Você é capaz de ir muito mais além do que imagina, confie na sua capacidade não tenha medo, de dentro de você surgi o inesperado. Um ser capaz de ir ao topo da montanha com uma rapidez surpreendente. E com tamanha gratidão expressamos a nossa alegria com um amável sorriso nos lábios, com o coração transbordando de felicidade ao percebemos que fizemos o contrario do que nos foi falado durante anos. Aquela voz que ficou anos no nosso ouvido, você não pode, você é uma pessoa fraca não tem capacidade para dar um passo sozinho, sempre vai precisar de alguém para te ajudar, de repente a águia se revela na pessoa que você é. 

Começamos a descobrir os benefícios do sorriso a capacidade que ele tem de tornar a vida mais leve tirando o peso do fardo que acumulamos anos e anos. É uma descoberta maravilhosa quando vemos que o sorriso nos aproxima das pessoas, elimina o estresse que durante anos tirou a nossa paz de espirito, rejuvenesce a alma, dar um novo brilho no olhar. O sorriso tem o poder de eliminar medo, raiva e dor, a mulher tem uma das armas mais poderosas contra a violência domestica só que não sabemos usa-la e muitas não a conhecem, diante da nossa fragilidade não sabemos como destruir o canhão demolidor do amor próprio. O nosso próprio companheiro. Nós durante anos damos a ele o poder de aos pouco ir destruindo o que temos de mais precioso, o nosso amor próprio, nossa autoestima, quando acordamos a impressão é que estamos, vivendo em um pesadelo. Nós mulheres ouvimos a vida inteira que somos um ser frágil incapaz de resistir às batalhas, mas não é verdade somos mais forte do que imaginamos, podemos sim enfrentar todas as adversidades que a vida nos trás. Podemos voar bem mais alto do que muitos imaginam. Podemos dar o voo dá liberdade!

sábado, 21 de outubro de 2017

Amor Pela Vida.

Descobrir que sou capaz de conseguir uma vida de paz, de amor, onde eu posso ser feliz e ajudar aqueles que estão á minha volta. Poder me tornar uma pessoa melhor com uma nova expectativa de vida. Descobrir que posso sorrir para o mundo olhando as pessoas com um olhar diferente; poder resgatar essa criança interior que sempre existiu em mim, sentir o amor fluir dentro do meu coração ao contemplar a beleza da natureza, podendo ouvir o canto de um pássaro, apreciar a calmaria de um lago, hoje é uma das minhas prioridades não vou deixar que os problemas que vivi no decorrer desses anos venha interferir na paz que conseguir alcança ao longo da minha caminhada. Foi como um presente que eu recebi do universo poder aprender a descarregar as energias que só me traziam medo e insegurança, andar descalço tendo contato direto com a terra permitindo que ela me leve de volta ao meu tempo de criança, abraçar uma árvore deixando que ela tire de mim á ansiedade que estava me consumindo.

 Aprendi que respeitar a natureza e as suas regras é respeitar a si mesmo, é evoluir no tempo crescendo espiritualmente. Esquecer uma vida de sofrimento onde as lagrimas se fazia presente todos os dias, e o medo do amanhã me torturando a cada amanhecer na  incerteza de como seria o novo dia. Eu sei como é difícil para a mulher que sofre violência domestica poder resgatar a sua dignidade, a autoconfiança o homem tem o poder, ou nos damos a ele esse poder, para destrói a nossa autoestima fazendo com que, venhamos nos considera um lixo. Levando-nos a sentimos uma inútil dentro da nossa própria casa, muitos dos resíduos que vão para o lixo podem ser reutilizados, mas nós mulheres sentimos que não temos mais oportunidade de ser alguém ou de voltar a sorrir para o mundo por que aquele que um dia nós acreditamos que seria o nosso grande amor. È justamente esse grande amor que esta levando a nossa dignidade rio a baixo, junto com o amor próprio, nos fazendo esquecer que um dia, fomos á princesa dos nossos pais, aquela menina criada com amor e carinho. Criada para ser amada, e não para ser julgada ou maltratada por um homem que, tirou da casa dos seus pais para dela judia.

 Quantas mulheres são mortas pelos seus companheiros e a nossa sociedade nada faz. Eu me pergunto se realmente a lei Maria da Penha ajuda as mulheres? A mim ela não ajudou! Quanta mulher esmagada pela vida sem amor próprio, podemos encontrar, se culpando por um casamento fracassado; acreditando que ela foi responsável por um relacionamento destruído; onde na verdade ela foi e continua sendo a vitima de uma sociedade machista onde a mulher vive na desigualdade sem expectativa, não importa a classe social elas sofrem por igual, elas são julgadas e condenadas pelos machismos que reina na nossa sociedade. Foi diante de todo esse dilema que eu vim a descobri que só através do perdão eu poderia vencer e lavar a minha alma. Só através do perdão eu poderia me encontra realmente e descobrir o meu Eu superior. Foi perdoando aqueles que me julgaram e me julgam que eu consegui encontra a paz. Gostaria de poder ajudar muitas mulheres, á encontrar a sua verdadeira crianças interior levando-a a sorrir para vida.

sábado, 14 de outubro de 2017

Seguindo o Meu Caminho.

Não é fácil trilhar o caminho do perdão mas eu estou tentando, apesar das dificuldades quero ser firme na minha decisão. Viver do passado não vai me leva a lugar nenhum. Quero ser diferente poder me olhar no espelho e dizer eu venci. Eu só vou poder dizer eu venci! Quando me olhar e perceber que não existe magoa ou ressentimento dentro de mim. Quando eu falar de superação poder falar de cabeça erguida e sorriso nos lábios. Tomar a decisão que eu precisava, exigiu de mim algum tempo de reflexão. Eu permitia que as pessoas me magoar-se com facilidade. Não estava certo havia algo errado em mim! Consequência das sequelas do que eu vivi? Será que ainda restava uma lesão crônica no meu subconsciente onde o consciente não tinha acesso? Fiz varias perguntas sem obter resposta.

 Há algum tempo atrás permitir que alguém me feriu-se ao ponto de precisar de terapia durante um ano, fiquei mal no decorrer do acontecimento; no primeiro mês uma psicóloga me atendeu, mas era uma grande amiga não havia possibilidade de, ela continuar com o meu tratamento; encaminhou-me para um amigo dela que no decorrer de um ano me deu alta. Resultado do meu esforço e da minha vontade de superar o ocorrido, largando tudo para trás e seguindo o meu caminho, esquecendo que fui totalmente ferida, estraçalhada por alguém, doeu mais sobrevivi. Fui percebendo que havia em mim uma grande capacidade de esquecer os problemas, superar a dor,  voltar a sorrir pra vida, mas quando eu me lembrava do que aconteceu doía muito. Era o sinal que eu precisava perdoar que só através do perdão que a ferida iria cicatrizar. Não demorou muito veio outra decepção; agora era com uma pessoa que se dizia minha amiga me traiu ferindo-me com um punhal levou tempo para recuperação   cheguei a acreditar que não havia possibilidade de um dia voltar a confiar no ser humano! Esquecer o que aconteceu era a única saída, mais como esquecer? Eu havia bebido o veneno que ela me ofereceu uma dose bem elevada a qual estava me corroendo a alma, aos pouco o veneno ia me consumindo por dentro; tirando-me a paz; estava perdendo a confiança nas pessoas me prejudicando no trabalho.
Parei e cheguei á uma conclusão que só havia uma saída. Perdoar todos que me feriram, mas em primeiro lugar teria que perdoar a mim primeiro, se eu não me perdoar-se como poderia perdoar as outras pessoas!

 Comecei com o processo de perdão fui descobrindo o mau que eu estava causando a mim mesmo que no momento em que eu guardava raiva de alguém a primeira prejudicada era eu. Conforme fui me desprendendo do ocorrido passei a crescer espiritualmente e ver a grandeza de Deus em volta das pessoas, comecei a observar que eu não era mais juiz de ninguém nem de mim; e isto estava me fazendo bem passei a fazer o exercício do perdão a onde eu perdoava todos que me prejudicaram e perdia perdão por tudo que eu havia feito a elas. Minha alma foi sendo lavada, o meu coração foi se libertando as entranhas que me sufocavam, foi desaparecendo, o meu mundo se transformando, as lagrimas secando e o sorriso se ampliando: fui descobrindo as recompensas que vem através do perdão. Perdoar não significa esquecer ou justificar o erro do outro, mais não permitir que este erro venha consumar uma reviravolta em nossa vida, nos levando a uma derrota irrevogável no dia a dia. Perdoar aqueles que nos deseja mal é uma dadiva de Deus só podemos realizar esse bem através do amor Dele por nós. Deus é amplo em seu amor não nos abandona esta sempre ao nosso lado nos estendendo as mãos, nos fortalecendo e nos abençoando. Quando perdoamos nos tornamos pessoas iluminadas, e passamos a levar luz aos que estão a nossa volta. Passamos a fazer o bem e o mundo começa a nos acolher com amor e esse amor é devolvido pelo universo em forma de luz fazendo que esse brilho resplandeça nas outras pessoas que a compreensão seja entendida pelo sentimento de benevolência entre todos os seres do planeta.